Capítulo 32 - Meng EnLai Pt.2

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Notas finais

Olá, como você tá?
Segundo capítulo do dia!
Relaxem, ainda vai ter o epílogo, então, assim, não me matem no fim da leitura! Esperem o epílogo, pelo amor de Deus hahahaha
Enfim, aproveitem!

Capítulo 32 - Meng EnLai Pt.2

Com as mãos trêmulas de ansiedade, WenLing adentrou o pátio externo do Palácio Branco. Como na primeira vez que esteve ali, não havia ninguém além da habitual segurança do local, porém o ambiente mais escurecido da noite e a precária iluminação das tochas em seus apoios o deixava apreensivo. Vapor saiu de sua boca quando ele ofegou, engolindo em seco a saliva que se acumulava por nervosismo. WenLing tentou esconder tamanho sentimento ocultando as mãos trêmulas dentro das próprias mangas e manto de frio.

No primeiro momento que esteve ali, ele apenas realizou que havia sido descoberto e sabia que não teriam pena dele quando sua sentença fosse finalmente anunciada. Para sua sorte, isso nunca chegou a acontecer. Passara os quatro meses preso na masmorra, porém nenhuma sentença fora anunciada pois os Huang já haviam interrompido o processo. Agora a situação não tinha mais ele como ponto principal. Agora ele tinha certeza que nada do que fora acusado realmente recaía sobre seus ombros, não havia mais um peso ali e ele sentia-se imensamente grato por isso.

Travando por alguns segundos, ele encarou a escadaria que se estendia até a porta principal do Palácio Branco. Por algum momento, sentiu-se encarado pelos jaguares de olhos amarelos, parecia que eles o fitavam com intensidade brilhando nos olhos de cristal cintilante. De súbito, WenLing percebeu como aquelas orbes falsas lembravam o brilho dirigido a si por Meng Cheung quando colocou os pés ali pela primeira vez após a grande batalha, e por isso não pôde deixar de achar graça.

Aproveitando-se do horário de jantar no Palácio, os soldados que os atenderam preferiram a discrição padrão da seita e apenas se dividiram em acompanhá-los e chamar por seus líderes no pavilhão de refeições. Com as portas do Pavilhão principal já abertas, os visitantes pararam por alguns segundos antes de entrar. Respirando fundo, WenLing se voltou aos amigos.

—A partir daqui, irei sozinho.- Anunciou, sua voz paciente e tranquila. Os Líderes Huang e Hua encararam o Wu como se ele fosse louco.

—Até parece!- Tai-Yang reclamou numa baixa exclamação.- Não vai ficar sozinho com os Líderes Meng.

—Nós começamos isso juntos e agora vamos terminar juntos também.- Hui-Ying deu um passo a frente, o peito estufado numa forma de dizer que não desistiria de entrar com ele. Encarando uns aos outros, todos assentiram em concordância. Adentrariam o pavilhão juntos, e caso algum deles não saísse de lá, saberia que não foi por falta de proteção.

Um sorriso cheio de um sentimento inexplicável tomou lugar nas feições tensas de Wu WenLing, e percebendo que não estava mais sozinho há muito tempo, ele pôde deixar que sua arritmia se acalmasse, para só então adentrar o Pavilhão principal do Palácio Branco. Pouquíssimos minutos após a saída dos soldados, as portas foram abertas novamente, dessa vez atravessadas pelos Líderes da Seita, que os cumprimentaram rapidamente. Confuso, Meng Cheung arrumou sua postura e os olhos marcados pelas sobrancelhas franzidas os encararam.

—A quê devo a honra da visita inesperada dos Líderes e seus Herdeiros?- A voz de Meng Cheung ecoou pelo cômodo, que subitamente pareceu muito maior que o normal. Huang Tai-Yang tomou a frente.

—Desculpe o incômodo a essa hora da noite, Líder da Seita Meng, porém chegou a meu conhecimento que minha Chefe da Guarda foi aprisionada em suas masmorras. Eu gostaria de entender o que houve.- O Huang mais velho fez uma reverência extremamente educada, seu tom de voz soando superficialmente gentil e confuso, porém profundamente sarcástico. Meng Cheung franziu ainda mais as sobrancelhas.

Aos Seus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora