~ NO SABAKU, GAARA ~
Fiquei chocado com as palavras da minha irmã assim como todos ali presentes, mas o que me chamou mais a minha atenção foi a atitude de Temari, ela não era de agir daquela forma.
- Sabiam disso? – Perguntei a Matsuri e Yukata.
- Não. – Yukata respondeu, aparentemente em choque.
- Já volto. – Kankuro disse levantando-se da mesa.
- Kankuro, espera. – Falei deixando meu guardanapo na mesa também. – Com licença, meninas.
Sai da sala e fui atrás do meu irmão.
- Kankuro, espera. – Falei tentando alcançá-lo pelo corredor. – Esse não é o melhor momento para falar com ela.
- Mas eu vou falar mesmo assim. – Kankuro disse caminhando até o quarto de Temari.
- Dá um tempo para ela. – Tentei pará-lo.
- Não, Gaara! – Kankuro disse irritado. – Ela deveria ter falado isso ontem quando ela chegou e desmaiou no portão.
TEMARI DESMAIOU NO PORTÃO?
POR QUE EU NÃO FIQUEI SABENDO DISSO?
- Não sabia que ela tinha desmaiado. – Falei soltando-o.
- Pois é, ela desmaiou. E eu perguntei o que tinha acontecido e ela ficou em silêncio, na verdade ela chorou, chorou muito, por umas três horas, até desmaiar novamente e foi quando eu a trouxe para casa. – Kankuro disse irritado.
- Porque você está irritado, cara? – Perguntei.
- Porque ela é minha irmã. – Ele respondeu praticamente gritando. – Ela devia confiar em mim para dizer o que está acontecendo. Porra é um filho não é um demônio.
- É sério? – Perguntei irritado.
- O que? – Ele perguntou confuso.
- Você é patético. – Falei revirando os olhos. – Você não aceitou o seu filho com a Yukata e quer falar do filho da Temari?
- Por que acha que eu não aceitei, meu filho com Yukata? – Ele perguntou.
- Você mal olha para ela. – Respondi. – Você não fala com ela. Você não esboçou nenhum sorriso, ou pior, não identificamos nenhuma emoção em seu rosto quando ela disse que estava grávida. E você acha que é a melhor pessoa para falar com a Temari?
- Você não é do tipo de irmão que conversa. – Kankuro disse. – Então essa função sobra para mim.
- Eu falo com ela. – Falei empurrando-o para trás e abrindo a porta do quarto da Temari.
- Eu já disse que eu... cadê ela? – Kankuro perguntou olhando para o mesmo ambiente vazio que eu.
- Não sei. – Respondi.
~ NO SABAKU, TEMARI ~
Corri até a estação de trem mais próxima da minha casa.
- Boa noite. – Falei ofegante com lágrimas em meus olhos. – Eu quero uma passagem.
- Qual o destino? – A atendente perguntou.
- Para o mais longe possível. – Respondi.
- Temos um trem indo para a vila do som amanhã de manhã. – Ela respondeu calmamente.
- Não eu quero um trem que saia agora. – Respondi praticamente gritando. – Pode ser para qualquer lugar eu só preciso sair daqui.
- Tem uma vaga disponível para o trem que está saindo, ele parte em cinco minutos. – Ela respondeu.
- Eu quero. – Respondi.
- O assento custa trinta e cinco mil ienes.
Peguei cinquenta mil e deixei no balcão, ela me entregou o bilhete.
- Moça seu troco! – Ela gritou.
- Pode ficar! – Gritei de volta. – Desculpe a grosseria.
Sai correndo desesperadamente até a plataforma e embarquei.
- Com licença, senhorita. – Um dos funcionários do trem me chamou. – Posso ver seu bilhete?
Mostrei a ele.
- Por favor, siga-me irei levá-la aos seus aposentos. – O homem baixinho disse me fazendo o seguir.
- Falta muito? – Perguntei.
- Não, senhorita. – Ela respondeu. – Você comprou uma de nossas suítes então elas ficam um pouco mais afastadas que as cabines comuns, para garantir a privacidade de nossos hospedes.
- Entendi. – Falei.
Caminhamos por alguns vagões até chegarmos em um com cabines, equipadas elegantemente.
- Seu bilhete dar direito a jantar e ao café da manhã, assim como uma necessaire com itens para higiene pessoal e um pijama logo trarei para a senhorita. Só preciso saber o que tamanho.
- P. – Respondi.
- Obrigado. – Ele respondeu com um sorriso simpático. – O cardápio está em cima da mesa, pode escolher o que quer para jantar enquanto eu vou buscar o seu pijama.
- Obrigada. – Agradeci.
- Volto em quinze minutos. – O homem disse e saiu do meu aposento.
O local era bem luxuoso e equipado, era melhor do que muito quarto de hotel que eu fiquei hospedada.
Peguei o cardápio e me joguei na cama, eu não estava com fome, mas sabia que eu precisava me alimentar, senão por mim, mas pelo meu filho sendo gerado em meu ventre.
- Que merda que eu fiz com a minha vida? – Perguntei para mim mesma enquanto olhava para a paisagem desértica que passava rapidamente pela janela do trem em movimento.
O deserto tinha uma beleza única quando iluminado pelo brilho lunar, eu tinha visto aquela cena tantas vezes e nunca me cansava dela, aquela era a minha casa e eu não me sentia bem no meu próprio lar.
Eu não conseguia conviver vendo a felicidade estampada no olhar dos membros da minha própria família, enquanto eu estava tão infeliz. Então eu precisava ir embora, mas de uma coisa eu tinha certeza, Gaara daria um jeito de me encontrar de alguma forma. Nem que ele precisasse ir até o inferno atrás de mim.
Eu precisava sair dali sair da minha casa era pouco, eu precisava sair da cidade, não... eu precisava sair do país, peguei o último trem da noite e para a minha infelicidade o destino era Konoha.
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MUNDO SHINOBI - As histórias não contadas - 1º Temporada
FanfictionApós a quarta grande guerra ninja o mundo shinobi começou a sua reconstrução. Nossos heróis vivem em um mundo de paz e tranquilidade. PAZ! A paz que lutaram tanto para conseguir, pelo menos era isso o que eles achavam. Ao invés de lidar com as guerr...