Killer • Sillie

- 11

[Sadie Sink pov's]

"Amigas."

Que porra é essa, Sadie? você está aqui para matar a garota.

- E aí, ruiva?

É sério? Ninguém aqui consegue simplesmente se pegar e fingir que nada aconteceu?

- Oi, Charlotte. - É ótimo não precisar esboçar um sorriso falso.

- Te dei meu número aquele dia... Fiquei esperando você ligar.

- Desculpa, eu... - Apontei para a fila, isso foi suficiente para ela entender.

- Ah, Millie toma muito seu tempo? - Ela se enlaça no meu pescoço e fica praticamente deitada por cima de mim. - Quando estará livre?

- Hoje, talvez.

- Talvez? Aí eu fico te esperando?

- Só se realmente quiser. - Basta soltar uma piscadinha e parece que todos fazem o que você quer.

- Tudo bem, então me liga.

Aceno enquanto ela se afasta, e sua silhueta desaparece quando ela cruza o monte de alunos aglomerados na entrada da cafeteria, desaparecendo da minha vista.

- Ligar o cacete, chata do caralho.

[...]

Não sei se eu tinha muitas roupas ou aquela cômoda era muito pequena.

Terminei de dobrar minha calça moletom e só então percebi que a gaveta ainda estava ocupada com meus livros.

- Desisto. - Peguei o celular e me deitei na cama.

Sexta mensagem de Ryan só essa semana.

Ele quer essa garota morta.

- Sadie? - A voz irritante de Nancy estava do outro lado da porta. - Trouxe biscoitos.

- Não estou com fome, obrigada.

- Posso pelo menos deixar aí dentro?

Abro uma fresta contra minha vontade e recebo o saco de papel.

- Obrigada. De novo.

Depois de sorrir e tentar espionar o quarto, ela finalmente saí.

O frigobar estava cheio de refrigerante, mas nenhuma água. Então para que servem essas merdas de rico?

Escuto outra batida na porta, e dessa vez estou com raiva.

- O que foi agora, Nanc.... Millie?

- Posso entrar?

- Não.

- Estou tentando me livrar dos meus pais, eles não vem aqui.

Céus, eu odeio ter que fingir uma alegria inexistente.

- Tá, tanto faz. - Abro a porta e ela entra.

- Obrigada.

- Sua casa não é gigante? Não poderia ir até a lavanderia ou algo assim?

- Desculpa, estou atrapalhando a madame aqui?

- Tudo bem, fica aí. - Volto para a cama, ela me acompanha com olhar enquanto se senta no tapete.

Agora seus olhos começam a percorrer o quarto e as minhas roupas.

- Essas cômodas são uma merda - Ela vai de joelhos até lá e começa a contar. - Seus livros podem ficar aqui em cima, sobra espaço para suas roupas.

- Prefiro deixar aí. - Continuo focada em arrumar uma desculpa para o Ryan, já que estou a ponto de expulsá-la.

Millie começa a organizar os livros empilhados, ficando metade para eles e metade para as roupas.

- Vai bagunçar.

- Não vai, eu só estou... Sadie? Por que você tem uma arma? - Ela se levanta, segurando firmemente. - Responde.

Fico encarando a pistola em suas mãos, a forma que ela segura revela que nunca pegou em uma dessas.

- Eu tenho autorização para usar. Acho que todos deveriam ter.

- Primeiro você corta sua própria boca na infância e agora tem uma arma? O que você é? Uma psicopata?

É sério? ela acreditou naquela história mal contada da minha infância? Sendo que isso aqui claramente foi feito de propósito, por outra pessoa.

- QUEM É VOCÊ, PORRA? - Gritou.

Seus berros são suficientes para me fazer reagir.

Só que eu não sei como fazer isso.

Quando percebo que ela está prestes a sair pela porta anunciando isso a quatro ventos, seguro seus braços para trás.

- Me dá a arma.

- Vai fazer o que? Me matar?

Coloquei seu rosto contra a parede.

- Você vai ficar calada, entendeu?

- Eu tenho provas - Ofegou. - Eu vou contar, e então você vai para a cadeia.

- É você quem vai sair daqui - Puxo a arma da sua mão e coloco contra sua cabeça. - Vai sair daqui e ficar calada. Você não viu armas e isso nunca aconteceu.

- Puxa o gatilho se tem tanta coragem - Sua respiração estava acelerada. - Puxa.

Com a arma ainda apontada para sua cabeça, deixo suas mãos livres e dou passos para trás.

- Se você abrir a boca, não vai ser nada bom.

- Você é louca, sua filha da puta.

- Não... - Me aproximei dela novamente e coloquei meu dedo indicador na frente da sua boca. - Eu não sou louca.

Sou uma assassina.

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assassina i não consegue matar a namorada eu si divirto