O Meu Amor Por Você ( Terminada)

34°

dias depois...

ㅡ Uma mulher

Assenti entrando no quarto do hospital e vi uma mulher pouco menos que a minha idade deitada na maca, enquanto a outra parecia ser sua mãe.

Ela estava com raiva.

Sophie: Bom dia.ㅡ me aproximei pegando o formulário e liㅡ Hum... Vamos colocar mais um pouco de soro. Parabéns pelo bebê, Verônica.

Mas isso não a agradou.

Verônica: Cale a boca, eu prefiro morrer à ter esse bebê.

A mãe deu um longo suspiro lançando um olhar reprovador para a filha. Li o nome da acompanhante " Madalena:.

Madalena: Não fale assim com a moça, sua ingrata! Eu é quem deveria te dar uns cascudos por engravidar de um cara que não era pra ser o certo!

Verônica: Mãe, e-eu gosto dele.ㅡ ruborizou e a mãe arregalou os olhos como se ela tivesse dito um absurdo.ㅡ Mãe...

Antes que a mãe da moça pudesse voar em sua garganta, eu intervi.

Sophie: Bem, é melhor a discussão ficar para depois. A senhorita Verônica precisa de descanso.

Madalena saiu batendo a porta. Não deixei de perceber a angústia de Verônica.

Verônica: Eu cabei com a nossa família.ㅡ suspirou enxugando as lágrimas que teimavam vairㅡ Pode me dar algo para matar essa criança?

Arqueei uma sobrancelha e terminei de ajeitar o outro soro. Me afastei olhando em seus olhos.

Sophie: Você quer esse bebê, está na sua cara. Eu não posso me envolver nos assuntos dos pacientes, mas creio que você está com medo é da sua mãe. Se esse homem realmente te ama, ele vai te ajudar... Não só porque é obrigação.

Ela respirou fundo e tentou sorrir.

Verônica: Obrigada.

Sophie: Volte a dormir, talvez amanhã receba alta.

Ela assentiu e eu saí do quarto.

Olhei em minha caderneta e vi que só tinha mais um paciente. Ótimo! Logo eu estaria livre, desfrutando das minhas férias. Só não sei se Arthur ainda iria querer viajar.

Caso ele não queira, não havia problemas, eu estendia o lado dele.
Abri a porta vendo um homem dessa vez, ele era jovem, e parecia ser mais velho que eu.

Sophie: Bom dia, como se sente?ㅡ perguntei indo até o seu formulário, lendo.

ㅡ Parece que uma caminhão passou por cima de mim.

Franzi o cenho.

Sophie: Overdose...ㅡ falei para mim mesma vendo a causa dele estar aqui ㅡ Bem, deixa eu cuidar de você. Em breve vai se sentir melhor.

Enquanto eu fazia o meu trabalho, o homem não parava de me fitar.

Cabelos ruivos, assim como os meu, sardas por todo o rosto, olhos azuis bem claros, mas que agora parecia cheios de angústia e sem vida. Olheiras e uma aparecia acabada.

Me enganei quando falei que ele parecia mais velho que eu. Quer dizer, ele parece ser mais velho, mas é mais novo.

"Luiz Albuquerque, 21 anos"

Escutei alguém bater a porta e me virei vendo uma mulher mais velha. Ela parecia ser amigável, mas tinha a tristeza e seus olhos.

ㅡ Bom dia, como está o meu filho?

Sophie: Ele está bem melhor do que antes.ㅡ respondi ㅡ O medo fez uma lavagem gástrica e intestinal pra retirar a droga. Ele vai ficar só mais alguns dias no hospital.

Ela suspirou aliviada.

ㅡ Meu nome é Valentina, sou a mãe do Luiz.ㅡ se sentou ㅡ E você?

Demorei para perceber que era comigo.

Sophie: Sophie.

Ela me olhou por alguns segundos.

Valentina: Sophie, me desculpe a pergunta, mas qual é o nome dos seus pais?

Sophie: Minha mãe se chama Erica Clarke, e meu pai Samuel Clarke.ㅡ respondi e ela empalideceu mas pigarreou tentando se recompor ㅡ O que foi, senhora Valentina? Está tudo bem?

Valentina: Está, sim, minha querida! Eu só achei coincidência o seu nome, a sua aparecia, e o nome o seu pai, com o da minha...ㅡ parou de falar repensando ㅡ Uma conhecida, só isso.

Franzi a testa e acabei soltando um risada fraca.

Sophie: Ah é? Que... Interessante.ㅡ foi o que saiu.

Valentina ficou quieta e baixou o olhar para o copo.

Sophie: Terminei.ㅡ me afastei ㅡ Quer alguma coisa?

O homem negou e eu sorri.

Valentina: Antes, onde sua mãe ou o seu pai mora? Eu acho que os conheço.

Luiz: Mãe!

Valentina: O que foi, Luiz?! Eu preciso reconhecer meus amigos antigos!

Ele bufou e eu, um pouco constrangida, respondi:

Sophie: Meu pai mora fora desse cidade, e minha mãe está internada nesse hospital.

Seus olhos brilharam. Eu sabia que ela queria fazer mais perguntas, mas eu agradeci ao perceber que ela não iria falar mais nada.

Acenei e saí.