New York city, Ludmilla Oliveira, sábado, 27 de fevereiro, 2019.
20:30 PMBrunna estava linda. Deslumbrante. Maravilhosa. Eu não escondi minha reação quando ela saiu do elevador de seu prédio, toda arrumada. Quase babava. Ela riu tímida.
-- Uau... - Falei pausadamente, pegando sua mão e fazendo-a dar uma voltinha. - Você está divina...
-- Você também está linda. - Ela sorriu e me deu um selinho rápido.
-- Não tanto quanto você. - Analisei-a novamente. - Meu Deus. Você é um espetáculo.- Ela riu novamente.
-- Puxa saco.
-- Verdadeira. - Toquei seu nariz. - Todo mundo só vai reparar em você nessa reunião. - Ela revirou os olhos, ainda com seu sorriso.
-- Gostei desse vestido. - Disse ela simplesmente.
-- Ficou maravilhosa. Linda. - Segurei sua cintura. - Demais... - Falei de forma arrastada, puxando seu lábio inferior pra dentro da minha boca.
Ela gemeu no beijo, aprofundando.
-- Vai ficar com a boca manchada de batom. - Ela sussurrou.
-- Eu não ligo. - Suguei sua língua para dentro da minha boca, ainda beijando-a. Segurando-a pela nuca e pela cintura.
-- AH. MEU. DEUS! - Ouvimos um grito. Parando o beijo, olhando para trás. Lá estava uma adolecente, com os olhos brilhando.
-- SÃO VOCÊS MESMO! - Ela berrou. Limpei minha boca com as costas da mão, tirando o batom vermelho que ficou em mim. Brunna sorriu e ajeitou o batom.
-- Posso tirar uma foto? - Ela deu um sorriso nervoso e mostrou o celular. Eu e Brunna nos entreolhamos e rimos.
-- Só se não contar isso para ninguém. - Pisquei pra ela. A menina sorriu e assentiu fervorosamente.
-- Combinado!
Ela veio até nós e tirou uma selfie. E depois nos deu um abraço e falou que nós éramos o casal mais lindo do mundo. E depois ela subiu, falando que veio visitar a avó. Eu e Brunna rimos, depois entrando no meu carro e partindo para a reunião.
Logo chegamos, dei o carro para um dos seguranças estacionar e segui com Brunna para dentro da empresa.
Ao chegarmos lá, cumprimentamos todos, sorrimos falsamente para alguns. Bebemos e comemos. Apenas uma reunião chata e entediante. Até que um velho conhecido chegou...
-- Ludmilla! Quanto tempo! - Era um dos sócios do meu pai. Dei um sorriso fraco, e quando eu vi a pequena criança morena em seus braços, desabei.
Minha respiração acelerou e meus olhos encheram de lágrimas. Será que assim teria sido minha filha com a Brunna? Tão pequena... tão frágil... tão adorável... Me encolhi quando senti Brunna tocando em mim. Linden - o sócio - tinha se virado para a mulher, e eles começaram outro assunto.
-- Ei... tudo bem? - Brunna segurou meu rosto. - O que foi?
-- Eu preciso ficar sozinha. - Me afastei dela, desviando de um monte de gente. Indo para a
sala de reunião, qual ficava mais longe daquela multidão toda. O quê não funcinou, pois Brunna me seguiu.