Londres city, Ludmilla Oliveira, domingo, 12 de fevereiro, 2018.09:15 AM
Barulho, muito barulho. Algo sugando poeira... saltos... Abri os olhos vagarosamente.
-- Senhorita Ludmilla. - Umas das velhas senhoras empregadas da casa me cumprimentou.
Assinto e volto com a cabeça no travesseiro. Apalpo o espaço ao meu lado. Mas não tem ninguém, esta vago. Brunna deve ter levantado antes de mim. Esperei a empregada de meia-idade deixar o quarto para levantar. Memórias do dia anterior ainda rodavam minha cabeça. Olhei para a ponta da cama e sorri maliciosa comigo mesmo.
-- Primeiro passo esta dado. - Disse e entrei no chuveiro.
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Por Brunna ;
09:20 AM
-- Aqui. - Vilma gesticulou para o enorme cômodo cheio de livros. -- Nossa biblioteca.
Olhei em volta encantada. Parecia alguma biblioteca de uma das mansões mais caras do mundo. Era algo impressionante. Uma sala hexagonal com paredes de prateleiras lotadas de livros. E no meio mais duas prateleiras e algumas mesas e poltronas para ler em paz.
-- Aqui é incrível! - Toco em uma capa de couro gasto.
-- Que bom que gosta de leitura, querida. - Vilma me deu um tapinha nas costas.
-- Sou mais de desenho...
--Oh, você desenha? - Sorri tímida com sua expressão.
-- Um pouco.
-- Eu preciso ver isso mais tarde! - Ela sorriu empolgada.
Ah, Deus! Eu só queria abraçar aquela senhorinha e nunca mais largar na minha vida! Ela era a coisa mais maravilhosa e preciosa daquela casa toda. Silvana era reservada demais, e eu mal via Renato. Paty vivia com a mãe de Ludmilla, fazendo compras, Marcos estava o tempo todo no celular. Ludmilla ficava na dela.
-- Sabe falar Italiano? - Ela perguntou se sentando em uma poltrona. Me sentei na cadeira almofada na frente.
-- Nada. Nem um oi. - Ela riu graciosamente. Eu sorri.
-- Meus avôs vieram para Londres em uma história engraçada.
-- Adoraria ouvir. - Me ajeitei na cadeira. E era verdade, adoraria mesmo.
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Por Ludmilla;
09:54 AM
Bam.
-- Ai! - Marcos massageou o braço. E eu fiz o mesmo.
-- Bom dia para você também. - Resmunguei.
-- Que surpresa. - Disse meu melhor amigo com um deboche notório. -- Não está com a sua namorada. - Eu revirei os olhos.
-- Marcos, pelo anjo. Você sabe muito bem que...
-- Ela não é sua namorada. - Ele fez pouco caso.
-- E eu não gosto dela. Não desse jeito. Somos apenas melhores amigas. - Começamos a andar pelo corredor ele gargalhou.