Capítulo 46 - De Cara Com o Assassino (Últimos Capítulos)

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Eu não conseguia parar de lembrar o que havia acontecido horas atrás e a cena do momento que eu vi o relógio do Max caindo da roupa do mascarado não saia da minha cabeça, será que ele era o assassino? Será que meu melhor amigo estava tentando me matar? Mas por que ele faria isso? A gente sempre se deu tão bem, eu o tinha como um irmão, não conseguia crer que ele fosse capaz de cometer crimes tão brutais.

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Alguns dias haviam se passado e eu ainda não estava conseguindo falar com Mason, o celular só dava desligado e sua mãe estava desesperada, havia dado parte do sumiço dele na polícia, mas até o momento ele não havia sido encontrado nem vivo e nem morto, e eu realmente não sei o que era pior, ele ser encontrado morto ou estar desaparecido, Rose não estava nem trabalhando de tão desesperada com o filho. As vezes ela ia em minha casa aos prantos, a gente conversava, eu tentava acalmá-la, mas era inevitável, podia ver o seu nervosismo, mas com certeza se fosse comigo eu estaria do mesmo jeito.

Desde que tudo aconteceu, eu não falei mais com o Max, estava tentando por os meus pensamentos em ordem e eu estava com muito medo do meu amigo estar por trás disso.

Rose e eu estávamos conversando e eu falei sobre o que eu sabia sobre o fato do mascarado ter o pegado, mas eu disse que não sabia onde ele estava, não quis dizer o fato de achar que ele estava morto para não deixá-la pior. Assim que eu lhe dei um copo d'água, meu celular tocou.

- Alô.

- Oi Luna. - Disse aquela voz que infelizmente eu conhecia muito bem.

- Com licença. - Falei para Rose. Fui até o meu quarto, a deixando com Bryan. - Cadê ele?

- Ele quem?

- Cadê o Mason? O que você fez com ele?

- Ah, o seu amante? - Deu uma gargalhada alta. - Descubra. Se conseguir.

Em seguida ele desligou e me deixou falando sozinha e morrendo de raiva. Eu só queria saber quem ele é.

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Era um domingo, as crianças haviam ido à casa da minha mãe para brincar um pouco com minhas irmãs, já o Bryan tinha ido ao mercado, ele havia me convidado pra eu ir junto, mas preferi ficar adiantando o serviço doméstico.

Eu estava passando o aspirador de pó na sala quando a campainha tocou, parei o que eu estava fazendo para abrir a porta pensando ser Bryan, que mais uma vez havia esquecido a chave, mas assim que eu abri tive uma tremenda surpresa.

- Max?

- Oi. - Abriu um sorriso e foi entrando na minha casa.

- O que você está fazendo aqui? - Perguntei assustada. - E como te deixaram subir?

- Luna, os porteiros já me conhecem, eu venho aqui com frequência. - Se jogou no meu sofá. - O que está havendo com você?

- Hã...

Eu não sabia se devia falar que eu suspeitava dele ou se devia fingir que estava tudo bem, pois eu tinha medo do que ele pudesse fazer comigo, caso ele realmente fosse o assassino, mas dai eu lembrei que em cada andar haviam cerca de dez apartamentos, que eu poderia pedir por socorro e ainda em cada apê tinha um botão de emergência, que se acionado era soado um alarme na portaria e na delegacia mais próxima, haviam feito isso após uma tentativa de assalto de falsos agentes da NET TV.

- O relógio... - Falei ao notar que ele estava com o mesmo relógio que eu tinha visto com o mascarado.

- Sim... - Olhou para o seu relógio. - O que tem? Eu sempre uso ele.

Olhei para Max e comecei a ficar muito nervosa sem saber o que fazer, eu já não tinha mais dúvidas. Era ele. Max era o mascarado.

- Luna, você tá bem? - Ele se aproximou de mim, me fazendo recuar.

- Eu já sei de tudo. - Derramei uma lágrima. - É você.

- Sim, sou eu. O Max, teu velho amigo. Luna, tá se sentindo bem? - Se aproximou mais de mim e eu dei alguns passos para trás. - O que está havendo? Tá com medo de mim?

- Eu sei que é você o mascarado, o que eu não sei é o porquê.

- Como assim? Você só pode estar brincando. Luna, você me conhece, eu não sou assassino, eu não mataria os nossos amigos, e eu não te machucaria. Você acredita em mim, né?

O olhei enquanto me perguntava se ele devia estar falando a verdade, mas eu não tinha certeza de mais nada, eu sentia como se eu não conhecesse mais nem o meu amigo.

- Luna... Você não acha realmente que eu possa ser o assassino, acha?

Sem conseguir dizer nada, apenas acenei a cabeça positivamente, e então ele se afastou de mim.

- Luna, estamos só nós dois aqui. - Se dirigiu até a cozinha e pegou um facão de carne. Ele se aproximou de mim me deixando mais assustada ainda. - Veja, se eu fosse o assassino poderia te matar agora.

- Não, por favor, não. - Comecei a chorar de desespero.

- Luna, não sou eu. - Guardou a faca. - Eu nunca faria isso.

- Se não é você, então por favor vá embora. - Pedi aos prantos.

Ele me deu um sorriso tristonho e se dirigiu em direção da porta.

- Vê se você se acalma e depois me procura.

Me lançou um triste olhar e foi embora da minha casa. Me sentei no sofá e respirei aliviada.

Max era meu amigo há alguns anos, nunca pensei que ele pudesse ser capaz disso, mas eu tinha também tanto medo de estar sendo injusta com ele.

Enquanto eu buscava me acalmar meu celular tocou.

- Alô.

- Luna...

- Você? - Perguntei ao reconhecer a voz.

O Drama de Luna (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora