Capítulo 1 ✨

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New York city, Ludmilla Oliveira, segunda, 22 de janeiro, 2018.

5:35 AM

Acordei sem alguma vontade de ir a faculdade, afinal nunca quis cursar administração. Então seria como perda de dinheiro, e tempo. Mas o que adianta discutir sobre felicidade com dona Silvana ??

Levantei da cama, ao sentir o toque frio do piso de madeira senti um arrepio. Olho o relógio de novo, decido tomar um banho. Tomo impulso levantando da cama, ando até minha suíte tirando minha roupa. Entro no chuveiro, colocando no gelado. Tomo um banho rápido, porém relaxante. Vou ao meu closet, totalmente sem roupa, ou alguma toalha. Afinal eu morava sozinha. Escolho rapidamente uma roupa e pronto.

Desço as escadas, olhando para fora do apartamento. As vezes engolir os esporros de minha **** era bom, a recompensa era boa. Faço um café forte, afinal eu precisava, tinha ficado até tarde da noite anterior treinando uma música, a favorita de marcos (meu melhor amigo, praticamente um irmão). Após o café ficar pronto, coloco na xícara e levo até a primeira sala de um corredor ao lado das escadas .Abro a porta, que estava encostada, pois não tive tempo de trancar ontem, como fazia todos os dias, e noites.

Sentei em um dos bancos que tinha lá, coloquei a xícara no chão, que tilintou como se houvesse rachado, mas eu não liguei. Peguei meu violão, tocando alguns acordes, logo depois começando a cantar um pouco da música.

Me interrompo quando ouço palmas, congelando na hora. Levanto o olhar do violão, passando pelo piso de madeira e escura e encarando a porta, lá estava marcos, como sempre. Palmas do mesmo ainda ecoavam pelo local. Cessando assim que um sorriso se curvou em meus lábios 

-- Uau! - Exclama. - Eu sabia que ficaria bom, mas não tão bom assim.

-- Não é para tanto. - Pego a xícara de café do chão, tomando um gole longo, que desceu em minha garganta como um rasgo. -- Treinei um pouco ontem, não está terminada.

Ele dá de ombros, se desencostando da porta e ajeitando a postura.

-- Primeiro dia de aula hoje em. - Sua voz era uma mistura de brincadeira com desanimação. -- Vai querer se atrasar??

-- Na verdade.. - Me levanto, deixando o violão no banco que a pouco tempo sentara, pego a xícara, dando mais um gole, e terminando o café. -- Você sabe que eu nem queria cursar isso.

-- Eu sei marcos - Ele dá espaço da porta. Eu passo e tranco a mesma.

-- Isso tem sempre que ficar fechado??

-- A empregada vem segunda, quarta e sexta marcos. Ando preguiçosamente até a cozinha --E você sabe meus motivos para que além de você e Renatinho, ninguém saiba dessa sala.

Ouço marcos respirar fundo. Ele sempre disse que eu deveria criar uma nova história, uma oliveira que finalmente não herdaria a grande empresa. Mas já era uma decepção como pessoa, podia fazer ao menos isso para meus pais se contarem, e achar que não é de todo mal.

-- Devia ser diferente - Ele resmunga -- Seria tão bom, se tudo voltasse alguns anos, poderíamos simplesmente planejar nosso futuro. Sorrio com os calendoscópios de memória, seria realmente muito bom.

-- Você seria um cantor famoso, e de muito sucesso - marcos continua -- E eu..

-- Seria meu empresário - Completo deixando a caneca na pia, enchendo d'agua logo depois. Afinal a empregada poderia lavar. -- E viajaríamos por todos os países, e lugares mais legais.

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