83- Meu gaydar não falha!

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Yuri Parker
(capítulo extra)

Às 23:47, no baile:

Óbvio, Óbvio! Que aquela piranha da Julie foi dar uma transada por aí e me deixou com aquela praga!

Ridícula, desumilde.

Fico refletindo sobre o quanto eu sou solteiro e sozinho enquanto faço xixi no banheiro nojento aqui da escola.

Sério, parece que o Bolsonaro que tava andando por aqui. Que banheiro seboso!

Ebfim, não que eu ligue em ser solteiro! É óbvio que não ligo! Porque assim eu posso fazer menages e trisais avontade sem ser chamado de botador de chifre.

Mas quem liga né!? Pelo menos eu sou famoso.

O que me dá o direito de dizer que eu amo ser famoso. Sabe quantos edits eu assisto meu, por dia? Pois é, eu também não. Mas são muitos. E tudo bem que minha fama foi literalmente porque eu agredi o irmão da minha melhor amiga em público, num palco. E tudo bem também que os edits sejam todos de mim atacando o Gabriel.

Em minha defesa, era o Gabriel. E sendo o G-a-b-r-i-e-l eu não preciso mais de nenhuma justificativa pra não agredi-lo.
Ele tentou apagar meu brilho na frente de todos e eu tentei apagar ele também.

Almôndega do caralho, cara de cu, cabeça de piroca.

Solto um suspiro quando finalmente termino de mijar e vou até a pia do banheiro pra lavar minhas mãos.

Não sei se quero voltar pro salão agora, aquela gazela da Lisa não sai do meu pé. Só porque eu sou famoso, eu hein.

Interesseira.

Coloco sabão nas mãos e lavo as mesmas na pia em minha frente.

Um barulho forte me faz virar bruscamente pra porta.

- Quebraaa! - exclamo, olhando pro Gabriel.

Me odeio por achar que ele está extremamente gato e gostoso nesse terno sobre medida e com esse cabelo propositadamente bagunçado.

Não que isso queira dizer alguma coisa, esse moleque é um cu!

Todos os Bakers são bonitos!? Aff.

- Preciso de água. - ele murmura com sua voz grossa.

- Vai beber água da privada? Esse aqui é o banheiro. - digo, olhando estranho pra ele.

Ele franze a testa e me olha como se não entendesse uma palavra do que estou falando. Depois sua cabeça vira devagar pra porta e ele anda até a mesma.

Já vai tarde, hetero top!

Ele puxa a porta mas ela não se abre. Ahh pronto, desaprendeu a abrir a porta.
Então vejo ele balançando o trinco da mesma rápido.

Balanço as mãos pra tirar o excesso de água e ando até ele impaciente.
Como pode ser tão burro!?

- Abre a porta!

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