2.9

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Entrei na delegacia, indo direto para a sala do meu pai, mas a única pessoa que eu encontrei foi meu irmão.

– O que você está fazendo aqui?

– Oi para você também, Chloe.

– Oi, Stiles. O que está fazendo aqui?

– Meu pai também trabalha aqui.

– Ah – sibilei, me sentando em uma das cadeiras. – Achei que tinha acontecido alguma coisa.

O olhar do meu irmão foi para algo atrás de mim e eu o olhei confusa.

– Agora tem – ele saiu rápido da sala. – Espera, espera! Não atira! Não atira!

Saí junto com ele, percebendo que Parrish andava, sem se incomodar com qualquer pessoa apontando uma arma em sua direção.

– Deixa ele passar – empurrei um policial para o canto, o retirando do caminho.

Todos assistimos Parrish deixar a delegacia calmamente e meu irmão por um momento antes de seguirmos ele, mas no caminho recebi uma mensagem de Mason, me pedindo ajuda, pois Hayden havia sido hospitalizada.

🌕

– Melissa? – a chamei assim que saí do elevador, no subsolo em reforma. Passei por uma das lonas, a encontrando.

– Chloe! Que bom que você está aqui – a mulher comentou, mas sequer me olhou enquanto trabalhava.

– Mason me avisou. Como eu posso ser útil?

– Me ajuda com essas máquinas.

Balancei a cabeça e comecei a conectar as máquinas nas tomadas que tinham na sala. Um som do elevador soou no corredor.

– Por aqui – Melissa falou e eu me virei, vendo Mason com vários equipamentos médicos.

– A gente não devia falar com um médico? – o garoto perguntou, olhando de mim para a enfermeira.

– Eu estou nesse dilema há horas. Ou nós chamamos e vemos ele cuidando dela como uma paciente normal e ficamos olhando sabendo que não vai funcionar ou tentamos tudo medicamente possível para salvá-la enquanto o corpo dela faz coisas medicamente impossíveis.

Olhei para Hayden. A garota tinha manchas pelo corpo e suava como se tivesse corrido uma maratona.

– Ela está morrendo?

– Com a quantidade de mercúrio no corpo dela, ela nem deveria mais estar viva.

Mason e eu nos entreolhamos, sem saber o que dizer.

– E por que o Liam não está aqui?

– Eu acho que ele foi atrás do Scott – Mason me respondeu.

– E onde o Scott está?

– Isso eu não sei – ele deu de ombros e a resposta de Melissa era a mesma.

Melissa andava de um lado para o outro e de vez em quando dizia algumas coisas que devíamos fazer, mas não tinham muitas. Nós não tínhamos muito o que fazer porque não sabíamos o que devíamos fazer. Hayden era uma completa incógnita para a ciência e nenhum de nós tinha ideia de como ajudá-la.

– Melissa, tem que ter alguma coisa que possamos fazer – falei mais uma vez, talvez a décima da noite. – Qualquer coisa.

– Nós fizemos tudo o que podíamos. – Foi a sua resposta. Mais uma vez.

– Mason – o garoto me olhou –, você tem que ir atrás do Liam.

Ele apenas assentiu e saiu, então eu voltei a apertar a mão de Hayden, já não conseguia mais conter as minhas lágrimas. Quando levantei o olhar, notei que realmente não poderíamos mais fazer nada, principalmente quando Melissa apertou o dedo contra seu pescoço, tentando sentir sua pulsação.

wolfsitter, liam dunbarOnde histórias criam vida. Descubra agora