New York city, Brunna Gonçalves, quinta, 25 de janeiro, 2018.6:50 AM
-- Ouviu? - Ludmilla sussurra perto da minha orelha, eu dou um pulo. Ele segura a risada.
-- Que susto. - Sussurro de volta colocando a mão no coração. -- Ouvi o que?
-- O trabalho é para amanhã. -Arqueio as sombrancelhas.
-- Você se importando com algo que não seja você mesmo? - Eu disse fingindo surpresa.Ela revira os olhos e eu rio baixinho.
-- Eu estou morta de sono. - Apoio minha cabeça no ombro dela. -- Passei a noite fazendo desenhos e lição de casa.
-- Também não dormi muito. - Ela boceja. -- Só que foi por outro motivo.
-- Qual?
-- Eu fui na casa do Marcos, mas ele não queria falar com ninguém. - Ela dá de ombros, fazendo minha cabeça sacudir levemente. -- Cheguei em casa e tinha.... umas coisas para fazer, enfim.
-- Marcos está bem? - Levanto o rosto, vendo sua expressão. Era séria e cansada, desse ângulo e com essa iluminação ela aparentava ser mais velha.
-- Ele... sim, está. - Volta o olhar para a professora de novo.
-- Não minta para mim. - Eu tiro uma mecha de cabelo do rosto. -- Marcos é um dos meus melhores amigos, me importo com ele.
-- Sendo assim. - Ela suspira e se abaixa um pouco, sussurrando no meu ouvido novamente. -- Ele não parece muito bem. Meu plano hoje é ficar na casa dele até que ele saia do quarto.
-- Eu vou com você. - Digo decida. -- Quero ajudar Marcos.
-- Não sei..
-- Vamos... ele é meu amigo também. - Viro meu pescoço e faço um bico. -- Por favor... - Ela encara meu rosto, parecia pensar. Seus olhos pareciam perdidos em lembranças e pensamentos. Depois ela pisca rapidamente, voltando ao mundo real.
-- Tudo bem - Ela sorri. -- Avise seu irmão.
-- Eba! - Comemoro baixinho. -- Eu posso dormir? - Apoio minha cabeça em seu ombro novamente. Ela ri.
-- Fica a vontade.
Feliz com sua resposta, fecho os olhos, sentindo a respiração dela no alto da minha cabeça. Sem querer, acabo realmente relaxando com a sensação, me acomodo melhor na cadeira, e acabo dormindo.
》《
Por Ludmilla Herondale;
7:30 AM-- Brunna. - Balanço seu ombro. -- Brunna! -Ela dá um pulo, se sentando ereta na cadeira de olhos arregalados.
-- O que?
Eu não controlo e dou uma gargalhada. Ela revira os olhos, passando a mão no cabelo e o ajeitando.