Capítulo 23 - COVIL DA COBRA - PARTE 2

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~ NO SABAKU, GAARA ~




Os ventos uivavam nas janelas do meu escritório naquela noite, e a canção de ninar soava em meus ouvidos.

- Vá dormir, Gaara. – Shukaku pronunciou calmamente.

- Você sabe muito bem que tenho dificuldade para dormir. – Resmunguei e continuei observando o céu noturno pela janela. – E você bem sabe que isso é culpa sua.

- Eu peguei pesado com você quando era criança. – Ele riu. – Mas agora você já é um homem. É um homem bem importante, sei que entende a importância do descanso, então vá descansar.

- Vou cochilar um pouco depois.

- Você vai ter um longo caminho pela manhã até a cidade do Som. – Ele mencionou calmamente.

- Shukaku, vá dormir. – Falei firme e com o tom frio de sempre.

- Irei dormir quando você for dormir. – Ele respondeu.

- Não minta, Shukaku. Não pega bem para uma bijuu como você. – O repreendi. – Eu sei que enquanto eu estou dormindo você fica em alerta, para caso aconteça algo comigo.

- Não seja presunçoso, moleque. – Shukaku resmungou irritado. – Eu posso muito bem fazer você dormir, nem que seja a força.

- Somos amigos Shukaku, você não faria isso.

- Ah, eu faria sim. – Ele disse. – Você fica com um humor péssimo quando está cansado. Isso é irritante.

- Shukaku você literalmente destruiu vilas inteiras e matou centenas de pessoas. – Revirei os olhos saindo escritório. – Tem certeza que você quer falar de quando eu fico irritado?

- Você irritado é pior do que o Kurama... e vamos ser sinceros, aquele cara é um saco, sem o Naruto.

- Eu gosto do Kurama. – Comentei. – Boa noite, rapazes.

- Boa noite, Kazekage-sama. – Os dois homens a minha frente falaram em uníssono.

- Sem sono, senhor? – Tomás perguntou curioso.

Todos os funcionários da residência, assim como os shinobis da vila eram sempre muito educados comigo, não pelo fato de eu ser o líder deles, mas sim por eu realmente ter conseguido adquirir o respeito deles.

- Sim, sim. – Respondi calmamente. – Mas já estou indo para o quarto.

- Tenha uma boa noite, senhor.

- Boa noite, Tomás. – Respondi e voltei ao meu caminho até o quarto.

- Seus funcionários são legais. – Shukaku disse assim que estávamos em um corredor vazio.

- Shukaku eu sei que você me ama, e eu adoro a sua companhia normalmente, mas cara... são duas da manhã, vai dormir Shukaku.

- Faça o mesmo, Gaara. – Ele respondeu e eu senti um friozinho da barriga.

Shukaku tinha uma forma única de me fazer sentir quando ele estava sendo contrariado de alguma forma, geralmente quando ele revirava os olhos eu sentia um arrepio em minha barriga. Quando eu estava sozinho era só um desconforto, mas quando estávamos acompanhados geralmente ele fazia ser mais forte e eu acabava me arrepiando completamente na frente das pessoas, simplesmente humilhante.

MUNDO SHINOBI - As histórias não contadas - 1º TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora