Capítulo 24 -✨

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Londres city, Brunna Gonçalves, quinta, 18 de fevereiro, 2018.
14:15 PM

Ah, tá!

Ah, tá! Que Ludmilla controlaria a minha vida! Não temos nada, e ela me diz o que eu posso fazer ou não?! Nem em marte que eu vou deixar homem mandar no que eu devo fazer ou não. Eu sou dona do meu corpo, eu escolho se eu vou dar em cima de alguém ou não, o
direito de escolha é meu. E não é Ludmilla que vai mudar isso.

Achei engraçada sua cara, quando a deixei plantada no corredor. O desejo era irresistível, a vontade quase palpável no ar, mas eu ia deixa-lo com esse gostinho. E tê-lo nas mãos era muito bom, vamos ver quem está vencendo nesse jogo, querido Oliveira. E, só de raiva, decidi procurar Ramon novamente. Encontrei-o perto de uma janela, comecei outra conversa amigável com ela, seus assuntos poderiam ser bem chatos, mas a
situação era excitante.

Não por causa de Ramon e suas artilharias no ramo da empresa dos Oliveira, mas sim por causa de um certo loiro muito irritado nos olhava com fúria. Eu fazia questão de me aprofundar mais na conversa, tocar Ramon, e fazer gestos provocativos. Porque eu queria, me sentia poderosa, era bom. Obviamente eu via os olhos castanhos de Ramon descerem várias vezes, fitando meu decote, bem mais disfarçadamente que Ludmilla.

Olhei-o de canto. Umideci a boca, meus lábios rachados, agora sem batom, estavam secos. Ludmilla era bonita, mas quando decidia se arrumar ficava incrível!.  Aquilo era suficiente para me deixar extasiada, sua boca no meu pescoço, no meu ouvido, invadindo meus seios, mais embaixo, na minha...

-- ...e foi assim que eu tranquei a faculdade de medicina. - Ramon disse. Concordei, sem ter a mínima idéia do que ele falava, há, pelo menos, meia-hora. Talvez mais.

-- Oh, que legal. - Toquei no seu ombro, rindo. Vi Ludmilla apertar a taça de champanhe que segurava. Apertei meus lábios, para não sorrir.

-- Me conte sobre você.

-- Eu? - Ri. -- Hum, sou só uma estudante de arquitetura, em Nova York.

-- E o que faz aqui? Digo, em Londres.

-- Uma viagem de amigos. - Senti um peso no coração ao lembrar de Vilma. E senti vontade de abraçar Ludmilla. Às vezes sentia vontade de abraça-la, mas sem algum motivo. Ignorei isso.

-- Sua amiga ali, aquela sua "irmã" - ele olhou rapidamente para Ludmilla --, parece que quer me bater. Dei de ombros, sorrindo.

-- Não se preocupe, ela é inofensivo. - Ramon riu.

-- Além de bonita, é engraçada. Uau, o que fiz para Deus?

-- Está reclamando? - Franzi minha testa com confusão.

-- Agradecendo. - Ele piscou. Fingi sorrir timidamente.

Parecia estar gostando muito, mas na verdade estava ansiosa pelo momento que Ludmilla atravessaria a sala de novo, e faria alguma atitude fofa, como passa o braço pelos meus ombros. Ou segurar meu braço com carinho, como ela sempre fazia.

Mas não, ela continuou lá. Pegando uma taça a cada uma que acabava, nunca ficando sem bebida alcoólica. E nos olhava, furiosa e confusa, parecia em um conflito interno. Tá com ciúme? Pega na mão e assume. Eu tinha mesmo falado essa besteira para ela? Puta merda! Quase quis rir de nervoso ao lembrar. Assumir, o quê, Brunna?!

Ela apenas transa com você. E é fofa, carinhosa, atenciosa, contou do jeito dela, várias coisas. Se abriu para você. Mas isso é uma mulher que apenas quer ter uma outra amiga, certo? E amigos transam... E se beijam... dormem abraçados juntos... E seu coração
acelera... e você o encara até ficar tonta de prender o ar para evitar suspirar...

Touch-me (GIP)Onde histórias criam vida. Descubra agora