Capítulo 25 - Na Mira De Um Assassino

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Bryan, Max e eu avistamos Nick e Jessie correndo na nossa direção.

- Corram, ele está aqui. - Falou minha amiga.

Então o avistamos, era o mascarado. Ele estava com uma serra elétrica, ele a liga causando um imenso barulho e se põe a correr na nossa direção nos assustando.

Nós entramos na casa correndo, mas ele era tão rápido que quase nos alcançou. Max fechou a porta bem quando o mascarado ia entrar.

- Ele vai nos matar. - Falou minha amiga desesperada. - Eu não quero morrer. Eu não quero morrer.

- Você não vai morrer. - Falou Nick ao abraçá-la.

O mascarado ficou andando em volta da casa, ele alisava as paredes de vidro com a serra. De repente olhei para a janela aberta que tinha perto de onde estava o mascarado, ele olhou para a janela também e então nós todos saimos correndo nos separando, eu corri junto do Bryan e do Nick. Subimos as escadas às pressas e entramos em uma porta, que era de um quarto. Tranquei a porta rapidamente enquanto Bryan trancava as janelas.

- A Jessie. A Jessie ficou. Eu preciso salvá-la. - Falou meu irmão desesperado.

- Calma, ela vai ficar bem, ela tá com o Max e eles vão se esconder. - Disse Bryan tentando tranquilizá-lo.

Nicolá estava bastante nervoso e aflito. Acho que todos nós estávamos. Escutamos passos no corredor, tentamos fazer o máximo de silêncio possível, ninguém se mexia. Tentei me acalmar e conter o choro, mesmo estando em pânico, ele não podia nos ouvir. Seus passos estavam calmos e lentos, escutamos uns barulhos, como se eles tivesse arrastando a serra pelos móveis da casa.

E de repente tudo ficou escuro, a casa toda ficou sem luz, provavelmente ele havia desligado o disjuntor. Liguei a lanterna do meu celular e continuamos em silêncio, apenas escutando os passos dele, que as vezes se afastavam e as vezes se aproximavam. E então escutamos um grito estrondoso, um grito feminino, era a Jessie.

- Ai, meu Deus! - Falou meu irmão. - Ele a pegou. -Eu preciso ir lá, eu preciso ir lá.

- Não, ele vai te matar. - Falei me pondo à frente dele.

- É, você não pode sair daqui agora. - Disse Bryan tentando segurar o meu irmão.

- O que ele fez com ela? - Se perguntou Nick aos prantos.

Escutamos um choro e gritos de dor, era a Jessie, ela não estava morta. Nicolá se levantou rapidamente ao ouvir a voz da Jess. Queríamos sair do quarto, mas estávamos com muito medo. Os passos se fizeram ausentes, não escutávamos mais nada. Resolvemos abrir a porta bem devagar e olhamos para todos os lados, não o vimos. Então saimos pé por pé, olhamos para o andar de baixo e apenas avistamos a Jessie que sangrava muito, e... Ai, meu Deus! Ela estava sem um braço. A única luz que tínhamos era das lanternas, mas deu pra ver direito ela sem metade de um braço, queria nunca ter visto isso.

- Jessie. - Gritou Nicolá apavorado ao vê-la.

- Olhem o que ele fez comigo. - Falou minha amiga aos prantos e com muita dor.

Nisso, Max saiu do banheiro, onde ele estava escondido e também a viu. Eu fiz menção em descer as escadas quando vi o mascarado, ele estava caminhando em direção da Jessie.

- Atrás de você! - Gritamos.

Ela se virou e então ele ligou a serra e a atravessou pelo corpo dela. Era uma imensidão de sangue sendo jorrado para todos os lados. Nos assustamos com a cena e começamos a chorar muito.

- Jessie! - Gritamos assustados.

Minha amiga caiu morta no chão com a serra atravessada em seu corpo. O mascarado pegou sua arma toda ensanguentada e começou a caminhar na nossa direção. Saimos correndo o mais rápido que pudemos e entramos novamente no quarto onde estávamos antes, mas dessa vez Max estava conosco. Trancamos a porta e ficamos ali sem saber o que fazer.

- Ele a matou. Ele a matou. - Falou Nicolá inconsolável. - Pensei que ela estivesse com você.

- Não, acabamos nos escondendo em lugares diferentes. - Disse Max.

- Calma, meu irmão. Eu também estou arrasada, mas temos que pensar em um jeito de sair daqui.

Nick consentiu com a cabeça e a pôs em meu ombro.

- Ele vai matar a gente. - Disse Max.

- Não, ele não vai matar mais ninguém. - Assegurei.

Comecei a pensar em um jeito de sair daquela situação, mas parecia que estávamos sem saída. Até que eu me aproximei da janela e tive uma ideia. No quintal da casa havia uma grande árvore, seria a nossa saída.

- Acho que sei como podemos tentar sair daqui. - Falei.

Um a um, nós fomos descendo pelos galhos da árvore. Max foi o último a descer, e sem querer, ele acabou fazendo um pouco de barulho ao descer. O mascarado, que estava dentro da casa nos viu e começou a ir em nossa direção. Nós quatro saimos correndo, e o assassinato corria atrás da gente com aquela serra ligada, nos causando mais pavor ainda. Nos dirigimos para o meu carro e entramos às pressas, liguei o veículo, mas eu estava tão nervosa e trêmula, que nem estava conseguindo acertar direito o pé no acelerador.

- Anda logo! - Gritou Nicolá. - Ele tá vindo.

- TÔ TENTANDO, CARALHO.

- Ai, vamos morrer. - Falou Max.

- CALA BOCA, NINGUÉM MAIS VAI MORRER. - Gritou Bryan.

Nisso, eu finalmente consegui fazer o carro pegar, o mascarado estava bem perto do nosso carro, dei ré e atropelei-o, em seguida, saimos dali.

- Será que ele morreu? - Perguntei.

- Droga, acho que não. - Disse Max.

Olhei pelo retrovisor e o vi levantando. Ele se pôs de pé e ficou olhando para a nossa direção. Pelo menos dessa vez conseguimos escapar. Merda, a Jessie já não teve essa sorte, coitada da minha amiga, ela não merecia esse fim. Porra, quando será que eu terei sossego? Será que ele não desistirá até me matar?

O Drama de Luna (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora