MUNDO SHINOBI - As histórias não contadas - 1º Temporada

Capítulo 7 - A MORTE DE SAKURA - PARTE 2

~ UCHIHA, SASUKE ~

Eu estava no consultório de um médico acompanhado por Sai, enquanto testávamos a prótese do meu braço, eram ordens do Hokage e por mais que eu achasse que não merecia, era uma ordem direta do nanadaime e deveria ser cumprida.

- Parece estar bom. – Sai respondeu tentando ser simpático.

- Sim, parece que estar bom. – Respondi manipulando a prótese.

Ouvimos um grande barulho e vozes agitadas começaram a ressoar pelo corredor do hospital.

- Sasuke... - Sai disse preocupado.

- Eu sei, isso parece uma bomba. – Respondi levantando-me da cadeira e indo em direção a porta.

- Ainda precisamos fazer alguns ajustes na sua prótese. – O médico disse.

- Seja o que pode esperar. – Respondi saindo da sala atrás de Sai.

- Houve uma explosão no centro cirúrgico. – Alguns enfermeiros falavam enquanto corriam pelo corredor em direção ao local.

- Vamos conferir. – Falei a Sai correndo atrás dos enfermeiros.

Depois de alguns minutos chegamos ao local, a sala estava completamente destruída.

- Desculpa, mas vocês não podem ficar aqui. – Um médico disse, mas eu ignorei.

- Somos da polícia. – Sai disse mostrando o distintivo da ANBU.

- Claro. – O médico respondeu rapidamente.

Eu olhei ao redor da sala e pude ver a pior cena da minha vida.

- Sakura! – Falei em choque e fui em direção a ela.

Ela estava equipada para uma cirurgia, ela estava operando? Por que ela estava ali? O que aconteceu ali?

Cheguei perto dela e senti seu pulso, ou melhor, não senti pulsação nenhuma e meu coração começou a bater mais rápido, eu não podia perdê-la.

Deitei-a sobre o chão e comecei a fazer massagem cardíaca dela.

- Sasuke, o que você está fazendo? – Sai perguntou. – Que merda... Sakura.

Eu apenas o ignorei completamente, estava focado dela, eu precisava salvá-la.

Eu estava completamente desesperado, eu não podia perdê-la.

- Por favor, por favor, por favor. Reage Sakura, eu preciso de você. – Falei enquanto minhas lágrimas caiam sobre ela. – Por favor, por favor, por favor.

- Sasuke! – Sai me chamou. – Sasuke... Sasuke, para.

- Não.

- Para, cara. – Sai me empurrou para trás, mas eu não queria parar, eu precisava dela. – Já chega.

Era aquilo, aquele era o fim, Sakura estava morta. Eu a segurava em meus braços, eu não queria perdê-la, mas havia acontecido, eu havia deixado que ela se machucasse mais uma vez, eu não fui capaz de salvá-la.

- Me desculpa, meu amor. – Falei enquanto beijava seu rosto. – Me perdoa, me perdoa, me perdoa.

- Sasuke! – Sai tentou me levantar.

- Me deixa. – Gritei ainda abraçado com ela. – Me deixa, sozinho, por favor.

Sakura estava em meus braços e eu não conseguia parar de chorar, parecia uma criança completamente perdida.

- Sasuke-kun... - Eu ouvi um sussurro, mas eu continuei abraçado a ela.

- Eu te amo, Sakura. – Falei aos prantos. – Eu te amo muito.

- Sasuke-kun... - Ouvi mais uma vez e então senti a mão de Sakura em meu rosto. – Você está... Você está chorando? Shh, não precisa.

- Sakura! – Eu falei tentando controlar as minhas lágrimas que se transformaram em felicidade.

- Shh... você não precisa chorar. – Ela disse segurando minha mão. – Eu estou aqui, está bem? Eu estou bem.

Ouvi-la dizer aquelas palavras, era a melhor coisa que eu poderia ouvir naquele momento.

- Sakura... - Eu disse, mas a minha voz saiu completamente embargada por causa do choro. – Eu pensei que tivesse perdido você.

- Shh... eu estou aqui. – Ela respondeu.

Segurei sua mão e a beijei com todo carinho que eu tinha.

- O seu coração não estava batendo, Sakura. – Falei ainda chorando. – Você não estava respirando.

- Shh... eu estou aqui. – Ela respondeu acariciando meu rosto, seu toque era suave como algodão, pensei que nunca mais sentia aquele toque.

Eu a apoiei melhor em meus braços, para que ela ficasse mais confortável e fiquei ali abraçado com ela até a equipe médica chegar com a maca. Com as posições completamente contrarias, eu deveria deixá-la calma enquanto a equipe médica não chegava, mas na realidade era ela que estava fazendo todo o possível para me deixar tranquilo, enquanto dizia que não achava que tinha quebrado nenhum osso.

Ela só achava que tinha perdido a consciência por alguns segundos, mas eu sabia o que tinha acontecido e sinceramente eu não fazia ideia do que eu faria da minha vida sem ela.