Capítulo 6 - A Lista

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Já com aquele diário em mãos e na cama com o Bryan deitado com a cabeça sobre o meu peito direito, nós dois começamos a continuação daquela história esquisita, mas que de fato parecia bem real e até um pouco assustadora de início.


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No Livro...

O seu nome era Braz, na verdade era o que eu via em seu uniforme; o seu nome e seu tipo sanguíneo. Sargento Braz - O+. Eu sabia muito bem que nas academias de cadetes e durante os serviços das funções os soldados eram sempre identificados e chamados pelos seus sobrenomes.

Logo naquele primeiro dia ele tinha expulsado dez homens que foram vencidos pelo cansaço naquelas flexões puxadas de militar que ele fez todos pagar sem piedade, menos eu, é claro. Quase todos os homens eram bem mais fortes que eu, isso algo visível, só ele que não via aquilo por alguma razão para mim desconhecida. Eu já tinha certeza que ele não tinha gostado de mim nenhum pouco, agora o motivo eu não fazia ideia. Aqueles dez homens saíram dali me olhando de uma forma tão ruim que eu até supus que seriam capazes de tentarem me machucar ou coisa parecida.

- Acabou... Parou. Todos de pé agora! - Exclamou o Braz, encerrando aquela cena que mais parecia início de tortura para aqueles homens, mas que era algo que eu tiraria de letra devido a minha formação como um atleta com anos de prática.

- Vocês que ainda estão aqui de pé, já para dentro. Vão conhecer os seus dormitórios, tomar banho, jantar e talvez descansar, pois amanhã bem cedo teremos um treinamento de salvamento na floresta. E você, seu grandão... - Falou novamente apontando o dedo para mim. Ele se aproximou bastante, quase encostando o seu rosto no meu e sussurrou no meu ouvido. - Quero ver você em dez minutos na minha sala e nem ouse faltar. Está entendido? - Concluiu.

- Está sim senhor. - Falei tomando um gole em seco.

- Saiam daqui, todos vocês, agora! - Falou um dos superiores, enquanto eu via o sargento se virando andando em direção à entrada do Quartel.

Alguns homens saíram me olhando feio, me encarando e eu estava bastante mal também, mas mantendo a postura, pois eu com certeza não tinha feito absolutamente nada de errado com nenhum deles. Eu nem sabia quem eram eles na verdade e mal conhecia alguém ali. Fiquei alguns minutos parado onde estava, pensando em tudo o que tinha acabado de acontecer, pensando também sobre o que o sargento Braz queria comigo em sua sala.

O que tinha acabado de acontecer foi muito estranho e ele podia ter falado tudo aquilo normalmente mesmo, pois não havia necessidade de falar no meu ouvido. Seus dois superiores, o cabo Freitas e o cabo Sully não paravam de me encarar enquanto tudo aquilo acontecia, principalmente na hora em que o sargento sussurrou no meu ouvido. Eu fui caminhando até o meu dormitório pensando diversas coisas sem sentido e, precisava parar de pensar naquilo tudo para focar naquela nova realidade... Focar no meu futuro, no meu treinamento militar e na minha formação.

Batalhão 16: Eu e os Militares (Romance & Mistério) - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora