Contos Drarry

Cedrico 3

Draco e Harry se separaram com muita vergonha, então Harry foi arrancado de seu encanto, retirando a mão do corpo de Draco e se sentado corretamente, como se sua mãe estivesse chegando de surpresa e descobrindo um mal feito de Harry.

- Como você está, Harry? - Hermione perguntou.

- O que ele está fazendo aqui? - Rony não conseguia fechar a boca e piscar novamente. - Sentado aí...?

Draco continuava da mesma forma íntima na cama de Harry, mas seu sorriso bobo foi trocado por um irônico e sua sobrancelha se levantava em desgosto pela enorme turma que entrava ali dentro.

Eram muitos. Hermione; Rony; Fred e Jorge; Neville; Luna( (Draco apostou que viu o tal do Cedrico-banana)... E mais um monte de quase-desconhecidos.

- Não posso, Wesley? - Draco indagou.

Rony o encarou como se fosse o matar.

Harry segurou o pulso de Rony e o impediu de explodir.

- Como você está? Teve alucinações? As rosas coloridas são muito conhecidas por esse efeito de seus espinhos - Hermione informou. - Mas você foi cuidado, ainda bem, já que pode causar morte.

- Desse eu não sabia - Harry arregalou os olhos e olhou para todos. - Porque o Neville está com o cabelo da Luna?

Todos se entreolharam, Draco riu.

- Acho que é alucinação.

- Acho que a Hermione com uma calda de dragão também é - Harry riu junto.

Hermione virou o pescoço e se sentiu ofendida.

- Não podia ser melhor? - Indagou.

- E eu estou como? - Rony perguntou, animado.

- Normal.

Rony ficou desapostado.

- Por que não posso ter asas? - Indagou, triste.

- E eu? - Fred perguntou. - Fiquei mais lindo - Sorriu, convencido.

- Mais que eu impossível - Fred afirmou dando uma piscada.

- Vocês estão normais.

- Gente, gente! Madame Pomfrey está chegando! - Alguém do lado da porta exclamou.

Todos caçaram um jeito de sair correndo, Draco se despediu com um selinho e saiu por último, sorrindo, dando pulos. Segundos depois, ela entra reclamando da invasão e manda Harry descansar.

Quando acorda, tenta parar de sorrir por Draco e fica preocupado pelo o que fez com Cedrico. Teria que desapontá-lo agora, e iria doer nos dois, mas não podia deixar o garoto por mais tempo acreditando em algo que não é real.

Agora que as coisas pareciam normais, decidiu sair sem Madame Pomfrey perceber, nas pontas dos pés. Seguiu até os corredores da Lufa-Lufa, mas no caminho foi informado que estavam em aula de Porções. Então voltou para lá, encontrando todo mundo saindo da sala, sorriu pois podeia conversar agora no fim de aula.

Draco saiu da sala e arrancou um sorrisão de Harry, foi até ele e chegou pertinho.

- Veio me ver? - Perguntou, todo feliz.

Harry ficou sem graça, pois nem sabia que Sonserina estava na mesma aula que Lufa-Lufa.

- Na verdade, não - Harry olhou para o lado. - Eu vim falar com o Cedrico, quero dizer para ele que confundi vocês.

- E que na verdade você gosta de mim - Draco chegou mais perto, fingindo arrumar a gravata de Harry e sorrindo de lado, vitorioso, enquanto completava a frase do jeitinho que gostava. - De falar quer a mim - Passou a mão em seu pescoço -, que pensou que estava beijando a mim - encostou seu nariz no de Harry e o beijou.

Harry correspondeu até se lembrar de onde estava, então se afastou delicadamente.

- Psiu! Malfoy! - Se afastou.

Draco revirou os olhos.

- O banana está aí dentro mexendo no caderno, vai lá - Piscou para Harry, que respirou fundo e seguiu em frente.

Bateu na porta que já estava aberta e assustou Cedrico.

- Oi - Disse baixinho, planejou o que falar, mas agora já havia esquecido.

- Oi - Cedrico voltou seu olhar para o caderno novamente.

- Vim esclarecer algumas coisas - Harry entrou.

- Eu acho que entendi - Cedrico não olhou para Harry ali na sua frente.

- O que aconteceu no seu tornozelo? - Indagou quando percebeu o tornozelo de Cedrico enfaixado.

- Torci o pé.

- Ah, não te vi na ala hospitalar.

- Você estava dormindo - Cedrico fingia escrever para não ter que olhar para ele.

- Eu queria te agradecer pela rosa - Harry se sentou na cadeira da frente.

- De nada.

- Então, quando aprendemos sobre ela, lembra que a profa Sprout...?

- Sim, eu lembro. Tive a noite para pensar o porquê de você dizer que gostava de mim e depois beijar Draco. É porque você gosta dele, e eu sempre soube, na verdade. Sei que estava alucinando e por isso se declarou para mim e aceitou tão bem minha declaração, quem você via era Draco.

Harry se assustou por ele saber que tinha beijado Draco, talvez tivesse visto no meio daquele grupo que invadiu a ala hospitalar. Mais um motivo para se sentir culpado.

- Me desculpe, eu não queria ter feito aquilo. Não queria te magoar.

Cedrico o olhou. Era impossível não ser magoado com aquilo, mesmo que quisesse se convencer que foi um engano. Um engano terrível.

- Tudo bem - disse, engolindo a raiva e a tristeza. Tão perdido quanto ontem, quando teve que achar uma saída para sabe se lá onde foi levado pelas escadas enquando dava pulos e evitava garrar o pé no chão.

Harry não sabia bem o que fazer, mas percebeu Malfoy encostado na beirada da porta, sorrindo. Mas o olhou sério, sorrir era péssimo naquela situação. Draco parou de rir na hora e saiu para fora.

- Olha, eu... - Harry queria dar um discurso e melhorar a situação, mas realmente não tinha o que falar a não ser se lamentar. - Eu não quis te confundir, eu peço desculpas. É isso. Eu gosto de você, mas não da mesma forma. Eu te acho muito inteligente, simpático e bonito também,  e sei que vai esquecer disso rápido. Estamos bem? - Estendeu o braço para que Cedrico apertasse sua mão.

E, devagar, Cedrico aceitou o gesto e logo voltou a escrever qualquer coisa.

Harry o olhou e não teve nada para o consolar, saiu e deixou Cedrico desenhando um coração partido.

Draco o abraçou pela cintura.

- Você foi fofo.

- Para com isso, foi terrível.

- Ele supera.

- Espero.

- Ele vai, mas é difícil esquecer você - Draco afirmou. - Tem noção de quantas vezes tentei te esquecer? Foram muitas até eu saber que você me quer.

Harry sorriu com pesar e recebeu um beijo na bochecha.