Capítulo 27 - A Injustiça

8 2 17
                                    

Fomos para casa no dia seguinte, mas recém havíamos chegado quando mamãe pediu para ligarmos a TV no canal de notícias, e ao ligarmos, tivemos uma notícia não tão legal, principalmente para Max.

Uma repórter estava na casa do meu amigo, o corpo de Jessie havia sido encontrado na residência dele após uma denúncia anônima, mas quem denunciaria algo? Ninguém havia visto, ninguém sabia de nada, e isso que eu não entendia, como ninguém havia escutado os gritos ou como ninguém viu uma movimentação estranha, não tinha lógica. Max morava em uma região um pouco afastada da cidade, tinha poucas casas, era mais mato, embora fosse um lugar aparentemente bonito, além da casa dele, tinha apenas outras duas residência, e todas as três casas eram afastadas uma das outras. Ah, mas voltando pro caso da denúncia anônima, para mim, só uma pessoa poderia ter feito isso, o assassino, não conseguir pensar em ninguém além dele.

Estávamos vendo a matéria, onde a repórter estava falando sobre o caso na frente da casa do Max.

- E foi aqui nessa residência que o crime brutal aconteceu. Uma jovem com toda a vida pela frente viveu momentos de pavor... E olhem, lá vem o assassino.

Assassino? Não, não era o assassino, era o Max. Ele estava sendo levado ALGEMADO por dois policiais que o colocaram dentro de uma VIATURA. Um inocente estava sendo preso.

Com ele já no carro da polícia, a repórter disse para o meu amigo:

- Senhor Maxwell, alguma coisa a declarar? Por que matou a jovem? Alguma vingança? Um relacionamento mal acabado? Por que a brutalidade da morte?

- Eu não a matei. - Ele respondeu.

- E como explica o fato do corpo ter aparecido na sua casa e da mesma estar com sangue para todos os lados?

- Não fui eu. Vocês pegaram o cara errado.

Não estávamos acreditando nisso, não era o Max, ele estava conosco quando tudo aconteceu, não podia ser preso por algo que ele não fez, precisávamos ajudá-lo.

- Nós precisamos sair. - Falei.

- Mas recém chegamos. - Reclamou Elliott.

- Temos que ajudar um amigo que precisa da gente. - Falou meu namorado.

Liguei imediatamente para Rose e perguntei se ela estava trabalhando ou se poderia ficar um pouco com as crianças, imediatamente ela respondeu que seria um prazer cuidar dos três. Rose chegou cerca de uns 30, 35 minutos depois em nossa casa.

- Alguma recomendação, menina Luna? - Ela perguntou.

- Só não deixa os pequenos verem muita TV, eles têm um limite de uma hora por dia, hoje eles ainda possuem 45 minutos de TV, e apenas canais infantis e educativos, e essa uma hora está incluso o celular, ah, e a Maytê precisa ir fazer o tema dela que é para amanhã. Acho que é só isso. Não demoramos. Ah, depois faz um lanchinho para eles, por favor.

- Pode deixar, menina Luna.

Nos despedimos dela e saimos às pressas, enquanto nos dirigíamos para o estacionamento liguei para Nicolá, que me informou que havia visto o noticiário e também já estava a caminho da delegacia.

Bryan dirigiu o mais rápido que pôde, no entanto, sempre respeitando o limite exigido, ainda bem que como era domingo não tinha quase movimentação de carro. Encontramos meu irmão na frente da delegacia, e então entramos na esperança de falar com o delegado, que foi o que aconteceu após vinte minutos de espera.

- Nós somos amigos do Maxwell, acusado de matar cruelmente uma garota. - Falei.

O delegado Willian nos olhou seriamente como se estivesse nos analisando, confesso que o olhar dele me intimou um pouco.

- Digam-me, vieram depor contra o acusado?

- Não senhor. - Meu irmão agora se manifestava. - Jessie era a minha namorada, eu a amava e ainda não acredito que ela foi assassinada de um jeito cruel e brutal, e se fosse o Max eu seria o primeiro a querer que ele pagasse por isso, mas eu tenho certeza que não foi ele.

- E como tem tanta certeza, rapaz?

- Pois ele estava conosco quando a mataram.

- Então vocês viram quem foi? - O delegado perguntou.

- Não. - Respondeu Bryan. - Ele é um psicopata louco que nos persegue e já matou algumas pessoas próximas da gente, amigas, pais das nossas amigas... Mas ele não mostra a cara, usa uma máscara para não descobrimos sua identidade.

- E acho que ele quer me matar. Na verdade, não acho, tenho certeza, ele me disse isso.

O delegado nos escutou com atenção, porém não teve plena certeza de que estávamos falando a verdade e ainda nos obrigou a passar por um teste para ter a certeza de que estávamos sóbrios, obviamente todos resultados deram positivos. Infelizmente ele disse que não podia fazer nada a respeito do assassino por não saber quem era, que eu precisava de no mínimo suspeitos, mas eu não sabia, todo mundo do meu convívio eu imaginava que fosse incapaz de me fazer mal. Porém, após escutar nossos depoimentos ele acabou concedendo liberdade para Max, o que já foi motivo de alegria pra gente.

- Obrigado pessoal, não sei o que faria sem vocês. - Falou Max.

- Está tudo bem, sabemos que você é inocente, nunca te deixaríamos na mão. - Falei.

Ao chegar em casa me deparei com Rose e Mason brincando com as crianças, não entendi o que ele estava fazendo na nossa casa, mas fiquei feliz de ver meus filhos se divertindo. Rose e Mason se surpreenderam ao nos verem e imediatamente pararam de brincar.

- Rose é a melhor babá. - Falou Brittany toda eufórica.

- Desculpa menina Luna e menino Bryan, o Mason veio apenas entregou meu remédio da cólica, e ele brincou um pouquinho porque as crianças insistiram, mas já estava de saída.

- O que é cólica? - Perguntou Elliott.

- É uma dor no estômago. - Respondi. Voltei a olhar para Rose. - Não tem problema, Mason é bem vindo aqui.

- Obrigado. - Ele disse com um largo sorriso.

- Não vão embora, brinquem mais com a gente. - Pediu minha filha.

- Outro dia a gente volta e brincamos mais. - Falou Mason. - Claro, se seus pais deixarem.

- Claro. - Disse Bryan.

- Com certeza. - Respondi.

Mason sorriu novamente e eu lhe dei um sorriso meio tímido. Ele e Rose se despediram da gente e foram embora. Demos um beijo nas crianças, que foram brincar. Nisso, May apareceu mexendo no celular.

- Fez o teu tema? - Perguntei.

- Sim, a Rose e o Mason me ajudaram. Fiz todos de Português, História e até o de Inglês, que é só para quinta - feira.

- Muito bem. - Falei ao dar um beijo na testa dela.

Bryan ficou no sofá vendo TV, enquanto eu preparava o jantar, ele se ofereceu para me ajudar como sempre, e eu recusei como sempre, as vezes eu achava que ele só se oferecia porque sabia que eu recusaria, mas eu não ligava, gostava de cozinhar enquanto eu o via assistindo TV, adorava ficar olhando-o e fingindo que eu não estava lhe cuidando cada vez que ele me olhava. Com Bryan era tudo mais fácil, não sei o que seria da minha vida sem ele. Quem tem um Bryan, tem tudo. 

O Drama de Luna (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora