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Deixei que ela se aproximasse ainda mais do meu rosto, e quando seus lábios tocaram os meus, eu senti um choque percorrer meu corpo.

A forma que me beijava era tão calma que eu precisei abrir os olhos para conferir se era Sadie. Meu coração acelerava, e segurar sua cintura foi uma das primeiras coisas que pensei quando nosso beijo começou. Entre eles, alguns milésimos de segundos eram separados para que nosso ar fosse recuperado, e durante esse tempo eu mantinha minha boca aberta, olhando para seu rosto vermelho. A sua mão agarrou minha coxa e fui puxada para mais perto.

Abri meus olhos novamente e percebi a forma que ela segurava. Alisando e ao mesmo tempo pressionando, deixando minha intimidade perto do seu joelho.

Ela passou seu dedo indicador pelo meu lábio inferior e se levantou. Sua mão foi apoiada ao lado da minha cabeça enquanto me olhava e pressionava seu joelho entre minhas pernas. Encostei minha testa na dela e escutei sua respiração acelerada.

Senti um frio na barriga quando seu olhar se dirigiu para minha blusa, era como se pedisse permissão. Todo esse tempo — Talvez alguns segundos, apenas, faziam minha excitação crescer.

A palma das suas mãos já não estavam mais ao lado da minha cabeça e ela deu alguns passos para trás, olhou pela janela e em seguida foi até seu quarto.

- Por que me seguiu? - Perguntou enquanto arrumava seu travesseiro.

- Tem certeza que gosta de estar no comando? Porque pareceu que estava com medo.

- Eu estou com sono, não medo. Aliás, do que eu teria medo?

Se ela estava tentando de fazer de desentendida, é óbvio o motivo de não querer me encarar.

- Está bem, então volte a me tratar como apenas a garota sequestrada.

- Ótimo, assim quem sabe você consegue respeitar o espaço alheio.

Andei até o mesmo local que fiquei quando cheguei a corda prendeu meus pulso novamente.

- Pode ficar com o sofá.

Afundei meu rosto no estofado e coloquei minhas mãos presas acima da cabeça.

Que desgraçada, ela utilizada métodos de tortura indolores, mas tão doloridos ao mesmo tempo.

- Bom dia. - Sadie se espreguiçou e foi até a geladeira.

Bom dia o caralho.

Virei meu pescoço devagar e a iluminação incomodou meus olhos, fazendo eu me virar para o lado oposto.

Eu estar a ignorando é novidade.


- Posso te levar a um lugar? - Perguntou.

- Eu não tenho opções e nem muito o que fazer mesmo.

Levantei do sofá e a vi sentada no balcão com os cabelos bagunçados.

- Pode desfazer esse nó de marinheiro?

- Céus, eu nem deixo tão apertado.

- Tenta desamarrar suas mãos com elas amarradas. - Bufei.

- Precisamos aproveitar que ainda está cedo, então podemos ficar sem brigar só por algumas horas?

- E desde quando você liga pra isso?

- Desde que você fica brava sem motivo nenhum.

Assim que eu estava livre fui trocar minha roupa.

Killer • SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora