Energias, Áureas e Namastê

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Meredith Grey

Foi uma semana bem agitada e eu já me sentia familiarizada com Nova York. Aquela cidade parecia ter sido feita na minha medida. Uma cidade que nunca dorme era a moradia perfeita para uma mulher que se reinventava todos os dias.

No sábado à noite, eu e Donna fomos até uma boate bem frequentada, não muito longe do nosso bairro. Tinha boa música, boas bebidas e as pessoas eram muito bonitas.

— Amém, Nova York! — falei olhando bem para um homem que passou ao nosso lado.

— Que pitéu! — Donna exclamou.

— Tá cheio de pitéus aqui. — eu ri. — Acho que eu vou aproveitar a minha nova vida e me entregar aos prazeres carnais. — eu disse.

— Cansou de dispensar os homens?

— Eles são um fardo que eu estou disposta a carregar. — brinquei. — Sem compromisso, amiga. Já tive prova o suficiente de que não se deve confiar em pessoas do gênero masculino.

— Ouvir isso me deixa um pouco desanimado. — ouvi alguém falar atrás de mim e me virei no mesmo instante.

— Oi... — eu dei o meu melhor sorriso sexy quando vi que se tratava de um homem elegante, com pinta de alguém de negócios.

— Eu estava pensando em te pagar um drink, mas talvez a moça não esteja disposta a se misturar com homens hoje. — em seu jeito de falar, eu podia identificar um flerte.

— Acho que eu posso abrir exceções. — entrei na dele.

— Amiga, eu vou dançar, tá? Não precisa me procurar se for embora. — ela deu uma piscadela e foi até a pista de dança.

— Jack. — ele me estendeu sua mão.

— Meredith. — quando coloquei minha mão na dele, ele a levou até seus lábios e beijou, sem tirar seus olhos de mim.

— Você não parece ser daqui.

— Não? — arqueei a sobrancelha.

— Não parece robótica como as outras mulheres, tem uma áurea diferente em você.

— Você acredita em áureas? — confesso que me animei.

— Claro. Além disso, você está usando uma pulseira que diz "eu amo L.A."

— Ah! — dei risada.

— Acho que eu nunca saí com uma californiana antes. — sorriu de lado.

— Tecnicamente, eu não sou californiana, mas você pode fingir que eu sou. — cheguei um pouco mais perto, colocando minha mão sobre seu peito. Ele mordeu o lábio inferior, olhando para a minha boca.

— Que bom que você disse "oi". — sorriu e eu sorri de volta.

Nós pedimos dois drinks e começamos a conversar para nos conhecermos melhor. Contei que morava em Los Angeles e resolvi vir até Nova York em busca de um recomeço, sem citar o meu casamento fracassado.

Ele era dono de uma agência de modelos e eu fiquei impressionada com os nomes de quem já trabalhou para ele. Era mesmo um empreendedor de sucesso.

Depois de algumas horas de conversa, nós trocamos alguns beijos e eu o convidei para a minha casa. A noite terminou da melhor forma possível e antes de sair na manhã seguinte, ele pegou o meu número para quem sabe repetirmos a dose.

***

Comecei a preparar o café da manhã ao som de um mantra que coloquei na caixa de som. Acendi alguns incensos purificadores e comecei a cozinhar.

Bitter SweetOnde histórias criam vida. Descubra agora