Capítulo 5 - Pesadelos ou Visões?

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Eu acordei naquela madrugada quase sem respiração, muito ofegante e suando bastante. Eu havia tido um pesadelo horrível e sentia uma dor fora do comum no lado esquerdo do peito.

— Bryan, acorda. - Falei quase sem voz, devido à dor imensa que sentia. — Bryan... - Insisti, batendo em suas costas.

— Diego, o que foi? — Ele pergunta muito sonolento.

— Meu peito Bryan. Uma dor muito forte, eu não consigo respirar direito. — Falei forçadamente com a mão sobre meu peito, enquanto suava frio. Bryan se levantou de uma só vez da cama quando me viu naquela situação.

— Meu Deus, calma Diego. Vou buscar algo pra você tomar. Não se mecha e nem saia da cama.

— Campeão, eu não respiro... Não respiro. — Falei praticamente desmaiando.

Assim como o Derion me contara mais tarde tudo o que houvera comigo àquele momento; eu havia entrado em estado de choque, tive uma convulsão ali mesmo, eu babava feito um cachorro raivoso. Bryan entrou em desespero, ligando para o atendimento de urgência - SAMU. Enquanto isso, ele pôs a mão dentro da minha boca segurando para fora a minha língua para que eu não morresse engasgado, uma vez que em alguns casos, a língua da vítima obstrui a passagem de ar por acabar se contraindo para dentro da garganta.

— Por favor, uma ambulância agora. O Tenente Diego Braz do batalhão 16 militar do corpo de bombeiros está tendo uma convulsão. Ajudem-me, por favor.

Bryan passou o endereço e em menos de minutos eu já estava dentro de uma ambulância recebendo os primeiros socorros e à caminho do hospital. Algumas horas depois eu acordei em uma cama de hospital usando só uma cueca como havia dormido e todo enrolado. No meu braço direito havia uma agulha aplicada em minha veia por onde eu tomava soro e, no meu lado esquerdo estava ele; somente de calção e camiseta, cochilando em uma cadeira.

Era o Bombeiro mais lindo desse mundo, o homem mais preocupado com o seu melhor amigo como sempre, com o seu namorado na verdade. Com certeza ele era o meu anjo protetor e desde a nossa adolescência foi dessa forma. Bryan era o meu soldado protetor, o meu salva-vidas em diversas situações.

— Campeão. — Falei, sentindo certa fraqueza no corpo.

— Diego, graças a Deus você acordou. — Falou o Bryan se levantando da cadeira com os olhos muito vermelhos e lacrimejando. Ele veio em minha direção, me abraçou e me deu um beijo muito forte. — O que aconteceu com você tenente? Como foi tudo aquilo? Não me falaram nada ainda, não ao menos o que eu já imagino.

— Fique calmo soldado, eu estou bem. Você sabe que eu sou duro na queda, certo? — Brinquei.

— Seu idiota, você me deu um grande susto. Achei que você fosse... — Ele para de falar, enquanto segurava a minha mão.

— Achou que eu fosse o quê? — Pergunto.

— Que você fosse morrer. Não inventa uma coisa dessas agora, eu te mato.-— Ele para, analisa por algum segundo o que disse e rir em seguida.

Putz, aí está o meu Derion dramático de novo. — Falei rindo. — Não vou fazer isso, pois agora temos um livro para ler e descobrir o que há de tão misterioso nele, você lembra? — Completo.

— Ah, é somente isso né? — Ele fala com a cara emburrada.

— Não é só isso seu teimoso. Também tenho um bombeiro lindo por quem eu estou ficando completamente apaixonado, louco por ele. Ele é o segundo bombeiro do meu caminhão, o meu braço direito nas missões de resgate e de incêndios. Ele também é o cara mais sexy do meu batalhão.

Batalhão 16: Eu e os Militares (Romance & Mistério) - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora