Capítulo 28 - DEZ DE OUTUBRO

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~ KONOHAGAKURE ~

15 ANOS ANTES DA

QUARTA GRANDE GUERRA NINJA




Eu estava empolgada, mas ao mesmo tempo preocupada, meu pai havia contado histórias sobre o meu nascimento, assim como o nascimento da minha irmãzinha, e eu sabia exatamente os riscos que a minha família estava correndo naquele dia.

- O papai e a mamãe precisarão ficar um tempo longe de casa, meu amor. – Meu pai disse passando a mão em meus cabelos loiros. – Quando voltarmos traremos o seu irmãozinho.

- Eu não posso ir, Otōsan? – Perguntei com lágrimas nos olhos.

- Não, meu amor. – Meu pai respondeu e beijou o topo da minha cabeça. – Eu amo você, Akiko. Voltaremos o mais rápido possível. Enquanto isso queremos que você cuide da sua irmãzinha.

Meu pai tinha um sorriso brilhante que iluminava a alma da pessoa mais sombria do universo, o sorriso da minha mãe não ficava atrás.

- Eu amo você, Akiko. – Minha mãe disse me dando um abraço quente. – Proteja a sua irmã.

- Eu te amo, mama. – Respondi.

- Vem, Akiko-sama. – Aya me chamou. – Vamos assistir um filme.

Aya era a minha babá desde que eu me entendia por gente, ela sempre me ajudava a treinar quando o meu pai não estava por perto, ou a minha mãe. Penteava os meus cabelos, me ajudava a escolher minhas roupas. Ela era a minha segunda mãe.

- Vai dar tudo certo, Akiko-sama. – Aya disse enquanto fazia cafuné em meus cabelos. – Logo, logo, seus pais trarão o seu irmão para casa. E como você vai chamá-lo?

- Naruto, ototo. – Respondi com um sorriso no rosto.

- Isso mesmo, você e Daiya foram promovidas a irmãs mais velhas e devem proteger o Naruto-sama.

Aya era um doce de pessoa, eu adormeci alguns minutos depois enquanto ela fazia cafuné em meus cabelos, um sono breve calmo e leve.

- Onee-chan. – Daiya me chamou assustada.

Eu não sabia como, mas tinha certeza de que minha irmã e eu estávamos sentindo a mesma coisa... um frio na barriga, um sentimento tão forte... o que era aquilo?

Raiva... ódio... medo?

- Aya-chan. – A chamei assustada enquanto estava abraçada com Daiya.

Eu ouvia gritos do lado de fora da minha casa.

- Aya! – Ouvi meu pai gritar.

- Yondaime! – Ouvi os gritos de Aya na sala.

- Tire Akiko e Daiya daqui, o mais rápido possível.

- Otōsan!!! – Gritei quando eu o vi segurando um bebê nos braços. – Cadê a mama?

Pude sentir meus olhos lacrimejarem.

- Otōsan cadê a mama? – Perguntei assustada.

- Eu vou busca-la, meu amor. – Meu pai se ajoelhou na minha frente e segurou meu rosto em suas mãos. – Seja forte, e proteja sempre a sua irmã e o seu irmão. Tá bom?

- Otōsan... - Tentei dizer algo, mas as palavras ficaram presas em minha garganta.

- Akiko, prometa! – Meu pai gritou, ele estava assustado e eu nunca tinha visto o meu pai assim. – Você é a mais velha, o que nós conversamos sobre isso?

- Eu sempre vou proteger Daiya-chan e o Naruto-kun. Porque eles são da família e sempre devemos proteger a família.

- Isso mesmo, amor. – Meu pai me abraçou e disse. – Vocês são o que eu tenho de mais precioso. Eu te amo minha, princesa.

- PAPA! – Gritei.

Meu pai se teletransportou no segundo posterior a me soltar.

- Aya-chan! – Gritei. – O que está acontecendo? Cadê a minha mama?

- A raposa da sua mãe, está solta. – Ela respondeu embrulhando meu irmão em uma mantinha laranja.

- Mas a mamãe não pode...

Meu pai voltou a se teletransportar, minha mãe em seus braços, os cabelos colados na testa por conta do suor, os olhos avermelhados e inchados mostravam que ela havia horado.

- MAMA!!! – Gritei e corri até ela.

- Akiko! – Mamãe falou, a voz dela estava fraca, cansada.

Eu via os shinobis responsáveis por nossa segurança correndo de um lado ao outro através das janelas das casas.

Até que alguém a invadiu, o barulho de vidro sendo quebrado, kunais rasgando o vento, o cheiro de sangue flutuava ao redor da casa.

- Peguem as garotas. – Um homem branco, que mais parecia um papel ordenou para outros dois.

- MAMA! – Gritei.

- AKIKO! – Minha mãe tentou levantar, mas caiu logo em seguida. – DAIYA!

- MAMA! – Gritei mais uma vez.

- Levem-nas. – O homem ordenou mais uma vez e senti alguém puxando-me pelos cabelos.

- Eu sinto muito Kushina-sama, mas vou precisar das suas mocinhas.

- Orochimaru... - Minha mãe tentou levantar, mas falhou, ela estava fraca e cansada.

- Poupe suas forças Kushina-sama, você vai precisar. – A voz do homem era calma como uma brisa suave na praia.

- MAMA! – Gritei mais uma vez.

Era tarde demais.

- AKIKO!! – Aquela foi a última vez que ouvi a voz da minha mãe.

MUNDO SHINOBI - As histórias não contadas - 1º TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora