Rohan tinha saído da cabana no meio da manhã para finalmente ter o seu primeiro voo em anos. O nervosismo corria pelas suas veias a uma velocidade tão rápida, que ele tinha a certeza, de que, ninguém seria capaz de ver o nervosismo correr.
Rohan deixou o seu corpo cair pela enorme falésia e antes que pudesse tocar no mar, as asas abriram fazendo o seu corpo forte elevar até tocar nas nuvens.
As asas brancas eram lindas e perfeitas, sensíveis ao toque humano, mas amavam o toque do vento. A visão que ele tinha das aldeias e das casas era única, algo que só os mais sortudos teriam a chance de ver. As crianças corriam na mesma direção que Rohan seguindo o e grintando com alegria. A água dos rios parecia correr na mesma velocidade que ele voava e o vento beijava a sua face como uma amante beija os lábios que lhe são oferecidos.
Por horas o anjo voou, absorvendo cada detalhe abaixo de si e quando se percebeu, já tinha perdido o almoço e o sol já começava a cair.
Ele sentia saudades da sensação do vento a soprar no seu rosto e da adrenalina a correr pelo seu corpo. Ele sentia-se livre.
- Parece que o velho Rohan está de volta. – Comentou Aryn quando Rohan aterrou no meio da floresta.
- O velho Rohan só estará de volta quando voltar a vestir a armadura e empunhar a espada para defender o que acredita.
- E no que acreditas?
- Eu acredito que todos merecem ser livres e não morrer enjaulados. – Rohan parou na frente da Aryn.
- Sabes no que eu acredito? Eu acredito que ter um hipogrifo seria uma excelente ideia. – Aryn sorria como uma criança.
Ela tinha visto a criatura, metade grifo e metade égua, num campo não muito longe dali, mas quando se aproximou a criatura voou para longe. Aryn correu para a cabana e questionou Fauser sobre tal animal.
- Não vamos ter uma criatura dessas. – negou Rohan.
- Porque não? Já te temos a ti. É a mesma coisa, a única diferença, é que, eu posso montar um hipogrifo.
- Também podes montar em mim. E deixa-me que te diga que posso te levar ao paraíso. – Rohan aproximou-se ainda mais da Aryn e pôde sentir o cheiro que o deixou embriagado.
- Rohan...
Aryn não sabia o que falar. Ela nunca tinha estado tão próxima do Rohan desde a noite da fuga, mas um mês e meio depois, os dois só se falavam quando treinavam. O anjo era muito fechado para todos.
A jovem mulher já tinha sofrido algumas mudanças físicas desde a fuga. Como começou a comer, o seu corpo engordou, mas como, também, tinha começado a aprender a lutar e a correr todos os dias, ganhou músculo. Antes as pessoas podiam ver os ossos na cara da Aryn e agora viam as bochechas mais lindas que alguém podia ver, redondinha e cheias. O cabelo dela, antes enorme, agora batia pelo meio das costas e era brilhante como se tivesse estrelas
Rohan também tinha mudado. O cabelo continuava curtinho, mas ele deixou a barba crescer um pouco, o que lhe dava um olhar sedutor e perigoso. O corpo dele também tinha ganho carne e agora era um enorme pecado. Pecado esse que Aryn queria cometer
Oh, ela adoraria ser pecadora!
Rohan também tinha feito uma tatuagem numa das noites. Aryn não sabia dizer o que era, parecia um lobo com asas e cornos de demónio na zona do peitoral, mas também nunca questionou o significado da tatuagem.
- Aryn se pensares demais vais acabar por te arrepender. – Rohan continuava a olhar para Aryn. Fome gritava no seu olhar.
Fome não por comida, mas pela Aryn.
Aryn deu um passo em frente e conseguiu sentir o calor do corpo do Rohan. Pouquíssimos centímetros separavam os dois, só mais um passo e ela poderia tocar nele. Poderia se oferecer a ele e ser adorada por ele.
As asas do anjo envolveram Aryn e a puxaram contra ele.
- Assim está melhor. – Falou Rohan abaixado o seu rosto contra o pescoço da mulher.
A ponta do nariz tocou na pele da Aryn fazendo os pelinhos se levantarem. As enormes mãos calejadas seguraram a cintura dela e já não havia mais nada que os separasse, para além da roupa.
Aryn pousou as suas pequenas mãos na nuca do Rohan e, quando sentiu os lábios do anjo contra sua pele, tentou agarrar nos cabelos azuis curtinhos, mas riu quando percebeu que era quase impossível.
- Estás-te a rir do quê? – o anjo tinha afastado o rosto para observar o sorriso da Aryn.
- Nada, só continua.
E assim, Rohan, pegou na Aryn pelas pernas fazendo-a abraçar o seu pescoço e a cintura com as pernas. Rohan encostou a mulher contra o tronco de uma árvore e finalmente a beijou.
Ele beijou Aryn com volúpia, fome e desespero. Ele desejava sentir os lábios dela há anos, ele desejava-a desde o primeiro momento em que a viu, desde que ela era uma pequena adolescente inocente.
As mãos do Rohan entraram pela camisa larga da Aryn e finalmente tocaram na pele inocente, ela nunca fora tocada por ninguém daquela forma, ela nunca tinha sido tocada de qualquer forma, a não ser pela forma nojenta. O corpo de Aryn tremia, não por medo ou frio, mas pela adrenalina e a excitação.
Os lábios de ambos ainda se tocavam quando a mão direita do anjo encontrou o seio da Aryn, era do tamanho perfeito, nem muito grande nem muito pequeno, perfeito para a mão do anjo apertar.
Aryn soltou um gemido quando Rohan apertou o seu seio e ao mesmo tempo empurrou o seu volume duro contra ela.
- O que acontece se eu tocar nas tuas asas?
- Porquê que não experimentas e descobrimos os dois!?
Aryn passou os dedos delicadamente por uma das penas com medo de magoar e o corpo do Rohan tremeu, não uma pequena tremida, mas como um terramoto.
- Faz outra vez. – Pediu Rohan contra o pescoço da Aryn, a voz dele estava rouca.
A mão da Aryn tocou outra vez na pena que tinha tocado antes, mas agora demorou mais no toque. A textura da pena era suave e macia.
Do nada, sombras apareceram e envolveram o tronco do Rohan e a roupa dele desapareceu.
- Devo perguntar como é que descobriste esse truque? – Rohan perguntou surpreendido.
- Há muitos truques que eu sei fazer que não têm explicação.
Rohan estava completamente nu à frente da Aryn, como na noite no lago, mas desta vez ela tocou no corpo dele, ela desceu as suas mãos pelo peito do anjo, desceu pela barriga bem trabalhada até ao monumento que não saía da cabeça dela, desde a primeira vez que o viu.
- Eu quero tocar, agora. – Sussurrou ela lembrando-se dele perguntar se ela queria tocar.
E ela tocou, com receio, mas tocou. A cabeça do Rohan caiu para trás a medida que a mão da Aryn se mexia e quando ele voltou a olhar para ela, ela estava nua. Tinha usado as sombras com ela, também.- Que os Deuses me ajudem. – Murmurou ele antes de voltar a beijar Aryn.
Rohan precisava de a sentir, precisava sentir o seu calor e não demorou muito para se enterrar dentro dela, ouvindo o grito de dor que ela tinha soltado.
- Foda-se...
Ele tinha se esquecido por completo que ela era inocente e foi bruto.
Uma lágrima escorria pela bochecha da Aryn e Rohan parou imediatamente.
- Continua. – Pediu Aryn. – Se parares agora eu juro que vou montar outro anjo.
Rohan rosnou com raiva e esqueceu completamente a inocência. Ele ia a foder de forma que ela nunca se esquecesse dele. Ele iria marcá-la.
A respiração da Aryn ficava mais rápida a cada estocada, os gemidos ficavam mais altos, ela queria mais, mais dele, ela precisava de mais. As sombras apareceram e envolveram os dois, ela não estava a controlar as sombras, ela não queria saber, ela só queria mais.
Rohan aumentava a velocidade adorando os gemidos da mulher nos seus braços. Eram como uma melodia para os ouvidos dele.***
- Ainda vou ter um hipogrifo.
- Não me testes Aryn. – Rosnou o anjo enquanto vestia a roupa.
Aryn ria com a pouca paciência do anjo, ele ficava fofo quando estava enervado.
Quando regressaram a cabana já era de noite e os companheiros já estavam a dormir
Rohan observou Aryn comer um pedaço de pão e não conseguia parar de pensar no que ela poderia vir a fazer quando fosse realmente livre. Ele tinha medo do que poderia acontecer com ela e do que ela podia se tornar. Rohan apenas esperava que ao criar um laço com a Aryn, talvez ela escolhesse viver como agora e não correr atrás da irmã para morrer.
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Para Além das Sombras
FantasySinopse: Aryn estava habituada à escuridão da sua cela e à companhia de quatro homens que não tinham onde cair mortos. Uma noite enquanto a realeza festejava, eles fugiram. Na sua luta pela liberdade, Aryn morreu nos braços do homem que ela pensava...