Capítulo 1 - Rotina

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Cinco anos atrás...


Àquela noite eu estava no meu escritório finalizando uma papelada chata de relatório, como de costume até nas sextas à noite. Eram 23h30min, e eu estava esperando o meu melhor amigo chegar, o Bryan Derion que estava na sua ultima semana de férias do Quartel, do serviço militar. Nós dois íamos sair, tomar todas e nos divertir, aproveitar o final de semana e pegar a mulherada, como ele costumava falar.

Eu queria curtir, beijar muito, uma vez que eu já estava cansado de estar sozinho a minha vida toda, aquilo era lamentável. É chato está em meio há tanta lamentação logo de início, mas é isso... Não temos como controlar às vezes, mas sem mais enrolação, é melhor que eu me apresente, certo?

Eu sou o 1° Tenente Diego Braz, eu tenho 29 anos, prestes a completar 30 em alguns dias, e eu sou do 16° Batalhão Militar do Corpo de Bombeiros. Eu sou um cara com uma formação acadêmica e um corpo sarado invejável por muitos, sempre alvo daquelas piadinhas típicas de academia, como por exemplo; "tá aplicando as durateston, trembolona, amigo. Cuidado, isso faz mal à saúde, e blá, blá, blá", coisa que eu nunca me importei, nunca de fato eu dei a menor importância.

Mas assim como fora a vida do meu pai, eu também possuo uma vida perturbada e desconcertante. Eu já cheguei a entrar na famosa deprê pesada há alguns anos atrás devido a segunda maior perda da minha vida: a morte do meu pai, o Capitão Marcelo Braz que foi assassinado e até hoje a policia e os peritos não encontraram quem o assassinou.

Quando adolescente eu perdi a minha mãe e o meu irmãozinho que nem chegou a nascer, morreram os dois na mesa de parto do hospital, foi muito triste. Naquela época eu achei que o meu pai também nunca fosse se recuperar dessa nossa perda e agora eu não tenho mais ele também. Sou um cara sozinho no mundo, sem família, aliás... Tenho uma família, o meu único e melhor amigo que nunca me deixou na mão. Bom, mas isso, essa história estava prestes a mudar.

Nunca me dei bem com relacionamentos, pois nunca consegui gostar de verdade de alguma mulher e ter algo sério com ela, se não só a famigerada pegação e curtição, típico de um cara que não sabe o que quer da vida. Até hoje não consigo entender o porquê.

Preso em meus devaneios e pensamentos nada bons para alguém que só queria não tá pensando em nada daquilo, eu ouço um barulho de carro entrando no estacionamento do Quartel, deve ser o meu brother Bryan que acabara de chegar. Agora me levanto, desligo o computador e estou pegando minha jaqueta para sair da minha sala.

- E aí incendiário tá pronto pra noite? - Bryan entra falando, com aquele sorriso estampado no rosto que há muitos anos eu já conhecia.

- Claro que sim, você já me viu furar alguma noite com você? - Respondi tentando mostrar uma confiabilidade na qual eu não tinha com aquela minha pergunta.

Batalhão 16: Eu e os Militares (Romance & Mistério) - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora