Passeio

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O que você está fazendo, Potter? - Draco perguntou, sentindo o vento da correria em seu rosto.

Harry o havia pego pela mão e arrastado até o jardim de Hogwarts.

Chegaram na beira do lago.

- Vai dizer? - perguntou, estranhando isso.

- Vamos passear no lago! - Harry finalmente informou.

- Oi!? - Draco não esperava por essa.

- Lembra quando te levei para a casa dos meus tios? - Harry riu e fez careta.

- Difícil esquecer - Draco agiu igual, se encostando em Harry. - Lembro de você ser um encosto gostoso até a roda gigante - Draco riu.

- Muito engraçado - Esfregou sua cabeça na de Draco. - Então, eu queria andar de barco com você de novo! Não é um rio enorme, mas estar com você já é ótimo.

- Claro, minha fofula.

- Não fala assim!

- Vergonha de novo? - Draco riu, dando um beijo em sua bochecha. - Fofulinha Potty.

- Malfoy!

- Potter! - riu.

- Vem logo!

Harry tranfigurou uma pedra em um barco médio.

- Nossa, quem é meu trasfigurinista? - Draco indagou enquanto Harry o judava a entrar no barco.

- Eu - entrou logo atrás e já foi se sentando juntinho a Draco, o abraçando.

- Você é meu nenê fofo - Draco diz e sorri.

Harry sorri e o beija.

- Pelo menos o gêmeos não estão aqui- Draco faz careta, não aguentava mais aqueles dois. - No dia que eu os amaldiçoar com uma maldição imperdoável, você nem pode reclamar.

Draco se encostou em Harry, muito confortável e feliz.

- Pior que é - concordou enquanto mexia no cabelo de Draco. - Espero que eles parem com isso logo.

- Eu também, não quero ir para Azkaban - Fechou os olhos. - Você vai me visitar? - Riu.

- Claro que sim! - Harry riu também, aproximando o nariz da cabeça de Draco, que estava em seu peito. - Na verdade, vou te ajudar a fugir.

- Huum. Harry bandidoh, adoro.

Riram

- Depois a gente vai para uma praia deserta e ficaremos lá não sei quanto tempo.

- Já escreveu a fanfic, amor?

Riram novamente e se mantiveram em um silêncio confortável, sentindo as poucas ondas mexerem o barco e a brisa leve nos rostos. Harry fazia cafuné em Draco, e este acariciava o joelho de Harry, subindo para a coxa.

Até que começaram a sentir as ondas ficarem violentas. Violentas demais. Se seguraram um no outro.

- O que...? - Draco iria perguntar.

- Sai daí, Harry!

Ouviram um dos gêmeos gritar da beira do lado.

- Não acredito... - Draco iria se enfurecer, mas o feitiço que os gêmeos fizeram de agitação virou o barco.

Os dois caíram no lago, mas logo estavam de cabeça fora d'água. Os gêmeos correram para dentro do castelo.

- Eu vou... - Draco estava vermelho de ódio.

- Vem - Harry chamou.

Nadaram até a borda e se sentaram na grama.

- Desculpa - Harry pediu.

- Não peça nada por eles! - Draco estava irado. - Eles não têm respeito algum, são idiotas sem noção, que fazem o que bem entendem e todo mundo acha lindo, isso porque não são eles quem sofrem com a criancice desses imbecis - falou rapidamente.

- Draco...

- Nem vem, Potter! Eu sei que você vai defender. E não vai adiantar.

- Eu não vou defender, Malfoy! Concordo com você, depois vou conversar com eles.

- Hum. Como se adiantasse - Draco já estava de mau humor.

Harry entendia, também queria dar uma boa lição naqueles dois.

- Vamos nos secar?

- Estou sem varinha, você também. Além disso não podemos entrar encharcados assim - Draco disse, sério.

- Vamos ter que esperar alguém aparecer então.

- Hum.

- Malfoy!

- O que?!

- Não fica assim comigo!

- Não estou assim com você!

- Está sim!

- Estou assim com eles!

- Mas está descontando em mim!

Draco parou.

- Me desculpa - Olhou para baixo.

- Não precisa se desculpar - Harry o abraçou de lado. - Te amo, Malfoy.

Draco o olhou por segundos, de boca aberta.

- Ah, Harry - Respirou fundo. - Ai, Harry - O jogou na grama delicadamente e começou a beijá-lo.

Suas roupas molhadas se juntaram uma a outra quando Draco se deitou em cima de Harry.

Lá no fundo, atrás das paredes da grande Hogwarts, havia duas pequenas cabeças igualmente ruivas, elas olhavam furtivamente para o casal. Os quatro olhos arregalados, as duas bocas abertas, o mesmo pensamento nos dois cérebros: nunca nada dava certo.

Contos DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora