Capítulo 29 - O Banho De Chuva

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Nos deitamos para dormir e Bryan começou a reclamar de Mason novamente, não entendia que implicância era essa, o garoto era tão legal, acho que Bryan só precisava conhecê-lo melhor.

No dia seguinte, levamos as crianças mais cedo para a escola para falarmos com a professora de Elliott e a diretora da escola, que nos explicaram o ocorrido do dia anterior.

- O que ele fez foi muito errado, nós o ensinamos que violência só gera violência, no entanto, o outro garoto também errou ao dizer que Elliott não é nosso filho de verdade só porque não saiu da minha barriga. - Falei.

- Sim, a senhora tem razão, e nós já explicamos para o outro menino que há diferentes tipos de família, também chamamos os pais dele, e o garoto ficou de se desculpar com o filho de vocês, porém pedimos que conversem com Elliott para que isso não se repita, em nossa escola não são tolerados esses tipos de comportamento. - Falou a diretora.

Lhe garantimos que havíamos conversado com o nosso filho e que isso não voltaria a ocorrer. Após isso, me despedi de Bryan e fui até a casa de Mason buscá-lo para irmos trabalhar.

- Você não me disse o que achou do serviço. - Falei enquanto íamos em direção do abrigo.

- Eu adorei, as crianças são adoráveis, e o pessoal me recebeu muito bem, sem falar que a dona é maravilhosa. - Olhei para ele meio surpresa. - Acho que vou gostar de trabalhar com você.

- Valeu. - Falei timidamente.

Assim que chegamos fomos recebidos por Malu, Madison e Sophia, as minhas meninas super poderosas.

- Vocês demoraram, hein. - Falou Malu.

- Desculpe, meu bem, tive que ir à escola dos meus filhos antes. - Dei um beijo na testa dela, que sorriu.

- E ai, quem quer brincar? - Perguntou Mason em alto e bom som.

- Eu! - Responderam as meninas e mais algumas crianças que haviam escutado.

Mason saiu com eles para o pátio, porém Sophia não foi, ela apenas ficou parada diante de mim, como se quisesse me dizer algo, no entanto, permaneceu em silêncio.

- Está tudo bem, princesa?

Ela sorriu e acenou a cabeça positivamente. Nisso, me abraçou fortemente e saiu em direção do pátio para brincar. Fiquei vendo-os brincar de esconde-esconde. Sinto Ana se aproximar de mim, mas não a olho.

- Parece que as crianças gostaram bastante desse rapaz. - Ela disse.

- Ele leva jeito com criança.

Senti Ana se retirar para voltar a trabalhar, e eu continuei vendo-os brincar, adorava ver as crianças sorrindo. De repente começou uma chuva fraca, que estava prevista para aquela tarde, fui até o pátio e logo Madison me perguntou:

- Luna, podemos tomar banho de chuva. Por favor?

Eu não gostava dessa ideia, tinha medo deles ficarem doente, eram minha responsabilidade e meu dever era cuidá-los e protegê-los, não poderia permitir que eles ficassem doente por minha causa, mas naquele dia eu resolvi abrir uma exceção.

- Acho que hoje podem, só porque a chuva está fraca.

As crianças vibraram e comemoraram, pois imaginavam que eu fosse dizer ''não'' para esse pedido como das outras vezes, mas algo havia feito eu dizer que ''sim''. Juntamente de Mason, eles começaram a correr pelo piso molhado, e pularam, dançaram...

- Vem Luna. - Falou Mad ao me puxar pela mão.

Sorri e me juntei a eles para tomar banho de chuva, nem sei quando foi a última vez que eu havia feito isso, e nem sei porque eu não fazia isso mais vezes, era tão bom, tão libertador.

Minutos depois e a chuva começou aumentar, era a hora de entrarmos, Mason e eu colocamos todo mundo para dentro do abrigo. À meu pedido, Alfred me trouxe algumas toalhas para secarmos as crianças. Eu estava secando a Sophia quando olhei para a rua através da janela e então eu o vi. Era ele. Era o mascarado. Estava com um machado e me olhava o tempo todo. Congelei ao vê-lo. Senti que ele estava esperando por mim, mas eu não entendia o porquê dessa cisma toda comigo, por que ele queria me matar?

- O que foi, Luna? - Perguntou Ketlyn enquanto se secava.

- Nada.

Terminei de secar a Soso, tentando evitar a presença do mascarado para não assustar as crianças. Mas ao terminar, fui até a janela e ele ainda estava lá do outro lado da rua e me olhando, eis que ele me acena, eu não conseguia nem me mexer de tanto pavor. Tinha um jeito macabro, sinistro... Eu sempre curti filme de terror, mas nunca quis viver dentro de um, era horrível viver com medo de morrer a qualquer instante, e eu não podia nem cogitar essa hipótese por causa do Bryan e das crianças.

- Você está bem? - Me perguntou Mason ao se aproximar de mim.

Olhei para ele, que me olhava com uma expressão confusa, ele me fez a mesma pergunta novamente, porém dessa vez eu neguei com a cabeça.

- Olhe lá, do outro lado da rua. - Falei sem conseguir ver novamente aquele ser infeliz.

- O que houve? O que tem lá? - Me perguntou ao olhar pela janela.

- Como assim o que tem lá? - Olhei novamente pela janela e ele já não estava.

Olhei para os lados e ele havia desaparecido, sai rapidamente do abrigo para ver se ele ainda estava por perto, tá, eu sei que foi muita burrice da minha parte, pois ele poderia aparecer e me matar, mas eu queria saber se ele ainda estava pela rua, caminhei um pouco procurando -o, mas apenas vi as ruas vazias, não tinha ninguém ali, mas eu tinha o visto, eu sei o que eu vi. Ai, espero que tudo isso que tem acontecido não esteja me deixando louca.

Eis que ao me virar dei de cara com ele e gritei.

O Drama de Luna (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora