Meredith Grey
Nós fomos para a boate no carro de Thomas. Eu fui atrás sendo obrigada a ser apenas uma plateia para a conversa dos dois à minha frente. Enquanto eles sentiam estar a sós, eu aproveitei para observar as estrelas. Elas pareciam brilhar muito mais naquela noite e eu sentia algo apertar em meu peito, como se tivesse alguma coisa errada.
— Alguma coisa vai acontecer. — falei olhando para Donna.
— Como assim? — Thomas perguntou.
— Não é nada. — Donna disse olhando para ele. — Meredith só está meio desanimada porque teve problemas no banco.
— O banco é um saco, pisam nos clientes porque sabem que precisamos deles. — Thomas disse.
— Não, não é o banco. — falei. — Eu estou tendo um pressentimento.
— Mer... — Donna me olhou com repreensão. Eu sabia que ela gostava de Thomas e certamente não queria que eu bancasse a doida na frente dele.
— Tudo bem, eu sei que a Meredith é... — ele hesitou antes de continuar. — ...diferente. — ele ia dizer que eu era maluca. O encarei pelo retrovisor com os olhos cerrados.
— Meredith é iluminada. — Donna disse em tom de defesa, o encarando com irritação. Ela sempre sentia a necessidade de me proteger, mesmo que não acreditasse nas mesmas coisas que eu.
— Claro, é claro. — ele balançou a cabeça positivamente de maneira nervosa.
Me afundei no banco de trás e observei a paisagem passar pela janela até chegarmos à boate. Thomas estacionou e nós entramos no lugar que estava lotado.
— Bebe alguma coisa para se animar. — Donna disse perto do meu ouvido. — Parece que você não quer estar aqui.
— Talvez eu... — ela me interrompeu.
— Não diga que quer ir embora. — me olhou seriamente.
— Talvez eu deva beber um martini. — completei.
Thomas saiu na frente e Donna foi logo atrás me puxando pela mão. Paramos no bar e pedimos as nossas bebidas. Os dois voltaram a conversar e até tentavam me puxar para o assunto, mas eu não estava com tanta vontade de falar sobre o trabalho ou política. Eram assuntos sérios demais para mim.
Dei um gole em minha bebida e olhei em volta, parando o olhar na garota que acabara de entrar. Aquele lugar não era para maiores de idade? Quem porra deixou ela entrar?
— Eu sabia que alguma coisa iria acontecer! — bati no balcão animadamente, chamando a atenção de Thomas e Donna.
— O que foi? — Donna perguntou.
— Ali. Adolescente em apuros. — apontei na direção da entrada.
— Ué? — ela franziu a testa. — Merda, ela está sozinha. — como se esquecesse que estava acompanhada, Donna se deixou guiar pelo seu instinto protetor e começou a ir em direção à garota. Eu pedi para que Thomas esperasse e a segui. — É melhor você ter uma boa razão para estar aqui, Bela.
— Q-que? — Bela arregalou os olhos ao notar a presença de uma donny a olhando com repreensão. — Meredith! — ela relaxou o olhar ao me ver.
— Por que está aqui? — perguntei sem conseguir esconder que estava animada. Eu senti que alguma coisa iria acontecer e se a noite saísse como o planejado eu ficaria desapontada.
— Eu venho aqui escondida às vezes. — Bela olhou os próprios pés. — O segurança me conhece, ele me deixa entrar por duzentos dólares.
— Mas que filho da puta! — Donna esbravejou. — E agora eu estou falando palavrão na frente de uma aluna. — deu um tapa na própria testa.
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Bitter Sweet
FanfictionEstudar, casar e ter filhos. Essa era a cronologia que Meredith sempre planejou para a sua vida. Mas tudo isso vai por água a baixo quando ela engravida do seu namorado Will, aos 15 anos de idade. Expulsa de casa pelo seu pai pastor e sua mãe devota...