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ATUALMENTE

O som dos pássaros próximos a janela do quarto despertou Hope Mikaelson. Os olhos azuis demoraram em torno de dois minutos para se abrirem por completo, tateou o colchão procurando por sua esposa, contudo ao virar o rosto não a encontrou ali e lembrou-se no momento seguinte que S/n ficara de sair cedo para resolver o problema com as novas obras das instituições de amparo a crianças e adolescentes.

Espreguiçou-se e respirou fundo ao ouvir a discussão de Astra e Jade. Ambas brigavam para usar o banheiro, porém Hope não se levantou para se envolver ou fazê-las parar, agradeceu aos céus pela tecnologia avançada de seu quarto, ativou o isolamento acústico duplo e apreciou do silêncio matutino.

Os gêmeos McCall com quinze anos completos, beirando os dezesseis, preparavam-se internamente para um dia cheio de estresses. Jade e Theo um pouco mais agitados do que o normal e Liam, o caçula Liam já se encontrava irritado com as vozes altas dos irmãos tão cedo.

O mais novo dos filhos de S/n abafou uma reclamação com a mão. Perfumou-se e saiu do quarto pisando firme em direção ao andar debaixo, o cheiro do café da manhã se alastrava por toda a casa.

Theo o olhou, o cumprimentando com um balançar de cabeça enquanto enfiava uma torrada amanteigada inteira dentro da boca. Não viu Hope, então imaginou que S/n havia preparado todo o café antes de sair.

Distante de casa, S/n respirou fundo sentando-se em frente ao prefeito de Nova Orleans com Klaus e Victor ao seu lado. Ambos haviam se tornado seus parceiros de negócios há um tempo junto com os dois advogados que analisavam toda a papelada.

— O que traz os gêmeos McCall e Klaus Mikaelson até mim? - O homem pançudo sorriu com seus dentes amarelados pelo café. — Algo de errado com as obras das novas instituições? Antes de tudo, eu gostaria de dizer que toda Nova Orleans está agradecida pela solidariedade com as crianças vítimas de abandono, abusos psicológicos e físicos.

S/n o olhou de cima a baixo, os olhos esmeraldas consumindo até a alma do corrupto em sua frente e antes que ela abrisse a boca para xinga-lo, Victor apressou-se com suas palavras menos agressivas.

— É por isso que estamos aqui, senhor Afonso. Há algo estranho nas papeladas, contém o pedido de uma quantia significativa de dinheiro e nós achamos que havia ficado claro na nossa conversa que a prefeitura de Nova Orleans não tiraria dinheiro extra com os projetos da minha irmã. - Victor se manteve paciente, sua fala lenta para que nenhuma palavra ousasse fugir do prefeito. Já S/n cruzou as pernas e ergueu levemente a cabeça para ouvir a explicação do velho em sua frente.

Nós, eu, os vereadores e os patrocinadores..

— Patrocinadores? - S/n o questionou, curvando-se levemente para frente. — As obras estão todas no meu nome, meu dinheiro e somente meu. Nenhum de vocês depositaram algo na minha conta ou na conta da minha esposa. - Disse, sua fala saiu entre-dentes. — Não me importo se levam créditos em cima dos meus esforços ou construções mas vamos deixar algo bem claro aqui, senhor prefeito. EU estou bancando todos os gastos, salário dos trabalhadores, arquitetos, pedreiros, até a porra do transporte. Eu pago o restaurante para levar comida para TODAS as equipes, não você, praticamente estou fazendo o seu trabalho e dos vereadores que sequer tiveram coragem de botar a cara aqui.

— Eu entendo a sua frustração, é muita coisa para uma única pessoa mas eu tenho custos também.

Ela riu, gargalhou em frente ao homem e se levantou.

The New Hope For Me  (2° E 3°TEMPORADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora