Capítulo 29

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- Briliones é terreno desconhecido para ambos os exércitos... - Rohan falou por horas, até que um plano para ganhar surgiu.
O exército navegava pelo mar para chegar no reino queimado a tempo.
Aryn estava encostada à proa do barco a aproveitar o vento que batia no seu rosto.
- Porque é que alguém haveria de começar uma guerra? – questionou Mirian aproximando-se da Deusa.
- Maior parte das guerras começam sem motivo, mas essa não é a Ollein, ela tem um motivo.
- E qual é o motivo?
- O homem é a razão disto estar a acontecer, ela quer um mundo governado por mulheres, um mundo onde homens rastejam e lambem o chão que as mulheres pisam.
- Não parece ser assim tão mau. – Mirian encostou-se contra a proa.
- Nós queremos um mundo onde mulheres e homens governem lado a lado, onde haja igualdade para ambos os sexos. – Aryn falou com a voz serena. – De certeza que não queres um mundo onde o Jon tenha que lutar contra a irmã...
- Irmã? – Mirian olhou confusa para Aryn.
Aryn ficou milímetros de distância da Lady Mirian e pousou as mãos na barriga lisa.
- O cheiro de Delias é fraco por agora, mas em pouco tempo Rohan vai sentir.
- Eu estou...? – Mirian pousou as mãos em cima das de Aryn.
- Parabéns, vai ser uma menina, uma forte menina, tal como a mãe. – A mulher de cabelos negros sorriu para a mulher de cabelos loiros.
- Rohan sempre quis uma menina, isto são ótimas notícias. – A felicidade gritava no olhar da Lady.
- Obrigada por teres cuidado do Rohan e por teres dado a felicidade que ele merecia.
- Obrigada eu por teres lhe dado esperança à vida dele. – Mirian segurou as mãos da Deusa. – Obrigada por estares aqui connosco. 
Não muito longe delas, Rafy ouvia a conversa, em vez de estar atento ao que Hoddy lhe dizia.
- Ei Ruivinho! Lá porque és "importante" nesta guerra, não significa que não precisas de ajudar.
- Desculpe, não foi minha intenção faltar-lhe ao respeito. O quê é que eu tenho que fazer?
- Leva essa caixa grande com legumes para a cozinha antes que apodreçam, de preferência. – ordenou Hoddy chateado como sempre.
Rafy pegou na caixa e seguiu o anão pelo navio até chegarem à cozinha.
- Agora começa a cortar os tomates. – Mandou o anão ao dragão.
O homem alto e de costas largas teve dificuldade em se movimentar na cozinha pequena, mas no final acabou por encontrar uma faca para começar a trabalhar.
- Rafy Bornbreeze a cortar tomates! Hoddy tu tens poderes mágicos e eu não sabia?
- O meu poder é cozinhar. – respondeu o anão à mulher encostada contra a porta. – Já que estás aí, também podias começar a cortar legumes.
- Sim, capitão!
Aryn, também pegou numa faca e começou a cortar legumes ao lado do dragão.  Em certo momento, Hoddy teve que sair da cozinha.
A Deusa olhou para o Rafy e deu uma risada nasal.
- Qual é a piada? – questionou Rafy.
- Não é suposto cortar tomates em cubos. – Aryn pousou a faca dela e aproximou-se do homem. – Observa e aprende.
Rafy não prestou atenção nenhuma no que a Aryn tentava ensinar, a sua total atenção estava no rosto belo da mulher baixa, para os seus olhos azuis como o oceano, começavam a parecer mais escuros e brilhantes e para o cabelo enorme que precisava de um corte.
- Estás-me a ouvir, Rafy? – Aryn corta a linha de pensamento do dragão.
- Não. – O dragão riu com a cara séria da mulher.

***

- Brisana, estás a fazer tudo errado. – Falou Azessian para a jovem adulta de vinte anos.
- Eu estou a fazer certo. – Resmungou Brisana que tentava usar aquela pequena porção de poder que a sua tia tinha lhe dado.
- Tu és tão teimosa como a tua tia. – Azessian levou a mão aos cabelos pretos. – Tens que te concentrar naquilo que queres atingir, neste caso o saco de batatas.
- Quem te disse que não te quero atingir a ti? – Brincou a rainha depois de ter atingido o demónio pelo menos cinco vezes.
- Dentro de dias vamos estar num campo de batalha, onde muita gente vai morrer, se queres provar que mereces a coroa que carregas, sugiro parares de brincar e começares a fazer as coisas certas.
Azessian deixou Brisana plantada no meio do barco.
- Ele está preocupado com o facto de Haus não lhe responder, não é culpa tua. – Esclareceu Rohan.
- Como assim o Haus não responde? – Brisana olhou para o anjo que tinha uma armadura vestida, não a armadura de batalha.
- Aryn quer a ajuda do pai para lidar com a Ollein, mas Haus não responde ao pedido de ajuda da filha. – explicou Brisana.
- Que pai mais idiota. – Murmurou a versão jovem da Sanrya.
- Nem todos podem ter um pai como o teu. – Rohan despenteou o cabelo da Brisana.
- Não faças isso, sou uma rainha. – Brisana tenta acertar o cabelo.

***

Aryn entrou na água quente que as empregadas tinham trazido para a banheira, o seu corpo agradeceu pelo calor.
- Nada melhor que minutos de sossego. – Falou ela encostando a cabeça para trás.
- Precisamos falar... oh parece que cheguei na hora certa.
- Porque é que eu falei... o que queres, Rafy?
- Neste momento quero-te a ti.
Rafy ajoelhou-se ao lado da banheira e observou a pele arrepiada da Aryn. O dragão dobrou a manga da camisa branca que usava até ao cotovelo e tocou no pescoço da Deusa que o olhava atentamente.
- O que deseja, vossa alteza?
Aryn não respondeu, ela segurou na mão do ruivo e a desceu, lentamente, pelo corpo, entrando na água quente até entre as pernas da Deusa.
- Eu desejo que me faças gritar!
Rafy desceu um pouco mais a mão até á coxa de Aryn, onde pinicou fortemente.
Aryn gritou de dor empurrando o corpo de Rafy para longe.
- Estás louco?
- Então? Não querias que eu te fizesse gritar? Parece que resultou. – Rafy disse divertidamente enquanto se voltava a aproximar da banheira.
- Idiota!
Rafy riu e suspirou quando voltou a sentir o sentir o calor da Aryn. Segurou no queixo da Deusa, com a mão que anteriormente estava na água, mais precisamente, no meio das suas pernas.
A Deusa estremeceu quando sentiu a mão molhada segurando o seu queixo e esqueceu-se da brincadeira que o dragão fez, quando ele a puxou para um beijo.
Rafy beijou Aryn pela primeira vez desde que a conheceu, os lábios dela eram mais suaves e doces do que ele imaginou. Tudo naquele momento era diferente do que o que Rafy Bornbreeze imaginou durante anos.
- Podes, por favor, me fazer gritar, mas de prazer. – Aryn disse interrompendo o beijo, mas nunca se afastando dos lábios do dragão.
- Estamos num barco, não seria boa ideia gritares. – Os seus lábios tocavam nos de Aryn enquanto falava e a sua voz  estava mais grossa e rouca que o normal
- Deixa-os ouvir...
Aryn movimentou a mão do homem que tivera, anteriormente, descido para o seu pescoço, e deixou Rafy no comando da situação. Rafy voltou a levar, lentamente, a mão até ao meio das pernas da Deusa, e quando ela menos esperava, ele introduziu um dedo dentro dela e começou, lentamente, a movimentá-lo.
- Se fores lento não vou gritar, ruivinho. – A respiração da mulher estava um pouco acelerada e o corpo quente.
- Eu não te vou fazer gritar com a minha mão, minha querida.
O homem tirou a mão no meio das pernas da Aryn e pegou-a no colo molhando a roupa que vestia.
Aryn sentiu o conforto do colchão tocar nas suas costas e deixou-se embriagar pelo beijo do dragão. Ambos se separaram por segundos para Rafy tirar as suas roupas, rapidamente, e quando voltaram a se beijar, o dragão invadiu a mulher de cabelos negros fazendo-a gritar.
- Ainda queres que te faça gritar? – Rafy pousou a testa contra a testa da Aryn e olhou-a nos olhos.
Aryn não falava, a sua boca estava entreaberta conforme Rafy se movimentava dentro dela, entre os seus lábios vermelhos saiam gemidos que para Rafy eram uma melodia.
O ruivo agarrou nas mãos da Deusa e as segurou com uma só mão acima da cabeça enquanto a outra mão ia para o meio das pernas da Aryn e a estimulava ainda mais.
Se a Aryn em tempos, achou que Rohan era bom naquilo que fazia, então com o Rafy, não tinha palavra para descrever. Ele fazia Aryn sentir o seu poder entrar em erupção e prestes a explodir, ela sentia coisas que nunca sentiu, coisas para além de prazer e amor, coisas que não podiam ser descritas.
Em certo momento, quando Aryn estava perto do seu ápice, os seus olhos ficaram verdes e as sombras se descontrolaram rodeando o casal.
O corpo do Rafy curvava-se sobre o da Aryn, ambos gemiam sem se importar com as outras pessoas no barco, apenas se importavam com o prazer que os dois sentiam. Os corpos deles encaixavam perfeitamente, as mãos percorriam o corpo como se precisasse de mais contato físico, as bocas completavam-se e os dois sabiam, exatamente, o que fazer para levar um ao outro à loucura. 












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