Capítulo 14 - ✨

940 73 5
                                    


Londres city, Ludmilla Oliveira, domingo, 11 de fevereiro, 2018.
08:30 AM

-- E então... - Marcos acelerou, ficando no mesmo passo que eu. -- Qual o motivo dessa corrida em volta da casa pela manhã?

-- Achei que eu fosse o preguiçoso.

-- Só estou curioso.- Bufei.

-- Nada.

-- O seu nada se resume em uma má noite?

-- O que quer dizer? - Ele arqueou as sombrancelhas para mim.

-- É meio óbvio. - Disse ele. -- Você e a Brunna...

-- Não. - Completei virando no pequeno pomar. -- Ainda, não. - Ele concordou com a cabeça.

Meu sonho veio à tona. Não só aquele, depois dele teve outros. Cada um mais vívido que o outro. Todo aquele desejo fez com que eu acordasse suando e mais duro que aço. Resisti a vontade de arrancar a roupa de Brunna, ou começar a beijá-la até que acordasse.
Acelerei o passo.

-- Vamos... dar... uma... pausa. - Marcos faz um gesto com as mãos para a entrada da casa.

- Já demos... voltas na propriedade inteira... umas três vezes... - Ele bufou. -- Isso tem até um próprio cemitério!

-- Tudo bem. - Parei e entrei na casa, Marcos me seguiu, contente. -- Preciso comer algo. Poof. Trombei com alguém. Brunna. Ah, que bela ironia.

-- Bom dia. - Ela sorriu e olhou para os lados. -- Estava tentando encontrar... - Ela me analisa. - Alguém. - Olha Marcos ao meu lado, arqueando as sombrancelhas.

-- Por que estão... - Ela aponta seu indicador para nós. -- Assim.

-- Exercício matinal. - Marcos respirou fundo. -- Estou morrendo de fome.

-- Acordei por isso. -Agora eu vi que Brunna ainda continuava de pijama. Uma regata, e um short simples. Suspirei e fitei o fim do corredor. Uma sombra vinha de lá. 

-- George? - O empregado acelera pelo corredor e acena com a cabeça.

-- Sim?

-- Café da manhã, por favor. - Ele assente e avança para a direção que veio.

-- Acho que vou tomar um banho enquanto isso. - Marcos sorri para nós. -- E vou acordar Paty.

-- Ela está tomando banho também. - Brunna sorriu. Marcos anunhiu e subiu as escadas.

-- Exercício matinal? - Ela me fitou com cara de deboche.

-- Sim. - Dei de ombros.

-- Parece que vocês fugiram na madrugada, e antes de voltar mergulharam na piscina.

-- E você parece que acabou de ser atropelada, por elefantes. - Ela revirou os olhos.

-- Ah, valeu.

-- Não disse que está feia.

-- Disse que eu estou amassada.

Touch-me (GIP)Onde histórias criam vida. Descubra agora