No sábado eu acordei às 09h00min da manhã com a maior ressaca e dor de cabeça que eu já tinha tido na minha vida. Eu não tinha percebido aquilo até recobrar melhor a consciência ainda meio embriagada, mas eu havia dormido na casa do Bryan, com ele na mesma cama. Ele dormia pelado e de bruços e eu estava apoiado em suas costas o usando como um travesseiro.Eu estava abraçado com ele, bem agarrado e para finalizar aquela cena um tanto desconcertante para mim, ele ainda roncava feito um porco. Aquilo tudo era muito estranho de processar e eu sei que ele é o meu melhor amigo, claro, mas era de fato muito estranho de processar. Um homem deitado somente de cueca por cima de outro cara pelado na cama, era confuso demais na minha cabeça àquele momento.
No susto eu saí de cima dele de imediato e fiquei observando o que estava acontecendo naquele quarto. Eu nunca tinha visto com outros olhos, mas o Bryan tinha mesmo um corpo lindo; as costas bem definida, os ombros largos e um bumbum bem empinado e redondo. Enquanto eu estava sentado naquela cama eu fiquei olhando para aquele corpo pelado na minha frente por alguns minutos de uma forma que nem no vestiário do Quartel, depois de um treino ou uma emergência quando nós e o pessoal tomávamos banho eu não reparava nele daquela maneira.
- Caramba cara, o que está acontecendo comigo? - Pensei confuso, enquanto passava as mãos sobre os olhos.
Levantei-me e fui direto para o banheiro. Ao chegar lá eu percebi que a minha cueca estava toda melada; era esperma em toda a parte da frente e nas minhas pernas. Fiquei nervoso demais vendo aquilo, aquela situação. Tirei a cueca e a joguei no balde das roupas sujas do Bryan e tomei um banho relaxante.
Minutos depois eu saí do banho somente de toalha e fui andar pela casa na esperança de encontrar garotas dormindo bêbadas, álcool, coisas do tipo no local. Era como se pensar que na noite passada tivesse acontecido uma festa, uma farra na casa do Bryan fosse me aliviar mais as tensões que estava tendo naquele momento e me fazer parar de criar coisas na minha cabeça com ele.
- Ah não, não tem mais ninguém aqui. - Falei frustrado enquanto olhava para cada canto daquela sala.
- Incendiário. - Bryan gritou do quarto, eu já estava na cozinha.
- Fala Soldado. Dormiu bem? - Perguntei.
- Dormi feito um anjo. Só estou cheio de fome agora, e você? - Ele falava aos gritos.
- Eu também estou Bryan. Acordei faz meia hora, e você ronca feito um porco sabia disso? - Ri bastante ao falar.
- Sério? Eu nem imaginava. - O ouvi rindo desconsertado também.
Bryan tomou um banho e minutos depois desceu somente de cueca, me deixando sem reação naquele momento. Mesmo já o tendo visto diversas vezes de cueca e/ou pelado e mesmo sendo o meu melhor amigo, pela primeira vez na minha vida eu não tinha como olhar para ele sem não me sentir estranho por dentro, porque eu não sabia, eu não se lembrava do que tinha acontecido na noite passada.
- Você está bem mesmo Tenente? - Ele pergunta abrindo a geladeira e pegando uma garrafa de leite.
- Sim, eu estou. Por que eu não estaria? - Respondi meio sem jeito, tentando evitar qualquer contato visual.
- Porque você bebeu demais ontem a noite na boate, vomitou bastante no lado de fora, ainda deu gelo em duas garotas que íamos trazer para cá. Eu quase o matei ontem mesmo pelo que fez, mas foi isso. É triste, mas vida que segue. - Ele falava sem me olhar, apenas virando a garrafa de leite na boca.
- Não brinca Derion. Isso é sério? - Fiquei surpreso de não ter me lembrado de nada.
- É muito sério Diego. Elas eram gatas demais e, por sua causa nós não pegamos ninguém. Pelo menos eu não peguei. - Ele responde me olhando com um sorriso de canto de boca, me olhando com uma expressão diferente dessa vez.
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Batalhão 16: Eu e os Militares (Romance & Mistério) - Livro 1
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