Purificar a Sala

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Mds gente pensei que já tinha mandado o capítulo de hoje... Enfim, boa leitura!!!


Meredith Grey

O que aconteceu entre mim e o Andrew no elevador foi movido por uma fúria, uma raiva que tinha a necessidade natural de se desmanchar em algo intenso. Então ao invés de sairmos no tapa, nós nos beijamos e durante o caminho até a minha casa eu não parei de repassar os momentos em minha mente. Eu quis aquilo. Eu o queria.

Tudo estava confuso demais, me deixei levar pelo momento e assim que nos separamos a mágoa voltou para mim e tenho certeza que aconteceu o mesmo com ele, mas Andrew sempre era tão frio que parecia ter tratado tudo com naturalidade. Já eu, era sensível demais, quase acabei chorando na frente dele quando ele me pediu desculpas e o pior é que a culpa por eu tê-lo chamado de assassino pareceu pesar mais em mim do que ter ouvido ele me julgar por abandonar o meu bebê.

Saí do uber e entrei no prédio em um estado pensativo e robótico. Meus sentimentos estavam confusos, mas o que eu tinha certeza era de que queria me trancar em meu quarto e chorar.

Mas foi só abrir a porta do apartamento que levei um grande susto. A primeira coisa a aparecer no meu campo de visão foi a bunda nua de Harvy no meio das pernas de Donna. Os dois estavam no tapete da sala e o pior da cena era que eles estavam usando uma câmera. Sim, eles estavam se filmando!

— MAS QUE PORRA!! — gritei me virando de costas.

— Droga! — Harvey berrou.

— Mer, não olha! — Donna se desesperou.

— Se eu olhasse mais um pouco teria ficado cega! Tenho certeza de que perdi uns vinte graus de visão. — dramatizei.

— Espera... espera... — Harvey ia dizendo e eu podia ouvir eles se ajeitarem. — Pode se virar.

Virei devagar e os dois estavam vestidos em seus pijamas, extremamente desajeitados e suados. Fiz uma careta ao analisar o cenário de filme pornô caseiro que eles fizeram.

— Pelo amor do universo, me digam que essa câmera está desligada.

— Cada um com seus problemas. — Donna deu de ombros.

— Me lembre de purificar esse tapete amanhã. — eu disse indo até o quarto. — Podem continuar, eu já estou indo dormir.

— A gente não vai transar na sala com você aqui. — Harvey riu.

— Pelo menos agora eu sei que não devo entrar na sala. — entrei em meu quarto e tranquei a porta.

Me troquei e estava pronta para fazer uma meditação antes de dormir quando ouvi algumas batidas tímidas em minha porta. Levantei e quando abri encontrei Donna com a face um tanto quanto preocupada.

— Você parece desanimada. — ela disse.

— Ver a bunda branca do Harvey afeta as pessoas. — brinquei.

— É. — sorriu maliciosamente.

— Nojenta. — eu ri.

— É sério, o que aconteceu? — ela entrou e se sentou em minha cama, depois fez sinal para que eu sentasse ao seu lado.

— Ai, Don... — suspirei e sentei ao lado dela. — Eu fiquei uma hora presa em um elevador com o Andrew.

— Como assim presa em um elevador? Você não foi comprar chá? — franziu a testa.

— Digamos que a nossa picape já era e eu tive que acompanhar ele pra ter uma carona.

— Como assim a vermelhinha já era? — arregalou os olhos.

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