Capítulo 8

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A reunião na Corte Noturna havia durado uma tarde inteira...

Pelo menos houve progressos...ou quase...

Lucien, junto com Jurian e Eris contaram aos Grão-Senhores, menos Tamlin e Beron que não estavam, sobre como Beron havia tentando se aliar as terras mais distantes, como Sangravah, Montessere e Vallahan, com apoio do tal Senhor da Morte (um Deus antigo que amaldiçoou Vassa).

Depois de muito discutirem, ficou claro que Beron já não estava em suas faculdades mentais para poder governar alguma coisa, e eles teriam que arrumarem um jeito de matá-lo sem causar uma revolta. Teria que ser de uma forma como se fosse ele o causador. E deixariam o Senhor Morte pra depois...

Lucien deixou eles falarem, e olhou para o irmão que devolveu o olhar um pouco alarmante... Se fosse fácil matar Beron, ambos sabiam, Eris já teria feito.

- Vamos começar a espalhar mentiras igual ele está fazendo, e vamos ter que usar... algumas técnicas de persuasão para que acreditem. – Dissera Rhys.

Lucien sabia quais as técnicas de persuasão que Rhysand estava se referindo, na verdade todos daquela mesa sabiam...Não que fossem admitir tal coisa.

- Que tipo de mentiras? – Perguntara Helion, sem conseguir esconder a satisfação em seu semblante.

- Uma delas poderia ser Loucura – falara Tarquin – Sabemos muito bem que os feéricos têm pavor de Loucura, desde... – Tarquin hesitara... – Amarantha.

Feyre dissera:

-Sim, concordo, e a destruição tem que ser aos poucos, de dentro pra fora.

Lucien mordera o lábio inferior, e se concentrara no objeto da mesa.

Até hoje ele não havia superado o que Feyre fez...Não que ele tirasse a razão dela. Mas isso não queria dizer que não doesse.

Quando ele levantara a cabeça, percebera que Feyre o fitara, e Lucien sem saber o porquê, desviou o olhar rapidamente.

Eris falara:

- Farei o que for preciso. Tenho meus aliados, e vocês sabem que é de grande interesse pra mim ver meu pai morto.

Rhys sorriu:

- É interesse de todos nós.

Passou-se algumas horas, até finalmente eles encontrarem um ponto de partida. Claro que Lucien deveria avisar ao...Tamlin. Na verdade, ele deveria caçar o indivíduo, já que Tamlin dera um chá de sumiço...Se isso era bom ou ruim, só os Deuses poderiam dizer.

Quando terminou, Lucien aproveitou para falar com...Helion.

Eles só haviam trocado meias palavras durante vários anos, e nunca tão diretamente...Mas Lucien precisava muito saber qualquer informação sobre o mistério que se tornou sua vida. E talvez o Feiticeiro pudesse saber de alguma coisa...

Eris e Jurian ficaram o observando enquanto ele se aproximava de Helion.

- Grão- Senhor – Lucien fez uma mensura rápida, e Helion deu aquele seu sorriso diabólico.

- Não precisa de tantas formalidades – disse, inocente.

- Mas preciso da sua ajuda.

- Que macho mais direto. Diga-me criança...Que ajuda?

Lucien resolveu ignorar a parte "criança" e se concentrar no que interessava.

- Não aqui... É...delicado.

Helion o fitou com curiosidade, mas disse:

- Meu preço é alto.

- Eu sei. – disse Lucien, tentando soar neutro – E vou pagar.

Corte em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora