Liberdade

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Enfim depois de chegar chique em casa com o táxi, nossa, amo o conceito de ostentação da minha cidade, andar de táxi. Preciso entender oque será de mim e do Dan, eu sei que é aleatório mas, aí, não quero ser só um ficante.

Pra poesia que a gente não vive transformar o tédio em melodia... (Todo amor que houver nessa vida)
Cazuza

Bom enfim vamos voltar a rotina

Tinha um carro da polícia na frente de casa, acho que deve ser alguma coisa com o vizinho. ( Alerta de gatilho)

Chego e vejo mainha chorando, vejo garrafas quebradas, ela olha pra mim e fala, acabou. Não entendi de primeira mas de primeira mas ela diz que meu pai ameaçou ela e os vizinhos, que nunca nem falaram um oi, ligaram pra polícia. E ele foi preso.

Eu abraço a minha mãe, queria está aqui pra protegela mas que bom, que bom que eu posso sair de casa sem medo, aqueles olhos que misturavam alegria com medo do futuro, acho que a liberdade assustará ela.

Vou ligar pra minha avó, mas antes terei que acompanhar minha mãe, ela dará depoimento na delegacia. Eu olho prós seus olhos e falo:

- Eu sei que a liberdade assusta, mas não existia amor nisso, ele era escroto e tóxico, por favor mãe pensa em você, pensa em mim, pensa em nós!

- a culpa não foi ele foi .. - ela fala

- a culpa não foi sua - eu falo e abraço ela que se desmancha em lágrimas.

Um cara da delegacia nós acompanhou e logo fomos, chegando entramos numa sala onde tinha um delegado. Ele mandou sentamos e pediu pra minha mãe contar tudo.

Ela respira fundo e fala:

- Ele chegou bêbado em casa, segurando uma garrafa daquelas de vibro ainda com cerveja dentro, o cheiro de cerveja e cigarro eram fortes, ele sentou no sofá e eu servi café pra ele, ele pegou a xícara e falou que o café não prestava, eu perguntei se estava muito forte ou muito fraco e ele disse que eu era uma porca e jogou a xícara no chão, quando eu fui pegar a xícara já quebrada ele me empurrou derramou todo o café do bule sobre o chão e mandou eu limpar, eu comecei a chorar ele gritou, limpa sua vadia desgraçada, eu não conseguia me mecher, ele pegou a garrafa que estava sobre a mesinha ao lado do sofá e jogou no na parede contra mim, alguns cacos ainda perfuram minha perna, ele puxou meu cabelo e ... Eu gritei, mandando ele parar...

Logo ela mostra os cortes e arranhões em seu corpo e diz:

Ele me bateu, eu gritei mais auto e os vizinhos chamaram a polícia, antes que os polícias chegassem ele puxou meu cabelo e me deu dois tapas eu o empurrei contra a parede, não tinha forças pra me mecher, ele gritou: eu sua .... Louca, e eu, só conseguir ver os faroes vermelhos e azuis chegando. E os polícias entrando e tirando ele de disse de mim, eu chorei e sentei, respirei fundo e depois sentei no sofá e meu filho chegou e depois de um tempo Márcio o PM aí, me trouxe até aqui.

O delegado fala:

- nossa , vou sugerir um exame de corpo de delito e acompanhamento - uma lágrima dele cai - e ele diz, vocês estão seguros agora.

Depois de um tempo, estávamos em casa, éramos nós, eu abraço a minha mãe e digo - nós estamos livres.

Ela sorrir.

Eu vou dormir, triste pelo que tinha acontecido mas feliz, porque pois o medo acabou. Acho que entendo a minha mãe, pesquisei um pouco e descobrir que isso foi mais sobre relacionamentos abusivos, entendo ela, mas agora estamos livres.

Acordo com o caloroso som que iluminava a manhã mais feliz do mundo, o medo acabou, apesar dos pesares o sol iluminava nossa liberdade.

Eu preciso dizer que te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora