79- Eu já sou sua

228 26 85
                                    

Liam Brown

Espero Julie pacientemente na Jacuzzi de hidromassagem do Iate, com os dois braços jogados sobre a borda da mesma.

Quando ela aparece com o cabelo preso em um rabinho de cavalo baixo - deixando dois fios de cabelo soltos pra frente e um roupão lilás no corpo eu sorrio pra ela.

Ela é tão magnífica.

- Puta merda Liam, você me alejou. - ela murmura, e só agora vejo que ela mal consegue andar quando vem até mim devagar com as pernas tremendo.

- Ai, minha nossa. - fico em pé na piscina e ando até a borda da mesma rapidamente. Estendo a mão pra que ela segure e ajudo ela a entrar na água logo após dela tirar o roupão ficando nua.

Ela solta um suspiro irritado quando seu quadril entra em contato com a água - provavelmente por causa de alguma dor.

Me sento em uma parte mais íngreme da Jacuzzi e puxo ela pra sentar em meu colo.

- Eu machuquei você? - pergunto preucupado, tocando em seu braço.

Ela balança a cabeça negativamente enquanto se senta em minhas pernas e passa as mãos na Jacuzzi borbulhando ao nosso redor.

- Relaxa, estrelinha. - ela sorri carinhosamente pra mim.

Ela está mais linda do que nunca com as cores da água mudando e refletindo em sua pele clara.

Eu amo quando ela me chama de estrelinha porque ninguém mais me chama assim, e é como se fosse uma coisa só nossa.

Cruzo os braços em sua cintura e me perco em seu olhar temperamental enquanto o barulho dos borbulhos de água e das ondas do mar preenchem o ambiente. Está muito frio - já que provavelmente é de madrugada - e o que nos mantém aquecidos é a água morna da Jacuzzi.

Sinto Julie descansar a cabeça em meu ombro e começar a passar as unhas por neu pescoço lentamente - me fazendo arrepiar. Sua respiração suave bate contra meu pescoço e a melhor sensação que eu já senti é ter ela em meus braços assim, sem medo, se sentindo segura no meu peito. coração batendo contra coração.

Julie é a garota mais difícil que eu conheço, mas é a mais sincera, a mais verdadeira, e a mais intensa também. Seus sentimentos são transparentes, são fácil de serem desvendados - pelo menos pra mim. Ela não esconde quando está com raiva, nem quando está com medo, nem quando está feliz.

Mas ela tenta esconder quando está apaixonada, mas isso é um mínimo problema que eu estou trabalhando com carinho pra resolver.

Sinto que ela confia mais em mim, que sabe que eu jamais faria nada para machucá-la - porque um dos piores sentimentos que eu já tive foi ver ela chorando.
Eu tenho medo que ela conheça a real dor atordoante que eu senti, eu tenho tanto medo disso que faço de tudo pra mostrá-la que eu me importo e que eu sempre vou estar aqui.

Acho que tudo e essas pequenas coisas são o amor. Sou rendido à essa garota marrenta e mandona.

- No quê tá pensando? - ela pergunta contra meu pescoço.

Estou olhando fixamente pro mar escuro em nossa frente.

- Quando todas as coisas começaram a ser sobre você, eu não sabia se isso ia me salvar ou me matar. - confesso baixo, olhando pra frente.

Sua cabeça se desencosta de meu ombro lentamente e ela me olha frustrada.

- Como assim?

- Eu estava me apaixonando rápido demais e você não estava nem perto de sentir algo por mim. - digo e vejo ela me olhar com uma expressão estranha - Eu sentia que você estava me salvando, mas quando eu percebia que você nem sequer demonstrava sentir o mesmo eu achei que isso ia me matar.

Fazendo História Onde histórias criam vida. Descubra agora