Capítulo 49 - O Acerto Final (Penúltimo Capítulo)

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Eu não estava conseguindo dormir por conta de toda a preocupação com Bryan, queria ter certeza de que ele estava bem. Sem sono, acabei indo até o quarto da May, abri a porta vagarosamente e a vi deitada em sua cama, já Analu e Fred estavam dormindo em colchões, fiquei vendo-os e nisso May se virou para o lado da porta e me viu ali parada.

- O que houve? - Perguntou.

- Estou sem sono. - Me aproximei da cama dela e deitei ao seu lado. - Lembra quando você era pequena que as vezes no meio da noite corria pra minha cama e pedia pra dormir comigo?

- Tudo bem, você pode dormir comigo. - Deu um enorme sorriso. - Mas cadê o Bryan? Ele nem jantou em casa, você disse que ele chegaria mais tarde. Ele não chegou?

- Hã... Ele teve alguns problemas, mas está tudo bem. E me conta, você e o Fred fizeram as pazes?

- Sempre, né. Nós somos assim mesmo, brigamos mas logo fazemos as pazes. - Fez uma pausa. - Posso te contar um segredo?

- Claro, meu amor.

- É verdade o que eu disse pro Fred, que eu acho o Lipe bonito, mas o que ele não sabe é que ele é bem mais bonito. - Sorriu timidamente.

- Ai, meu Deus! A minha pitoca está tendo seu primeiro amor... - Falei ao abraçá-la, fazendo ela rir.

- Mas não conta pra ninguém, não quero que ele saiba, gosto das nossas brigas bobas.

- Pode deixar, eu não conto, não. Vou ao banheiro, tá?

Ela acenou a cabeça positivamente e eu me levantei da cama e fui em direção da porta, porém ao passar pelo colchão que Fred estava, eu notei que o menino estava acordado, me surpreendi ao ver seus olhos bem abertos, ele colocou o dedo indicador na boca, fazendo o sinal de silêncio, eu pisquei o olho para ele, que sorriu e então sai do quarto.

Nossa, por alguns minutos eu até esqueci que o meu Bryan estava nas mãos de um serial killer, mas era bom eu tentar não pensar nisso para não enlouquecer.

Assim que eu retornei para o quarto da May, me deitei novamente ao seu lado, a abracei e cerca de uma hora depois consegui pegar no sono.

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No dia seguinte combinei de deixar as crianças na casa da minha mãe sem dar muita informação do porquê, ela disse que não se importaria e ainda comentou que Diego, o meu irmãozinho sumido também iria pra lá, fazia tempo que não víamos o garoto e a May as vezes comentava que sentia saudade do menino.

- Luna... - May entrou vagarosamente no meu quarto.

- Sim, meu amor. Algum problema?

Ela ficou em silêncio, engoliu a seco, fechou a porta e se aproximou lentamente de mim.

- Hã... Será que eu posso namorar quando eu tiver 15 anos?

- Ué, por que essa pergunta?

- Ah, é que... Bom, o Fred... Ele me disse que escutou a nossa conversa de ontem à noite, e... Ele perguntou se eu aceitaria namorar com ele quando eu tivesse 15 anos? E eu queria saber se posso?

- Com 15 anos? Deixa eu pensar. - Fiquei uns segundos em silêncio enquanto via a aflição dela ao aguardar a minha resposta. - É, acho que com essa idade pode ser. - Pisquei o olho para ela, que abriu um sorriso.

- Legal, vou falar pra ele.

Me deu um beijo no rosto e saiu correndo, dei um leve sorriso ao notar que a minha menina estava crescendo, mas meu sorriso logo foi embora ao lembrar de Bryan, comecei a rezar para que ele estivesse vivo e para que o mascarado não o machucasse.

Em seguida, deixei as crianças na casa da minha mãe e corri para o endereço que o mascarado havia me mandado, meu coração estava acelerado e eu estava muito nervosa, com medo do que poderia acontecer nesse encontro, será que pela primeira vez eu veria o rosto do assassino dos meus amigos?

Eu cheguei ao local marcado e logo me surpreendi um pouco, pois era uma espécie de galpão abandonado, a porta estava aberta, por isso eu entrei vagarosamente e logo avistei Bryan sentado em uma cadeira com as mãos e os pés amarrados.

- Amor... - Falei ao correr até ele. - Como você está? Ele te machucou?

- Eu estou bem. - Esbanjou uma reação assustada. - Luna, cuidado.

Me virei e o vi ali parado a poucos metros de distância da gente. Ficou um pouco imóvel, mas logo se pôs a caminhar na nossa direção muito lentamente, o que acabou me assustando.

- Ora, ora, você veio. - Ele disse.

Sua voz estava estranha, por isso não consegui identificá-la, estava distorcida, igual de quando ele me ligava.

Fiquei de frente para o mascarado enquanto eu o encarava, eu não sentia essa sensação de ódio há cinco anos, desde que Luan morreu, mas esse serial killer conseguia fazer isso comigo, ele me provocava os piores sentimentos possíveis.

- Claro que eu vim, não deixaria o meu amor sozinho com você. - Falei. - Anda, me diga, o que você quer? Eu já estou aqui, não estou? Então me fala, o que você quer comigo? Por que matou meus amigos? E quem é você?

- É, chegou a hora da verdade. Quer conhecer o meu rosto? Ou melhor, quer ver quem eu sou? Até porque já nos conhecemos.

- Max, não é?

- É, você realmente é muito esperta. - Falou.

Ele tirou sua máscara e pela primeira vez eu vi seu rosto.

- Você? - Perguntamos Bryan e eu ao mesmo tempo.

O Drama de Luna (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora