Prólogo

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Windrom era um reino que ficava no norte do Continente, era um reino frio onde nevava todo o ano, às vezes caiam apenas pequenos flocos de neve, outras vezes, nevões que duravam horas.

Entre as montanhas cobertas por neve situava-se o castelo real, mas abaixo do castelo, nas profundezas, onde o sol ou a neve não tocava, existia uma prisão. Apenas traidores importantes iam para essa prisão.

As celas eram quentes e húmidas, o ar era abafado ao ponto de muitas vezes ser difícil de respirar, era rara a vez que alguém descia até lá em baixo e trazia comida.

A prisão era habitada por cinco criminosos, mas nem sempre foram os cinco. Em tempos fora só o metamorfo e a pequena criança de cabelos negros que habitavam aquelas profundezas, longe de tudo e todos, nem mesmo os insetos voavam até à escuridão arrepiante.

Enquanto o ambiente nas profundezas era silencioso e sombrio, na superfície, entre as paredes do castelo, era venenoso e ainda mais assustador.

Quanto aos governadores do reino, as pessoas adoravam a rainha, mas desprezavam, em segredo, o rei. Já as crianças…uma criança crescia no meio do veneno, enquanto outra crescia no meio da escuridão.

A todo o momento, os seres do Continente eram observados por figuras maiores. Deuses, que em tempos viveram junto das espécies mortais do Continente, mas uma guerra separou os Deuses dos mortais e deu origem a um novo Deus que viria a nascer muitos anos depois.

A história não começa com um Era Uma Vez, mas começa nas masmorras de um castelo onde uma menina se torna uma mulher.

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