Capítulo 51 - ✨

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  Perto de Nova York city, Brunna Gonçalves, sábado, 07 de março, 2019.
23:44 PM

Finalmente estava voltando da vendinha perto do chalé. Estranhei por ver todas as luzes do chalé apagadas. Talvez estivessem assistindo o filme. Sai do carro e tranquei o mesmo, ficando arrepiada de medo pelo silêncio que fazia. Ali estava escuro e no meio do mato. Meu coração iria sair pela boca.

Quando destranquei a porta, meu coração saltou e eu quase gritei quando a TV ligou. Eu estava me tremendo toda. Meu Deus eu me sentia em um filme de terror.

-- Ludmilla...? - Chamei-o, andando vagarosamente pela casa. Deixando as compras no balcão. - Paty...? - Engoli em seco. - Gabriel? Marcos? Alguém?

Eu me abracei, com medo. Na televisão tinha palavras escritas. "Assista", dizia. Com a mão trêmula, morrendo de pavor, liguei. Começou a tocar "No broken hearts". Estranhei. Eu amava aquela música e... foi quando beijei Ludmilla pela primeira vez.

A televisão começou a passar fotos minhas e do Ludmilla, fotos tiradas por Paty e Marcos. Algumas delas Gabriel e Felipe tinham tirado. Passou uma em qual estávamos em Londres, no tal baile. Eu olhava para o lado enquanto Ludmilla estava olhando para mim. Dei um sorriso impetuoso, vendo as próximas fotos... que na verdade, eram vídeos. Vários dos quais nós postavámos nos stories. Tinha alguns que Paty tinha feito também. Como quando saímos abraçados so cinema.

Eu sorria como uma boba, lembrando de como minha vida ganhou cor após eu ter esbarrado com uma certa pessoa na faculdade. Tudo que aconteceu depois... as cortinas da realidade se baixando, provando que ela não tinha uma vida nada fácil, não psicologicamente. E eu também tinha meus demônios do passado. Eram coisas que sem dúvida pararam de me assombrar graças a Ludmilla. E eu esperava ter tido o mesmo efeito em sua vida. 

No final da música, as luzes da casa se acenderam, me dando um susto. Ludmilla apareceu no corredor, com um sorriso levado e tímido. Tinha uma caixa grande nas mãos. Estava embrulhada em um presente. Sorri confusa, um misto de emoções passando pelas minhas veias. Eu ri para ele, Ludmilla fez o mesmo.

-- É meu aniversário e eu não sabia? - Rimos fraco.

Ludmilla balançou a cabeça vindo até mim. Percebi que tinha pétalas de rosa no chão, em formato de coração. Minha respiração se acelerou.

-- Você sabe que é a melhor parte da minha vida, não sabe? - Ela começou.

-- Eu te proíbo de me fazer chorar. - Disse me aproximando também. - É sério! - Ela riu

-- Muito bem. Quer que eu seja direta? - Ela perguntou com um sorriso de canto.

-- Quero. Iria fazer bem para o meu coração, eu sou cardíaca garota! -Ela riu. Quando ia continuar a falar, ela colocou o indicador nos meus lábios.

-- Minha vez. - Assenti lentamente, enquanto ela voltava a segurar a caixa com as duas mãos, e olhava intensamente para mim.

-- Lembra quando eu lhe disse que amor era uma doença? - Assenti, lembrando do dia no qual nos conhecemos. - Eu me infectei com ela assim que pus meus olhos em você, e foi a melhor coisa que já me aconteceu. - Sorri como uma idiota, ansiosa e nervosa. - Você disse que amor no mundo real nunca daria certo, e eu digo que concordo. Pois isso para mim não é real... - Ela se aproximou e tocou meu rosto. - Isso para mim é o meu maior sonho, meu paraíso... - Meus olhos se encheram de lágrimas. - Também comentou de não ser perfeita. E eu lhe digo, meu amor, que eu não preciso de alguém perfeita. Eu
preciso de você. - Uma lágrima intrometida escorreu pelo meu rosto. Limpei-a rapidamente, ainda segurando sua mão.

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