Natal nos Dursley! (parte 2)

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A madrugada corria normalmente quando Harry abriu os olhos, olhou para um e outro canto, se sentou rapidamente e sussurrou:

- Malfoy? - começou a tatear a cama e a mesinha, achou seu óculos. Quando o colocou, procurou Draco novamente, não o encontrou.

Jogou a coberta para o canto e saiu do quarto como um vulto. Desceu a escada e virou-se para o corredor.

A portinha do armário estava entreaberta, Harry abriu mais e encontrou Malfoy dormindo, ficou parado olhando para ele pela fresta, até que resolveu fechá-la novamente, mas, nesse momento, Draco o chama com a voz sonolenta:

- Potter? - diz com a cabeça levantada.

Harry reabriu a porta, entrou e se ajoelhou na beirada da cama.

- Pensei que tinha ido embora - sussurrou.

- Claro que não. Sua tia ontem deu uma batida na porta e gritou "armário!", então eu vim - se explicou deitando a cabeça novamente. - Vem para cá - chamou se arrastando para a parede.

Harry não esperou ser chamado pela segunda vez, fechou a porta e se enfiou debaixo do que seja lá aquilo que embrulhava Malfoy e se apertou na minúscula cama. Draco passou o braço por sua cintura e voltou a dormir pela sua quietude. Harry fechou os olhos, ajeitou mais as costas contra o peito de Malfoy e dormiu novamente.

Até quando os barulhos pela casa não foram tão altos, eles dormiram. Acordaram com uma birra de Duda: não tinha panquecas o suficiente.

- Manda ele calar a boca - Draco reclamou entre os dentes, enfiando o rosto nos cabelos de Harry.

- Não dá - respondeu Harry de olhos fechados, seu óculos caindo do rosto o assustou. - Dormi de óculos - disse depois de pegá-lo antes de cair.

- Se não for eu para cuidar de você, Potter - falou com a voz anasalada pelo cabelo do outro.

- Como eu vou sair daqui com eles andando pela casa? Não quero que saibam que dormi aqui.

- Dormiu aqui ou comigo? - perguntou soltando um risinho.

- Com você, é claro - Revirou os olhos recolocando os óculos.

- Eu saio e te chamo quando o meliante puder sair do covil, o que acha? - sua voz ainda anasalada saiu risonha.

- Que eu não sou meliante e que quando você ri, sinto cócegas.

Draco riu e apertou Harry.

- Vamos levantar, Malfoy - mandou rindo.

- Mas já? - indagou.

- Sim, vamos - começou a se levantar.

- Nã ... - Draco ia se sentando, reclamando, quando fez uma careta de dor. - Minha coluna, que droga de cama, que merda de lugar - se jogou para trás, fez mais uma careta de dor.

- Eu disse que o lugar era pequeno, disse sobre a cama também - Harry riu olhando por cima do ombro.

- Droga. E você ainda ri. Onde fui arrumar um namorado desse? - Fez bico.

- Em Hogwarts, mais precisamente na torre da Grifinória.

- Não sabia que você acorda tão engraçadinho, Potter.

- Mas eu te disse mesmo. Agora se levanta e dá um jeito de me tirar daqui - mandou sentado na ponta da cama.

Draco grunhiu algo.

- Vamos! - Harry exclamou.

- Eu estou aqui dolorido e é assim que você me trata? - disse ainda com a mão na testa.

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