Capítulo 32 -✨

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   New York city, Brunna, segunda, 22 de fevereiro, 2018.
12:13 PM

Antes de bater na porta, congelei. Nunca estive na casa da Ludmilla. Nunca havia visto onde, e como ela morava... o jeito que vivia. Mas pelo prédio ela deveria viver do bom e do melhor. Olhei para trás, para o elevador. Ainda dava tempo de desistir... Mordi lábio
enquanto fechava os olhos e batia na porta.

-- Quem está na chuva é para se molhar... -Sussurrei. Ouvi passos, e logo em seguida a porta foi aberta.

-- Marcos. - Sorri.

-- Brunna, oi! - Nos cumprimentamos com um abraço. -- Como vai?

-- Bem... - Olhei a caixinha de Pauline ao meu pé.

-- Tem um bichinho também? - Ela sorriu. Marcos adorava animais.

-- Uma gatinha. Pauline. - Ele pegou minha mini-mala e colocou para dentro. Decidi levar Pauline eu mesma.

-- Entre. - Ele deu espaço da porta. Analisei o ambiente, piscando lentamente.

Era todo em cinza e preto. Os únicos detalhes coloridos eram dos que vinham lá de fora. Ele tinha uma parede. Uma parede! De vidro! E era tão linda... se estendia do começo a lateral da sala toda. Na minha frente estava uma mesa bonita de jantar. De vidro preto. Ao meu lado direito estava uma cozinha, relativamente pequena. E era estilo americana. Mais na frente, na sala, estava um sofá grande (preto, obviamente) a TV. E Paty estava conversando com a Ludmilla...

Podia fazer muito pouco tempo o qual não via Ludmilla. Mas eu considerava uma eternidade. De modo que pesou no meu estômago olhar para ela. Sua expressão não era a das melhores, mas dava para ver que ela se esforçava. Apenas via duas cabeça. O olhar de Paty encontrou o meu.

-- Olha quem chegou!

Ludmilla olhou para trás. E senti que a sala mergulhou em um momento de tensão. Ela me olhando de cima à baixo, pareceu surpresa, e com certeza estava. Paty provavelmente não tinha avisado a ela. Mas Ludmilla não parecia esnobe e com raiva, ou até se achando superior. Estava apenas... chocada e...

-- Brunna? - Ouvir sua voz falando meu nome me acordou. -- Você vai... - Ela engoliu em seco. E continuou, hesitante; -- cuidar de mim...? Enquanto Paty e Marcos estão fora?

-- Eu vou. - Suspirei. -- Eu quero um celular novo. - Disse a Paty. Ela riu, parecendo não perceber o clima de tensão.

-- Sim, senhora. - E em segundos eles se despediram e foram para fora do apartamento. Sobrando apenas eu e Ludmilla. Ela inspirou fundo.

-- Então...

-- Então... - Desviei o olhar.

-- Fica... a vontade. - Ela baixou o olhar. Um miado agudo cortou o clima como uma faca.

-- O que foi isso? - Ela franziu o cenho.

-- Ah... eu... - Abaixei e abri a portinha da caixa de Pauline. -- Tenho uma gatinha agora.. e bruno viajou... Eu não podia deixar ela.

-- Eu não sei se é.... - Ludmilla foi cortado. Uma bola de pelos cinza e branca pulou de seus colo. Vi os olhos do filhotes brilharem antes de avançar para cima da Pauline. -- uma boa... - A sala ficou em silêncio de novo. O cachorrinho de Ludmilla cheirando a Pauline. Os dois parados, sem fazer nada... inclusive os donos. Mas... para a surpresa de todos, eles começaram a brincar de pega-pega pela casa.

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