Capítulo 30 - ✨

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  Nova York city, Marcos, sábado, 21 de fevereiro, 2018.
19:25 PM

-- Não. - Minha voz saiu em sussurro. -- Não... não pode ser ela! - Meus olhos se encheram de lágrimas. -- NÃO PODE!

-- Lembra do que ela disse no cemitério? Em Londres? - Lágrimas escorriam pelo seurosto. -- Até eu me abandonaria se pudesse." Ou algo assim.

-- Ludmilla não pode estar morta. - Segurei os ombros de paty. -- Não pode! NÃO! NÃO!
NÃO!

-- Vamos lá, Marcos. - Ela se levanta, me puxando. Enxugando as próprias lágrimas. -- Isso não pode ser verdade. Não pode ser ela! - Nos levantamos e corremos até a garagem. Com lágrimas nos olhos e o coração na garganta.

》 《

Por Ludmilla;
18:37 PM

-- Inferno... - Gemi, com a mão no ombro. Latejava de dor. 

Me sentei no chão, olhando atentamente o vidro intocado. Não havia nem uma rachadura! E puta merda, eu tinha 85 kg! Podia ter causado alguma coisa. Mas não. Eu só cai de volta, batendo a cabeça e ficando desacordada por um minuto inteiro, ou dois. Esfreguei
minha cabeça que também doía.

Decidi me levantar e realmente tomar alguma atitude. Peguei minha jaqueta jeans preta que estava no sofá, coloquei e fui em direção a porta. Olhando meu apartamento uma última vez antes de nunca mais voltar ali. Senti um aperto no peito, e uma vontade muito forte de chorar. Ignorei, e fechei a porta, chamando um elevador.

-- EU NÃO ACREDITO! - Ouvi um grito feminino no apartamento da frente. -- JOSH SEU DESGRAÇADO! - Engoli em seco, desejando que o elevador chegasse logo até onde eu estava.

-- A VADIA É VOCÊ. - Dessa vez uma voz masculina gritou, pelo jeito devia ser o tal do "Josh". -- NÃO ENCOSTA EM MIM!

-- VAI SE FODER!

Arregalei os olhos para briga enquanto entrava no elevador. Pelo jeito a coisa estava feia para o meu casal de vizinhos.Decidi ir andando para onde queria. Pegar um táxi. Afinal, abandonar meu carro naManhattan Bridge. Afinal, se eu pulasse de lá, conseguiria cumprir meu objetivo. Sai do prédio e tentei chamar um táxi. No final de 15 minutos, consegui. Foi bem tranquilo. Fuiquieto, olhando a janela. Tudo que eu veria uma última vez.

Ao chegar, paguei e respirei fundo, indo até a parte vazia da ponte. Apoiei minhas mãos no muro de proteção e fiquei olhando para baixo. A altura. O meu abismo. Acalmei minha respiração enquanto eu pensava em Marcos e Paty. Eles poderiam gostar de mim, mas estariam melhores sem a minha companhia. Eu talvez encontrasse minha vó. Mas não tinha certeza se iria para o céu.

E... Brunna. Ao que parecia, ela ficou magoada com que eu disse, mas com certeza encontraria alguém melhor. Merecedora de seus sorrisos, seus olhares encantadores... De seus abraços e seu carinho. Eu não a merecia. Eu não merecia ninguém. A linhagem dos
Oliveira iria acabar ali. Comigo. Afinal duvido que meus pais teriam outro filho. Inspirei fundo, tomando impulso com os braços e... congelei. Ouvindo um som terrível.

-- Caim! Caim! Caim! - Olhei para o lado assustado. Um carro tinha parado a poucos metros de mim e jogado... alguma coisa para fora. Que se mexia e... choramingava.

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