Julie Baker
Estou me encarando minha cara de bunda no espelho com uma tesoura na mão.
Sinceramente não sei como vim parar aqui, mas vou cortar meu cabelo e se ficar feio provavelmente eu vou ficar parecendo o Beiçola.
Meu cabelo tá molhado e a cada rajada de vento que passa pela janela do banheiro me fazem arrepiar ( os cabelo do meu cu tão tudo arrepiado.
Pego uma parte do meu cabelo com a mão esquerda e aponto a tesoura da moranguinho pra ele.
E me questiono se vale mesmo a pena ficar parecida com o Beiçola só por causa de um dos meus surtos.
Sim, vale.
Eu já pintei meu cabelo de verde, depois de azul e quando ele tava seco igual a canela do meu pai eu raspei. Sim, eu raspei, e eu amava muito usar peruca.
Porque eu usava uma peruca colorida diferente a cada dia. Teve um dia que eu fui pra escola com aqueles topete colorido de Carnaval.
Minha fase careca foi incrível--
Corto um pedaço dele, e arregalo os olhos vendo a diferença de tamanho entre as outras mechas - mas já começei a merda então não tem como voltar atrás.
Seguro outro pedaço do meu cabelo para cortá-lo e...
- JULIE PORRA, A CAMPAINHA TÁ TOCANDO FAZ MEIA HORAAA - Ouço o berro do Gabriel.
O grito dele parece mais de um grilo morrendo.
Se ele não parar de gritar, ele vai ser o grilo morrendo.
- E PORQUE VOCÊ NÃO VAI ATENDER!? - berro de volta.
Vou enfiar essa tesoura no rabo desse garoto.
- EU TÔ CAGANDO, CARALHO! - ele responde, depois de um tempo.
- Puta que pariu - suspiro com ódio.
Saio do banheiro em passos pesados - disposta a socar meu irmão e o ser abominável que toca a minhs campainha em plena 15:00 da tarde.
Primeiro eu vou abrir a porta, depois eu faço o Gabriel engolir a bosta dele.
Desço as escadas sem pressa, na esperança de que a pessoa do outro lado da porta pense que não tem a ninguém em casa e vá embora.
Mas ao invés disso a campainha começa a tocar cada vez mais.
Chego a porta e abro a mesma na força do ódio.
Liam.
Óbvio. Tinha que ser esse projeto de perfeição de Chernobyl, com esse sorriso idiota.
- Ah, eu devia imaginar que era você - Suspiro.
Vejo ele sorrindo. Mas quando seus olhos focam na tesoura em minha mão, ele dá um passo pra trás com os olhos levemente arregalados.
- Olá. Acho que você tá meio ocupada aí - ele diz com cautela.
- Isso!? - balanço a tesoura em minha mão - Não é nada. O que você quer?
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Fazendo História
Storie d'amore+16 [ NÃO REVISADA ] Julie Baker não acredita que finais felizes existam. Então, descarta todas as possibilidades de se apaixonar por alguém. Mas sua concepção do amor muda a partir do momento em que Liam Brown aparece em sua porta; com seu sorriso...