My little baby - Beauany

🧸 Capítulo 34 🍼

Any P.O.V

Fiquei horas no quarto pintando, faz tanto tempo que não pinto que achei que minha mão tinha desaprendido, mas não, ainda sei como fazer uma bela tela. Essas horas que passei pintando trouxeram uma nostalgia, eu amava fazer isso. Toda vez que comprava uma tela nova ficava ansiosa para pintar ela e sentir a sensação de liberdade e excitação, e quando pintava já queria outra para sentir essas sensações outra vez.

Josh tem rasão, não posso desistir de algo que eu amo, se for para exercer em algo, quero exercer na arte. Quero ser reconhecida pelos meus quadros, quero dá orgulho a minha Any do passado.

— Any, o jantar tá pronto amor. — Josh entra no quarto e fica parado na porta.
— caramba... Isso tá incrível!

— Obrigada. Mas é a primeira pintura que faço depois de anos, tenho que melhorar muito ainda. — digo enquanto limpo os pincéis.

— Bom, para mim tá perfeito. Mas também não entendo muito de artes. — fala e eu rio. — vamos descer para jantar? Fiz lasanha...

— Sim, por favor tô morrendo de fome. — falo manhosa.

Vou até ele e estendo os braços abrindo e fechando as mãos.

— Any quer colu, papai. — falo fazendo biquinho.

Josh sorri e me pega no colo, deito a cabeça em seu ombro, saímos do quarto e descemos as escadas indo até a cozinha jantar.

(...)

Depois do jantar decidimos assistir um filme e eu estava com a cabeça no peitoral de Daddy enquanto o mesmo acariciava meus cabelos.

— Tenho que falar uma coisa com você, baby. — diz e eu franzo o senho.

— E sobre o que é? — pergunto ainda olhando para a tv.

— É sobre seus pais, Any. Eu descobri onde eles estão.

Sua fala faz minha respiração ficar desregulada e tudo começa a girar em minha volta, logo começo a ficar enjoada e me levanto rapidamente da cama e corro ao banheiro. Me ajoelho em frente ao vazo e vômito todo o jantar. Sinto as mãos de Daddy prendendo meu cabelo para não suja-lo de vômito. Quando enfim termino dou descarga e levanto fechando a tampa do vazo.

Vou até a pia lavo minha boca e meu rosto, que está vermelho e suado. Me seco e me viro para olhar Josh, que se escorava no batente da porta me observando atentamente.

— Como descobriu? — pergunto com meu olhar preso no piso de mármore.

— Contratei um detetive particular, ele descobriu tudo, o que fizeram depois que te largaram, para onde foram e onde estão. — diz e eu o olho cautelosa.

— E onde estão? — pergunto de uma vez, mas me arrependendo muito por querer saber disso.

— Brasil... — diz e eu assento. — Bem, sua mãe está no Brasil, seu pai infelizmente faleceu enquanto eles moravam no México. — meus olhos se arregalaram e em fração de segundos comecei a me sentir sem ar novamente.

— Meu pai morreu? — digo com essas três palavras cercando minha cabeça.

— Sim. — Josh fala mas eu estou ainda sem acreditar.