9- Cinderela!?

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Julie Baker

Abro os olhos lentamente, e vejo a cara de bunda do Gabriel em cima de mim. Levo um susto e dou um tapa na cabeça dele, vendo ele cair no chão no chão.

- Ai porra! Tá maluca? - ele pergunta passando a mão no lugar do tapa.

- Olha quem fala. Você que tava em cima de mim.

Esfrego os olhos com a mão por causa da claridade do quarto.

- Tava só checando se você tava viva - ele explica se levantando do chão - a mãe já fez eu vir aqui umas dez vezes só pra ver se você não tava em coma e blá-blá-blá.

- Coma? Do que você... - pisco rápido - esquece. Que horas são?

- Três e meia da tarde - ele diz e eu arregalo os olhos - pois é. Seu amigo te trouxe pra casa , você tava dormindo.

- Ai meu deus - sussurrou - mais que merda.

- Você lembra de alguma coisa pelo menos? - Gabriel pergunta.

- Eu andei de bicicleta e quis agredir uma velha. Uma velha que pensou que eu era uma mendinga - falo baixo.

E não lembro o que eu fiz depois que eu comecei a beber de novo. E o Liam, não consigo me lembrar, mas minha cabeça tá doendo pra cacete e isso comprova o tanto que eu bebi.

P U T A Q U E P A R I U

Desejo do fundo da minha alma que eu não tenha feito merda. Porque fazer merda é minha especialidade.

- Você devia tomar um banho - Gabriel me olha com uma careta - parece que você saiu de um bueiro.

- Até assim eu sou mais bonita do que você, então cala a boca - digo seca e ele ri sarcástico.

- Sua inveja não me abala!

- Um murro te abala? - digo com um tom de de ameaça.

(...)

A água quente escorre pelos meus cabelos curtos e vai descendo por minhas costas. Meus músculos relaxam na água quente e eu passo Shampoo no cabelo.

Depois de um banho beeem demorado, saio do banheiro com meu roupão de ursinho e uma toalha branca enrolada na cabeça.

Ando até a cozinha e me sento em uma das cadeiras perto do balcão.

- Cansada? - ouço a voz da minha mãe atrás de mim.

- Morta!

Ela ri.

- A senhora tem algum remédio pra dor de cabeça aí? - pergunto arqueado as costas pra me espreguiçar - veneno também serve.

- Vou buscar um remédio - ele diz depois de revirar os olhos pro meu comentário anterior.

Alguns minutos se passam e ela volta com um comprimido e um copo de água, e me entrega.

- Comprei uma pílula do dia seguinte pra você - minha mãe diz do nada.

Eu arregalo os olhos e engasgo com a água.

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