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Alguém bateu na janela do passageiro, me fazendo pular no banco com o susto. Me inclinei para abrir a janela quando notei que era Mason. Ele ignorou a janela e abriu a porta, pulando para dentro do Jeep.

– O que você está fazendo?

– Eu vou precisar de alguns minutos para pensar em uma resposta que não faça você pensar que eu sou uma stalker.

– Eu já estou pensando, não sei se algo que você diga vai mudar isso.

Suspirei e me recostei no banco.

– A primeira pergunta é: você tem carteira de motorista?

– Não, eu acabei de fazer 16 anos – falei como se fosse óbvio e ele apontou para o carro. – Você sabe que o meu pai é o xerife, não é?

– E você aproveita para burlar a lei por causa disso?

– Bom, foi ele quem me ensinou a dirigir. Disse que eu deveria saber para o caso de ter alguma emergência.

– E isso é uma emergência?

– Talvez – olhei para a janela do quarto do segundo andar. – Ele está estranho, não está?

– E muito.

– É, eu queria descobrir o motivo.

– E por que você não pergunta?

– Você perguntou? – eu o olhei e ele assentiu. – E ele te respondeu?

– Não – Mason murmurou a resposta.

– Por que você acha que ele contaria para mim quando não conta para o melhor amigo?

– Talvez porque toda vez que eu tenho aula com você, ele vem me perguntar como você está.

– Por que ele faria isso? – Mason apenas me encarou sério. – Ele me deu um soco, tô de boa com isso.

– Você não fala com ele.

– Isso não significa que eu não perceba as coisas. Ele está estranho, você mesmo disse isso.

– É, mas ele está estranho desde que você começou a falar com ele.

– Não, ele está estranho desde pouco antes de me dar um soco.

– Nós somos amigos a anos e eu te garanto, desde que você começou a falar com ele.

– Onde você quer chegar com isso, hein?

– Não estou te acusando. Ele também começou a andar com o seu irmão e os amigos dele. Você acha que é normal ele estar andando com um grupo de pessoas dois anos mais velhos?

– Eu ando com eles.

– É, mas tem o seu irmão no grupo. Qual é a desculpa dele?

Desviei os olhos de Mason e voltei a prestar atenção no quarto de Liam.

– Ele está melhor no videogame. E ele era ruim. Muito ruim.

– Eu não entendo nada de videogame – o olhei.

– Eu acho que você sabe o que está acontecendo, mas não vai me contar.

– Se eu soubesse, provavelmente não contaria. Você que é o amigo do Liam, ele quem tem que te contar, sabe?

– Entendi. E não gosto do seu suspense – ele saiu do carro. – E acho melhor você ir para casa, temos prova de história amanhã.

– Merda – soquei o volante, acionando a buzina sem querer e arregalei os olhos com isso.

wolfsitter, liam dunbarOnde histórias criam vida. Descubra agora