Capítulo 17 - O Diário Militar - II

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- Isso é muita loucura Diego. Como eles foram capazes de fazer uma coisa dessas com um cadete? - Bryan pergunta tão espantado quanto eu com o que acabamos de lê.

- Você não faz ideia da vergonha que eu estou sentindo do meu pai agora, Derion. - Comento bastante triste, aquilo.

- Só prossiga com a leitura, não vamos tirar conclusão alguma agora a respeito do seu pai, certo? Ele sempre foi um pai maravilhoso e um profissional incrível. Você é filho dele e sabe de tudo isso. - Bryan fala, tentando me acalmar ali, mas ele estava realmente certo. A gente precisava continuar lendo antes de tirar qualquer que fosse a conclusão.


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No Livro...

Algumas horas depois quando eu já não estava mais sentindo tantas dores como no inicio daquela covardia que me fizeram, eu me levantei devagar, pois as minhas pernas tremiam muito, o meu corpo inteiro na verdade, com muito esforço eu retirei aquela bola de meia que me enfiaram quase garganta abaixo e fui caminhando em direção à saída daquele dormitório. Caminhei olhando para cada cama beliche ali, observando todos aqueles cadetes dormindo como se nada tivesse acontecido ali.

Durante o ataque eu pude contar mais ou menos cerca de dez ou doze pessoas fazendo aquilo comigo, naquele dormitório tinham aproximadamente trinta pessoas. O fato era que muitos que viram aquilo acontecer não fizeram absolutamente nada para impedir, não se importaram. Mesmo assim eu iria dá um jeito de me vingar de todos ali em breve, transformando a vida de cada um em um verdadeiro inferno.

Ao chegar próximo a ala hospitalar, eu podia ver claramente o nome "Enfermaria" na frente da porta, em um letreiro com luz de LED vermelha, eu senti um enorme gosto na boca, uma tontura muito forte me pegou em cheio, fazendo-me ficar quase que completamente cego em questão de segundos, uma vez que minha vista simplesmente viu a imagem à minha frente se transformar em uma espiral e depois escurecer com rapidez. As minhas pernas ficaram cada vez mais fracas, todo o meu corpo parecia não querer me responder em qualquer que fosse o movimento que eu tentasse executar, até que eu apaguei tentando pedir por ajuda, buscar alguém que me ajudasse ali.

Eu acordei alguns minutos ou horas depois deitado em uma cama de hospital, provavelmente da enfermaria do batalhão. Eu via uma "agulha borboleta" aplicada em uma veia do meu antebraço direito, por onde eu tomava soro com algum tipo de remédio, provavelmente e uma espécie de gel bastante gelado fora aplicado em todos os hematomas que consequentemente ficaram bem visíveis para mim depois que eu acordei daquele desmaio.

- Pegaram pesado com você. - Era um enfermeiro falando comigo ao entrar naquele quarto.

- Mas todos irão me pagar, pode acreditar nisso. - Respondi tossindo, sentindo dores ainda no abdômen.

- Se te serve de consolo; relaxa, pensa na recuperação agora. Esse tipo de coisa, ou pelo menos parecida acontece todos os anos. É uma espécie de brincadeira de muito mau gosto que eles adoram fazer.

Batalhão 16: Eu e os Militares (Romance & Mistério) - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora