Capítulo 6 - O Mascarado

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Eu estava dormindo quando me acordo com um forte vento, olho para meu lado direito e vejo a janela aberta.

''Nossa, eu devia estar muito cansada pra esquecer a janela aberta.'' - Pensei.

Me levantei, fechei a janela e voltei a dormir, porém tive pesadelo com aquela figura sinistra que eu havia visto na estrada. Algum tempo depois me acordo novamente com um pouco de frio, olhei para meu lado esquerdo e a porta estava fechada, olhei para meu lado direito e a janela estava aberta.

- Eu tenho certeza de que fechei a janela. - Pensei um pouco assustada.

Fechei a janela novamente e me deitei em minha cama, estava quase pegando no sono quando ouvi um barulho, olhei para meu lado direito e novamente a janela estava aberta.

- Pai Nosso que estás no céu... - Comecei a rezar mega apavorada.

Me aproximei da janela vagarosamente, olhei para frente, para os lados e não vi ninguém, porém ao olhar novamente para frente eu vi aquela figura estranha, a mesma que eu vi na estrada, ele estava parado do outro lado da rua com uma foice na mão, e usava uma máscara assustadora, e ele estava me olhando, eis que de repente ele sai caminhando tranquilamente. Saio às pressas do meu quarto e corro até o quarto do Bryan.

- Bryan, Bryan, acorda. - Falo sacudindo - o.

- Luna? O que houve? - Me pergunta meio sonolento.

- Aquela coisa estranha que eu vi na estrada, ele está aqui. - Falo.

- Quê? Como assim? - Pergunta ao sentar em sua cama.

- Eu não sei, mas eu o vi pela janela do meu quarto. Ele está aqui, ele está aqui. - Digo muito assustada.

- Calma, calma.

Bryan se levantou, pegou sua lanterna e saímos do quarto dele. Estava tudo escuro, não quisemos ligar as luzes para não chamar atenção, a única luz que tinha era da lanterna. Ele foi na minha frente, e eu fui a uns dois passos de distância, segurando em sua mão, eu estava muito nervosa, olhava para todos os lados com muito medo dele ter entrado em nossa casa.

Estávamos na sala quando ouvimos um barulho vindo da cozinha, demos um pulo no susto e nos olhamos assustados, fomos passo a passo até a cozinha e nos deparamos com uma pessoa de costas, como estava escuro não conseguimos ver quem era. Bryan, pegou um facão, daqueles grandes de carne, e falou:

- Parado aí!

Ele então se virou, e ao ver Bryan com o facão, se assustou tanto, que acabou derrubando sua maçã no chão.

- Você? - Perguntamos Bryan e eu ao mesmo tempo.

- E quem vocês estavam procurando? - Nos questionou Nicolá.

- Eu vi alguém lá fora. - Falei. - Viemos ver quem era.

- Alguém? - Perguntou apavorado.

- Sim. - Respondi. - Estava lá fora.

Nós três vasculhamos a casa inteira e nem sombra da tal pessoa estranha, saimos de casa e trancamos a porta para evitar que ele pudesse entrar com alguma distração nossa, procuramos bem, mas ele não estava em nenhum lugar.

- Acho que foi embora. - Disse Bryan.

- Tomara. - Falei.

Eu estava muito nervosa, olhava para todos os lados com medo de vê-lo, acho que o fato de eu ver muitos filmes de terror havia me deixado desse jeito.

- Quer que eu durma com você? - Perguntou Bryan.

- Quero. - Respondi.

Dormimos no quarto dele, mas tive uma noite do cão, tive pesadelo, sonhei que Luan era o mascarado e que tentava me matar, foi o pior de todos os pesadelos.

- Bom dia. - Falei na manhã seguinte. - Já acordou?

- Nem dormi. - Respondeu. - Passei a noite inteira acordado te vigiando para ter a certeza de que ninguém te machucaria.

- Oh, meu amor... - Digo ao abraçá-lo.

Tomamos café com toda a família, Bryan, Nick e eu resolvemos não contar para eles o que havia acontecido na noite anterior, não queríamos preocupar ninguém.

- Estão bem? - Perguntou mamãe. - Estão tão quietinhos.

- Só estamos com sono. - Falou meu irmão.

- Luna, leva a gente pra escola hoje? - Perguntou Maytê. - Faz tempo que não vamos contigo.

- Claro, meu amor. - Respondi.

Ao terminarmos nosso café da manhã, levei May, Fred e Analu para a escola, já Naomy e Louise estudavam na parte da tarde.

- Eu vou na frente. - Falou Fred.

- Não, eu que vou. - Disse May.

- Não, quem vai na frente é a Analu. - Falei.

- Eba! - Ela disse se pondo a sentar no banco do carona.

- Isso não é justo. - Falou Fred aborrecido. - Por que ela?

- Porque a Analu é a única que não está brigando pra sentar na frente. - Respondi.

Fred e May se deram uns pequenos empurrões e entram na porta de trás. Assim que todos colocaram os cintos, nós fomos em direção ao colégio deles. No caminho, May começou a contar que estava nervosa por conta da prova de Geografia que teria.

- May, nem esquenta, você é mega inteligente. - Falei. - Aposto que vai tirar 10 como sempre.

- Acho que não. - Falou tristemente. - Eu estudei tanto, mas nunca lembro todos os nomes dos países da Oceania. Quer saber? Vou estudar mais um pouco.

Ela pegou seu caderno, enquanto eu a olhava pelo retrovisor. As vezes achava que ela exagerava um pouco nos estudos, se cobrava demais, acho que não precisava de tudo isso.

Assim que deixei os três na escola, eu fui para meu serviço, mas logo que cheguei, eu recebi uma ligação.

- Alô. - Falei ao atender o celular.

- Senhorita Luna?

- Sim, sou eu. Quem fala?

E mal sabia eu que aquela ligação mudaria minha vida para sempre.

O Drama de Luna (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora