42- Mais que um rostinho bonito

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Julie Baker

Geralmente, as pessoas normais costumam consolar umas as outras em suas necessidades e dificuldades da vida. E sinceramente, que bela merda o mundo é! Todo mundo morre no fim, e se você não se provar suficiente pra alguém e ela nunca te achar perfeito ou te amar, você vai morrer sem ter agradado ela e sem ter realmente sido feliz.

Então, eu não costumo querer agradar ninguém. Essa merda simplesmente não funciona pra mim.

Quando eu namorava Eduardo, ele sempre me cobrava atenção e carinho, e toda vez eu perguntava se ele não tinha recebido amor em casa - porque ele me irritava pra caralho quando queria me fazer pensar que eu tinha a obrigação de ser assim com ele.

Todas as coisas que envolvem pessoas e sentimentos não dão certo comigo.

Chame-me do que quiser; frescura, insensível, mal humorada..

Eu chamo de bloqueio emocional - meu piscicologo também. E eu acho isso patético, porque me faz não querer amar ninguém.

Não ligo nem um pouco pra isso - é o que me digo todos os dias - mais especificamente em alguns certos momentos com....

Ok, vou parar com essa porra! Não sou filósofa, eu hein...

Enfim, voltando de meus devaneios pra noite fria de agora...

Sinto a respiração de Liam contra meu cabelo enquanto ainda estamos abraçados.

Ele está agarrado à minha cintura nua - já que ainda visto só o shorts e o meu biquíni preto.

- Ei. - chamo sua atenção baixinho quando o ouço suspirar de novo - Você está bem, estrelinha?

Ele ri. Sinto seu aperto diminuir da minha cintura quando ele se afaste pra olhar pra mim.

Um fio de seus cabelos ondulados caí sobre seu olho e eu me controlo pra não colocá-lo atrás de sua orelha.

Mentira, eu ia puxar até ele ficar careca.

- Estou bem. - ele sorri pra mim.

- Que bom.

- Por quê "estrelinha" ? - ele pergunta, com um leve sorrisinho de canto.

- Por que seu cu brilha - falo sem raciocínar - ...quer dizer, não, não, seu coração brilha, sabe, não seu cu, eu não quis....tipo, aí merda isso soou estranho.... - eu tento explicar desajeitada e ele me olha chocado.

- Você é definitivamente, muito estranha, senhorita - ele diz rindo.

- Meu cérebro não raciocíniou antes de eu falar. - me defendo.

- Ah, claro, seu cérebro...

Dou um golpe com a mão apontada em direção à sua barriga, e ele se encolhe rapidamente soltando um grmido baixo.

- Você tá debochando de mim, Sr. perfeitinho!? - pergunto indignada.

Com quem que esse menino tá aprendendo isso?

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