2.20

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S/n limpou as lágrimas entrando em seu quarto ao lembrar que guardara duas garrafas de Whisky debaixo da cama para Hope não achá-las. A quimera quebrou o lacre da tampa e como se estivesse bebendo o suco mais delicioso do mundo, ela secou a garrafa em menos de cinco minutos. A morena gritou jogando a garrafa de vidro contra a parede, fazendo-a quebrar.

O som do vidro quebrando ecoou pelo quarto deixando os amigos da quimera atentos.

"Tudo bem, eu vou" S/n ouviu sua mulher dizer do primeiro andar.

S/n se sentou na poltrona com as mãos trêmulas e um nó sendo mantido em sua garganta, ela negou com a cabeça impedindo as lágrimas de escaparem.

Hope abriu a porta e com um sorriso fraco caminhou até a McCall. A tríbida acariciou as bochechas da mulher agachando-se em sua frente.

— Está tudo bem, meu amor.-Ela a abraçou.— Vai passar.

— Está doendo.-S/n sussurrou abraçando a tríbida.— Por favor... faz parar, eu não quero sentir.. por favor.

Hope sentiu um sentimento de impotência ao ver S/n tão frágil e não poder fazer nada para ajudar sua mulher.

— Eu queria.. muito.-Hope sussurrou.— Mas eu não posso, eu sinto muito. Muito mesmo.

S/n se permitiu ficar alguns minutos abraçada em sua mulher por dez minutos em um completo silêncio, ela se afastou da Mikaelson mais nova e engoliu mais uma vez a tristeza que sentira.

— Eu sei um jeito de fazê-lo implorar por piedade.-S/n mexeu em seu cabelos, o tom ríspido e ameaçador causaria arrepios em qualquer pessoa que a ouvisse naquele momento.

— Amor.-Hope murmurou limpando uma gota de sangue do rosto da quimera.— Você está irritada, não é um bom momento para pensar em vingança, tudo bem?.-Ela se levantou.

— Tudo bem.-S/n desviou o olhar.— Mas eu definitivamente irei pensar depois.

Hope suspirou encarando a quimera.

— Vamos ver nossos filhos? Acho que eles precisam depois de tudo o que passaram.

— Vamos.-S/n sorriu fraco.— Preciso ver duas carinhas fofas para eu me acalmar.-Ela se levantou.

"Não tenho tempo pra ficar chorando, preciso me concentrar, preciso proteger a minha família" Pensou a quimera caminhando em direção a sala.

Victor balançava os chocalhos tirando alguns risos e sorriso genuínos dos dois bebês no colo da gêmeas Saltzman's.

— Precisam pagar para admirar as minhas obras primas.-S/n caminhou até Astra.

— Eu pagaria até um milhão de dólares só para segurá-los por dois minutinhos, eles são tão lindos.

— Não me dá ideia, eu venderia. Sabe quão trabalhoso é criar duas crianças?.-S/n fingiu morder a bochecha de Astra a fazendo gargalhar.

— Idiota.-Hope sorriu negando com a cabeça.

S/n pegou o chocalho da mão do irmão e balançou em frente a visão dos gêmeos que balançavam os braços tentando pegar o brinquedo.

— Onde está Zexa?.-S/n perguntou com os olhos fixos em seus filhos.

— Porão.-Freya respondeu se escorando na fresta da porta.

— Aquele que era usado para torturas?.-Lizzie perguntou inocente.

— Lizzie!.-Mg e Josie a repreenderam.

Freya riu.

— Está tudo bem, ela não disse nenhuma mentira.

— Eu quero falar com ela.-Izzy entrou na sala.— Por favor, irmã.

S/n suspirou finalmente desviando o olhar das crianças, desta vez o fixando em sua irmã caçula.

— Faça o que quiser.-Ela voltou a encarar os gêmeos.— Eu não me importo.

O silêncio pairou na sala até Hope o quebrar.

— A gente precisa descansar.-Hope se levantou da poltrona e virou-se para S/n.— Vamos?

S/n assentiu pegando Noah dos braços de Josie. Hope sorriu fraco pegando Astra dos braços de Lizzie.

— Bom descanso.-Freya sorriu para S/n.

S/n e Hope voltaram para o quarto, deram banho no gêmeos e os deitaram no berço, S/n observava os filhos adormecerem lentamente em um completo silêncio.

— Você realmente não se importa com ela?.-Hope perguntou abraçando a quimera por trás.

— Não.-S/n sorriu acariciando os braços da mulher.— Eu realmente não me importo.

Desta vez um silêncio confortável se fez presente, silêncio que se foi quebrado com violência com um enorme estrondo ecoou pela mansão dos Mikaelson's assustando as crianças.

Noah e Astra choravam como se não houvesse amanhã e isso causou ainda mais estresse na quimera.

— Fique com eles, eu vou ver o que aconteceu.-S/n beijou a testa da tríbida antes de usar sua velocidade sobrenatural para chegar até o pátio.

Um homem aparentemente na casa dos trinta anos segurava uma bomba de garrafa, ele estava molhado o que deduziram que estava coberto de gasolina.

"Humano" Pensou a quimera ao analisar o homem em sua frente.

Josie e Hope assistiam do segundo andar segurando os gêmeos em seus braços.

— O recado é para você, Hope.-O homem encarou a tríbida que tentara acalmar Astra.— Tenha os meus filhos ou eu matarei os seus.

O homem jogou a garrafa no chão em sua frente fazendo o fogo se espalhar por seu corpo, ele gritou até não ter mais vida, restando apenas sua carcaça queimada.

— Churrasco tão tarde da noite?.-S/n sorriu olhando para os amigos que a olharam seriamente.— Desculpa.-Ela caminhou até Noah.

— Não podemos ficar mais tempo sem fazer nada.-Freya encarou S/n que acalmava Noah.— Precisamos agir, mas como faremos?

S/n beijou a bochecha do filho que soluçava.

— Tem algo que Thomas teme, alguém para ser mais precisa.-Ela olhou para a primogênita dos Mikaelson's.— Ele tem medo, não.-Ela sorriu.— Ele tem pavor dessa pessoa, mas como nada vem fácil para os McCall.-Ela suspirou.— A pessoa está morta, então precisamos trazê-la de volta ao mundo dos vivos.

Freya suspirou massageando as têmporas.

— E como fazemos isso?.

— Usando um Cérbero do inferno, um ser capaz de atravessar o portão da morte ou se preferirem, do inferno.-S/n beijou a testa de Astra que dormia no colo de Hope.

— Não me diga que conhece um?.-Foi a vez de Lizzie perguntar.

— Eu não.-S/n encarou seu gêmeo.— Meu irmão sim, não é?

Victor revirou os olhos.

— Vou entrar em contato.

— Faça o mais rápido possível.-Ela encarou o mais novo por alguns minutos de diferença.— Precisamos trazer ele de volta.

— Ele quem?.-Hope encarou a mulher confusa e curiosa.

— Seu pai, amor.-S/n sorriu.— Klaus Mikaelson.

The New Hope For Me  (2° E 3°TEMPORADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora