Capítulo 22 - COVIL DA COBRA - PARTE 1

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~ YAMANAKA, SAI ~




O choro manhoso de Inojin me acordou no meio daquela madrugada fria de inverno, olhei rapidamente para o lado e Ino estava dormindo como um anjo. A decisão de não a acordar foi praticamente instantânea ao perceber a suavidade da expressão em sua face, a loira praticamente não dormia durante a noite.

Levantei-me da cama a passos lentos caminhei até o outro quarto, Inojin estava sentado em seu berço coçando os olhinhos como fazia praticamente todas as noites.

- O que foi, meu amor? – Perguntei ao pegá-lo no colo.

- O bicho papão veio falar comigo, papa. – Ele disse.

- Não existe bicho-papão, pequeno. Eu já falei isso para você. – Sentei na cama de apoio que ficava no quarto do loirinho de olhos verdes e o abracei.

- Ele disse que ele vai se soltar... e quando isso acontecer ele vai possuir o meu corpo e matar a mama e você. – Ele respondeu encarando o tapete em formato de cabeça de panda que estava no chão do quarto. – Eu não quero ferir a mama.

- Você não vai ferir a sua mama, Inojin. – Acariciei seus cabelos que passavam da altura dos ombros.

Inojin seria incapaz de machucar a própria mãe, e eu não entendi o porquê ele se preocupava tanto com esses pesadelos.




~ YAMANAKA, INO ~




Ouvir o meu pequeno dizer aquelas palavras doeu o meu coração, Inojin era apenas um bebê ele tinha que sofrer por causa dos meus erros.

- Como ele está? – Perguntei assim que Sai saiu do quarto.

- Ele vai ficar bem, vamos voltar para cama. – Meu marido acariciou meu braço para que eu relaxasse.

- Acha que eu devo fazer algo a respeito da bijuu? – Perguntei.

Sai havia passado a minha frente e adentrado o quarto antes de mim ele mantinha a ausência de expressão enquanto olhava para a rua pela janela.

- Ele é apenas um bebê, Ino. – Sai disse, frio como o vento que soprava lá fora. – No momento certo contaremos a ele, e ele entenderá, mas não será hoje.

Ele tinha razão, Inojin era muito pequeno.

- Acha que ele vai me odiar? – Perguntei sentando-me na cama.

- Ele só tem dois anos, Ino. – Ele respondeu e me abraçou.

- Mas, e você? – Olhei para meu marido tentando segurar as lágrimas.

- Não, linda. – Ele acariciou as minhas bochechas enquanto limpava as lágrimas que insistiam em cair. – Quando me casei com você, eu disse que cuidaria de vocês e cuidarei. Eu amo você, Ino. E sei que você me ama, não da mesma forma que ama a ele...

- Eu te amo, Sai. – Falei praticamente em desespero.

- Eu sei que sim. – Ele respondeu calmamente. – Mas não queira comparar o amor que você sente por mim com o amor que sente pelo...

MUNDO SHINOBI - As histórias não contadas - 1º TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora